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PMSP/SMC/DPH
São Paulo, novembro/dezembro de 2005
Ano 1 N.3


Edição temática



















Números anteriores:

01 (jul/ago)
02 (set/out)

Morte em São Paulo

Tomando como referência o tombamento neste ano do Cemitério da Consolação, primeira necrópole pública da cidade de São Paulo, esta edição do Informativo Arquivo Histórico Municipal apresenta um conjunto de artigos sobre o tema - Morte em São Paulo - a partir de pesquisas acadêmicas e de projetos e serviços prestados pela entidade relacionados a valiosos conjuntos documentais sob sua guarda.

O AHMWL promove ainda entre 9 e 11 de novembro o ciclo de palestras A história da morte em São Paulo, com a participação de José Leopoldo Ferreira Antunes (FO-USP), Luís Francisco Carvalho Filho (SMC), Luis Soares de Camargo (AHMWL), Luiz Lima Vailati e Renato Cymbalista (Instituto Pólis).


O encontro será realizado na sede do Arquivo, das 17 às 19 horas. Inscrições através do e-mail: arquivohistorico@prefeitura.sp.gov.br

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  • BIBLIOTECA

  • Para o mês de novembro, cujo dia 2 é consagrado à memória dos finados, a Biblioteca do AHMWL preparou uma relação bibliográfica das obras de seu acervo que se relacionam com o tema Morte em São Paulo, abordado no presente número do informativo eletrônico:


    • ALMEIDA, Luiz Castelo de. “Agonia, morte e sepultura em São Paulo de 1772 a 1822”. Revista do IHGSP, São Paulo, v. 73, 1977.
    • AMARAL, Antonio Barreto do. “O Cemitério dos Aflitos – a Capela dos Aflitos”. Revista do IHGSP, São Paulo, v. 73, 1977.
    • ANTUNES, José Leopoldo Ferreira. Medicina, leis e moral: pensamento médico e comportamento no Brasil (1870-1930). São Paulo: Unesp, 1999.
    • ARROYO, Leonardo. As igrejas de São Paulo. Rio de Janeiro: José Olympio, 1954.
    • AZEVEDO, Aroldo de. A cidade de São Paulo: estudos de geografia urbana. São Paulo: Editora Nacional, 1958. 4 v.
    • BARRO, Máximo. Nossa Senhora do Ó. São Paulo: DPH, 1977.
    • BARROS, Gilberto Leite de. A cidade e planalto. São Paulo: Martins Fontes, 1967, 2 v.
    • BERARDI, Maria Helena Potrillo. Santo Amaro. São Paulo: SMC, 1969.
    • BERTOLLI FILHO, Cláudio. A gripe espanhola em São Paulo, 1918: epidemia e sociedade. São Paulo, Paz e Terra, 2003.
    • BRUNO, Ernani da Silva. Histórias e tradições da Cidade de São Paulo. São Paulo: José Olympio, 1954. 3 v.
    • BUENO, Francisco Assis Vieira. A cidade de São Paulo: recordações evocadas da memória. São Paulo: Academia Paulista de Letras, 1976.
    • CAMARA MUNICIPAL DE S. PAULO. Indice alphabetico das leis, resoluções e actos executivos do municipio da Capital do Estado de São Paulo até 31 de dezembro 1919. São Paulo: Typ. Piratininga, 1920.
    • CAMARGO, Luís Soares de. Sepultamento na cidade de São Paulo: 1800/1858. 1995. Dissertação (Mestrado em História) – PUC/SP, São Paulo.
    • CAMPOS, Cristina de. São Paulo pela lente da higiene: as propostas de Geraldo Horácio de Paula Souza para a cidade (1925-1945). São Paulo: Rima, 2002.
    • CARNEIRO, Glauco. O poder da Misericórdia: a Santa Casa na história de São Paulo. São Paulo: [s.n.], 1986. 2 v.
    • CÓDIGO de Posturas do Município de São Paulo: 6 de outubro de 1886. São Paulo: Departamento de Cultura, 1940.
    • COLEÇÃO DAS ATAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. São Paulo: Arquivo Municipal, 1914-1951. 72v.
    • COLEÇÃO DAS ORDENAÇÕES FILIPINAS. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1985. 5 v.
    • COLEÇÃO INVENTÁRIOS E TESTAMENTOS. São Paulo: Arquivo de Estado, 1920- .
    • COLEÇÃO REGISTRO GERAL DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. São Paulo: Arquivo Municipal, 1917-1946. 38v.
    • DIAS, Maria Odila L. S. Quotidiano e poder em São Paulo no século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1984.
    • DOCUMENTOS interessantes para a história e costumes de São Paulo. São Paulo: Arquivo do Estado, v. 28 e 30.
    • FARINA, Duílio Crispim. Medicina no Planalto de Piratininga. São Paulo: [s.n.], 1981.
    • FERREIRA, Barros. O nobre e o antigo Bairro da Sé. São Paulo: DPH, 1971.
    • FREITAS, Affonso A. de. Tradições e reminiscências paulistanas. São Paulo: Martins Fontes, 1955.
    • JORGE, Clóvis de Athayde. Consolação: uma reportagem histórica. São Paulo: DPH, [1985].
    • LOUREIRO. Maria Amélia Salgado. Origem histórica dos cemitérios. São Paulo: Secretaria de Serviços e Obras, 1977.
    • MACHADO, Alcântara. Vida e morte do bandeirante. São Paulo: Governo do Estado, 1978.
    • MARCÍLIO, Maria Luiza. A cidade de São Paulo: povoamento e população: 1750-1850. São Paulo: Edusp, 1973.
    • MARTINS, Antonio Egídio. São Paulo antigo, 1554-1914. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
    • MENEZES, Raimundo de. São Paulo dos nossos avós. São Paulo: Prefeitura, 1969.
    • MESGRAVIS, Laima. A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo: 1599-1884. São Paulo: CEC, 1974.
    • MORAES, Geraldo Dutra de. A Igreja e o Colégio dos Jesuítas de São Paulo. São Paulo: Prefeitura, 1979.
    • MORAES FILHO, Mello. Festas e tradições populares do Brazil. Rio de Janeiro: Garnier, 1901.
    • MORSE, Richard M. De comunidade à metrópole. São Paulo: Comissão do IV Centenário, 1954.
    • MOURA, Paulo Cursino de. São Paulo de outrora, evocações da metrópole. São Paulo: Martins, 1954.
    • 450 anos da história da medicina paulistana. São Paulo: Imprensa Oficial, 2004.
    • RELATÓRIOS de Prefeitos. São Paulo, 1896-1940.
    • REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL DE SÃO PAULO. São Paulo: DPH, 1934- .
    • REZENDE, Eduardo Coelho Morgado. Metrópole da morte, necrópole da vida: um estudo geográfico do Cemitério da Vila Formosa. São Paulo: Carthago, 2000.
    • RODRIGUES, Claudia. Lugares dos mortos na cidade dos vivos: tradições e transformações fúnebres no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1997.
    • SALGADO, César. O Páteo do Colégio: história de uma igreja e de uma escola. São Paulo: Gráfica Municipal, 1976.
    • SANT’ANNA, Nuto. São Paulo histórico. São Paulo: Departamento de Cultura, 1937 - . 6 v.
    • SÃO PAULO (Estado). Assembléia Legislativa. São Paulo: A imperial cidade e a Assembléia Legislativa Provincial. São Paulo: Divisão de Acervo Histórico, 2005.
    • SPOSATI, Aldaíza de Oliveira; SEVILHA, Patrícia; VIGEVANI, Tullo. A Secretaria de Higiene e Saúde da Cidade de São Paulo: história e memórias. São Paulo: DPH, 1985.
    • TAUNAY, Affonso de E. História colonial de São Paulo no século XIX. São Paulo: Divisão do Arquivo Histórico, 1956 .v.3.
    • ______. História da cidade de São Paulo sob o Império. São Paulo: Divisão do Arquivo Histórico, 1956-77. 3 v.
    • ______. Piratininga: aspectos sociais de S. Paulo seiscentista. São Paulo: Typ. Ideal, 1923.
    • TORRES, Maria Celestina Teixeira Mendes. O bairro do Brás. São Paulo: SMC, 1969.
    • VALLADARES, Percival do Prado. Arte e sociedade nos cemitérios brasileiros. Rio de Janeiro: Conselho Federal de Cultura, 1972. 2 v.

    LIVROS E TESES RECEBIDOS

    • ARQUIVO do Município de Rio Claro: legislação. Rio Claro: Arquivo do Município de Rio Claro, 1985.
    • CIDADES Universitárias: Patrimônio urbanístico e arquitetônico da USP. São Paulo: Edusp: Imesp, 2005.
    • DIREITOS humanos: protegendo e defendendo os direitos e interesses da sociedade. São Paulo: Centro de Direitos Humanos, 2005.
    • REIS FILHO, Nestor Goulart (Coord.). Campos Elíseos: a casa e o bairro; a tecnologia da construção civil em 1900. São Paulo: Governo do Estado.
    • ______. Memória do transporte rodoviário: desenvolvimento das atividades rodoviárias de São Paulo. São Paulo: CPA.

    PERIÓDICOS RECEBIDOS

    • ÂNGULO. Lorena: Centro Cultural Teresa D’Ávila, n. 101, jan. /mar. 2005.
    • BOLETÍN Fundación Mapfre Tavera. Madrid: Fundación Mapfre Tavera, n. 24, junio 2005.
    • BUENO, Beatriz P. Siqueira. “Desenhar” (projetar) em Portugal e Brasil nos séculos XVI-XVIII. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 36, p. 1-46, jul. /dez. 2002.
    • ESTUDOS. Goiânia: Universidade Católica de Goiás, v. 32, n. 4, abr. 2005.
    • ______. Goiânia: Universidade Católica de Goiás, v. 32, n. 5, maio 2005.
    • FINESTRA. São Paulo: Arco Editorial, jul. /ago. /set. 2005.
    • FRAGMENTOS DE CULTURA. Goiânia: Universidade Católica de Goiás, v. 15, n. 3, mar. 2005.
    • ______. Goiânia: Universidade Católica de Goiás, v. 15, n. 4, abr. 2005.
    • ______. Goiânia: Universidade Católica de Goiás, v. 15, n. 5, maio 2005.
    • ______. Goiânia: Universidade Católica de Goiás, v. 15, n. 6, jun. 2005.
    • ______. Goiânia. Universidade Católica de Goiás, v. 15, n. 7, jul. 2005.
    • HABITUS. Goiânia: Universidade Católica de Goiás, v. 2, n. 2, jul. /dez. 2004.
    • MOREIRA, Rafael. A arte da Ruação e a cidade luso-brasileira. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 37, p. 6-32, jan. /jun. 2003.
    • ______. O arquiteto Miguel de Arruda e o primeiro projeto para Salvador. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 37, jan. /jun. 2003.
    • REIS FILHO, Nestor Goulart. A urbanização e o urbanismo na região de Minas. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 30, jul. /dez. 1999.
    • ______. Algumas experiências urbanísticas no início da República. Cadernos de Pesquisas do LAP - FAUUSP, n. 1, jul. 1994.
    • ______. Cultura e estratégias de desenvolvimento. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 23, jan. /fev. 1998.
    • ______. Habitação popular no Brasil: 1880-1920. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 2, set. /out. 94.
    • ______. Notas sobre a evolução dos estudos de história da urbanização e do urbanismo no Brasil. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 29, jan. /jun. 1999.
    • ______. Notas sobre a organização das regiões metropolitanas. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 12, mar. /abr. 1996.
    • ______. Notas sobre história da arquitetura e aparência das vilas e cidades. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 20, jul. /ago. 1997.
    • ______. Notas sobre o urbanismo barroco no Brasil. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 3, nov. /dez. 1994.
    • ______. Notas sobre o urbanismo no Brasil: segunda parte: séculos XIX e XX. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 9, set. /out. 1995.
    • ______. Por uma nova política de conservação: edifícios e bairros construídos no século XX. Cadernos de Pesquisa do Lap – FAUUSP, n. 16, nov. /dez.1996.
    • ______. Resumos das aulas do Prof. Nestor Reis Filho na disciplina AUH 237 – Urbanização e urbanismo no Brasil I. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 19, maio /jun. 1997.
    • ______. Urbanização e planejamento no Brasil – 1960/1983. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 11, jan. /fev. 1996.
    • SALGADO, Ivone. Pierre Patte e a cultura urbanística do Iluminismo francês. Cadernos de Pesquisa do Lap - FAUUSP, n. 38, jul. /dez. 2003.
    • URBS. São Paulo: Associação Viva o Centro, n. 38, ago. /set. 2005.




  • LOGRADOUROS

  • Um passeio pelo Beco dos Aflitos

    O centro de São Paulo está repleto de histórias que, se por um lado, podem ser vistas apenas como curiosidades, por outro nos levam a resgatar aspectos do cotidiano numa época em que a cidade era apenas uma pequena povoação. Nos dois casos, um passeio pela São Paulo de finais do século XVIII nos mostrará, em 1790, uma comunidade composta por cerca de 8.518 habitantes e com modos de vida bastante diferentes da atualidade.

    Capela dos Aflitos, 1939
    Capela dos Aflitos (Herman Graeser/Sphan, 1939)

    Com esta perspectiva, vale a pena uma visita histórica ao Beco dos Aflitos, uma pequenina rua situada no bairro da Liberdade, entre as ruas Galvão Bueno e da Glória, com acesso pela rua dos Estudantes e ao lado da estação do Metrô Liberdade.

    Um dos poucos exemplares de beco que restaram na cidade, as suas origens estão ligadas às antigas práticas de sepultamento então muito comuns em São Paulo desde a sua fundação, em 1554, até 1858, época em que foi aberto o Cemitério da Consolação. Era comum, nesse período, sepultarem-se os mortos no interior das igrejas católicas ou em seus adros. Vale lembrar que este costume não era exclusivo dos paulistanos, uma vez que em outras cidades coloniais brasileiras, e mesmo na Europa, tal prática também era utilizada.

    O local de sepultamento, ou da última morada, dependia sempre da classe social a que pertencia o indivíduo: os mais ricos, membros da elite e do clero eram enterrados no interior das igrejas que, dependendo da procura, cobravam taxas altíssimas para receber o corpo; para a camada mais pobre, e mesmo para alguns membros da classe média que não possuíam dinheiro suficiente, eram reservados espaços descobertos, fronteiros ou ao lado das igrejas, que se chamavam adros. Outros templos possuíam mesmo seus pequenos cemitérios contíguos. Entretanto, com o passar do tempo tanto as igrejas quanto os pequenos cemitérios, ou mesmo seus adros, tornaram-se insuficientes. Mais ainda, como resolver o caso dos condenados pela Justiça que, ao receberem a pena capital, morriam na forca e não podiam por isso ser enterrados em solo consagrado? Nesse caso, a solução encontrada pela Igreja Católica paulistana foi a de construir um pequeno cemitério a céu aberto, num local então distante da cidade, que recebeu o nome de cemitério dos Aflitos.

    Planta da cidade de São Paulo e seus subúrbios, 1847 ca
    Parte da Planta da cidade de São Paulo e seus subúrbios, de C. A. Bresser, ca. 1847. (São Paulo antigo plantas da cidade. Prefeitura de São Paulo, Comissão do IV Centenário, 1954).

    Detalhe do bairro da Liberdade em 1847. No destaque, em verde, a área do antigo cemitério dos Aflitos ainda sem o beco. A antiga Rua da Santa Casa, como aparece no mapa, é a atual Rua da Glória. A grande área aberta mais abaixo corresponde à atual Praça da Liberdade.


    Aberto no dia 3 de outubro de 1775, época em que ocorreu o primeiro sepultamento, este cemitério era reservado apenas para o sepultamento de indigentes, para os escravos que não pertenciam à Irmandade do Rosário (que possuía seu próprio cemitério) e para os condenados à morte na forca, os chamados supliciados. A capela, única construção remanescente desse período, foi edificada pela Mitra e inaugurada no ano de 1779. Era nela que os mortos recebiam as últimas orações antes de serem sepultados.

    O santuário foi consagrado a Nossa Senhora dos Aflitos que, na tradição católica, representa a Mãe de Jesus no momento em que Ele agoniza na cruz. Decorre disso o fato de a Santa ser venerada pelo sentimento experimentado, ou seja, a aflição, a angústia e a tristeza a que foi submetida durante a crucificação. Nesse sentido, percebe-se a estreita ligação do nome desta necrópole com os indivíduos aí sepultados.

    Com a abertura do Cemitério da Consolação em 1858, acabaram por ser proibidos tanto os sepultamentos no cemitério dos Aflitos, quanto no interior dos templos católicos. Abandonado a partir de então, vamos encontrá-lo no ano de 1885 quase que em ruínas. Oficiado pela Câmara Municipal para que reconstruísse os muros caídos, o então Bispo D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho resolveu, ao contrário, lotear toda a área do antigo cemitério. Retirados os despojos, os terrenos foram vendidos, sendo que o dinheiro decorrente da transação teve como destino as obras que se realizavam na Sé Catedral.

    Entretanto, do parcelamento deste antigo cemitério ficou preservada a capela, bem como uma pequena rua de acesso que recebeu o nome de Beco dos Aflitos.

    Luís Soares de Camargo

    Serviços: A Seção Técnica de Logradouros é responsável pela pesquisa e orientação aos interessados sobre nomes de logradouros paulistanos. A documentação está disponível para consulta através do atendimento ao público.
    Conheça também o site Dicionário de ruas (parceria AHMWL e Plamarc), onde através de um banco de dados é possível realizar pesquisas sobre denominações de logradouros paulistanos.
    Capela dos Aflitos, 1995
    Beco dos Aflitos com a capela de N. Sra. dos Aflitos ao fundo.
    (L.S. Camargo, 1995)




  • MANUSCRITOS

  • Serviço Funerário Municipal: a história da morte na cidade de São Paulo

    O conjunto documental Serviço Funerário Municipal é parte integrante do acervo do Arquivo Histórico Municipal Washington Luís e o mais acessado pelos consulentes. Estes o buscam para comprovação de ancestralidade estrangeira, de compra de sepulturas, de enterramentos, de transferências de restos mortais ou exumações e ainda o usam como fonte para trabalhos de caráter acadêmico, entre outros.

    A preocupação em construir e administrar cemitérios públicos municipais remete-nos a debates travados pelos vereadores da cidade em meados do século XIX. Nos documentos da Câmara Municipal encontramos registros sobre o tema, como por exemplo, Memoria. Sobre os cemiterios e o uso de enterrar nas igrejas e suas origens1, produzido em 1856 pelo Dr. Carlos Rath (engenheiro e médico alemão que na época trabalhava para a Câmara paulistana), no período em que “Uma epidemia de variola particularmente forte grassou pela cidade de São Paulo. E a Santa Casa de Misericordia que, em termos normais, era capaz de dar conta dos obitos ocorridos no municipio, viu-se repentinamente ás voltas com uma situação problematica á qual não tinha nenhuma obrigação oficial de dar soluções”2. Seguem alguns trechos interessantes – e importantes – do mencionado documento:

      O uso de enterrar os defuntos é antiguissima, differençando apenas a maneira do terreno [...].
      Os indigenas da Provincia de São Paulo tinham tambem differentes usos. [...] No Mexico ha grutas cheias de corpos sêccos sentados com suas armas nas mãos, encostados as paredes, e enfeitadas com fitas, pennas e tintas.
      [...]
      Ja o Egypcios e os Gregos, e por fim os Romanos, tinham o costume de colocar pedras sobre os defuntos com os seus nomes, e manifestação do desejo de que a terra lhes fosse leve, sit illi terra levis. Os christãos por seu turno começarão a dar as mesmas honras aos seus defuntos; do que se vê que o uso de honrar os restos humanos é antiquissimo. [...] O Imperador Constantino, morto no anno 337, foi o primeiro que recomendou que seu corpo fosse enterrado na Igreja dos Apostolos de Constantinopla, hoje Mesquita de Sta. Sophia.
      [...] Nos fins do seculo passado, e principalmente neste em que as povoações tem muito crescido, tem se refletido sobre o prejuiso sanitario causado pelos enterramentos no interior das igrejas; prejuiso este que foi conhecido a vista do grande numero de pessoas que morriam em consequencia de frequentarem as mesmas igrejas nos tempos de mollestias miasmaticas e pestiferas.
      [...] É mesmo contra natural viver em sociedade com defuntos.
      [...]
      De todas as fórmas de cemiterios merecem preferencia e tornarão dignas de serem imitadas as de que usa a secta do Herrenhut
      [movimento pietista do século XVIII, sediado na localidade de mesmo nome, na Saxônia], espécie de Guaken [por Quäker em alemão, seita dos Quakers], na Allemanha. Elles formão um jardim com passeios entre flores, arbustos e pequenos bosques, que exalão um aroma agradavel, neutralisando assim as exalações mephiticas, visto que as flores e arbustos aromaticos entre os monumentos absorvem esses gases. Por esse methodo gosa-se de um prazer, que modera as melancolicas ideas que deixão as saudades de um amigo de um parente que se há perdido. [...] A transferencia dos enterramentos entre nós usados para os cemiterios encontra grandes obstaculos nas ideas supersticiosas dos povos. [...]
      Os terrenos altos da Consolação, e os mais elevados da Chacara da Gloria, do lado direito da estrada, são os mais convenientes para este fim. Os primeiros ficão proximos da cidade, pouco mais distante que o Campo Redondo, e já que se falla em distancia deverei lembrar que os antigos paulistas enterravão os cadaveres dos bexigentos a mais de 800 braças ainda distante da Consolação, no meio do matto [...].
    Carlos Rath
    Dor.
    Ainda entre os documentos da Câmara, encontramos uma correspondência, também datada de 1856, redigida por moradores estrangeiros preocupados com os novos hábitos de enterramento:


    Assim, inaugurou-se em 1858 o primeiro cemitério público municipal – chamado da Consolação4 – em terreno doado pela Marquesa de Santos, e os sepultamentos deixaram de ser feitos nas igrejas, nos cemitérios paroquiais e no cemitério dos Aflitos. Este último foi o primeiro cemitério construído em São Paulo e o primeiro sepultamento realizado nele ocorreu em 1775, sob responsabilidade da Cúria de São Paulo.

    Seguem dois registros referentes aos livros do Cemitério da Consolação:
      Antonio - Escravo

      Aos oito dias do mes de janeiro de 1863 foy sepultado no cemiterio monicipal no Quadro Geral sepultura n 29 o cadavel de Antonio fallecido hontem nesta Freguesia no Hospital de Caridade de Arehia com 60 anos de idade, criollo, filho de M. e sua mulher Antonia, Escravo da Snra. D. Maria Joanna Gavião, pode ser sepultado no Semetrio Publico. S. Paulo 8 de Janeiro de 1863. O Cura Marcelino F. Bueno. Nada mais constava a ditta guia, o Administrador Faria.

      Marquesa de Santos

      Aos 4 dias de nobro de 1867 foi sepultada no cemiterio monicipal na sepultura feita na rua larga do meio que sai da capella pa. o lado da cidade decendo o lado direito e sepultura n 3 nella esta sepultado o cadaver da Exma. Sra. Marquesa de Santos que morreu conforme o atestado seguinte: atesto que a exma sra. Marquesa de Santos morreu ontem as [...] horas e meia da tarde de uma entereocolite. S. Paulo 4 de 9bro de 1867 G. Elis. Sepultou no cemiterio publico S. Paulo 4 9bro de 1867 o cuadejutor Pe. Joaquim Theodoro Arrego Tavares. Nada mais constava a ditta guia, o Administrador Faria.
    A prestação de “serviços fúnebres” foi feita pelo particular Joaquim Marcelino da Silva até 18755. Através da Lei n°69, de 2 de abril de 1876, que estabeleceu contrato entre a Santa Casa de Misericórdia e a Assembléia Provincial, criou-se o Serviço Funerário Municipal. Só em 1958, através da Lei n° 5.562, esse órgão transformou-se em autarquia.

    Cumprindo as funções de guardar e preservar a documentação da Administração Pública Municipal, a Divisão do Arquivo Histórico passou receber, desde da década de 70 até o início da década de 90, os registros dos cemitérios. Hoje, sob a guarda da Seção Técnica de Manuscritos o consulente poderá encontrar os livros abaixo relacionados.

    CEMITÉRIOS ou ASSUNTOS
    ARRECADAÇÃO
    INUMAÇÃO
    OUTROS LIVROS
    Início
    Término
    Início
    Término
    Adjudicação
    --
    --
    --
    --
    Adjudicação:
    29.08.1921-
      04.02.1940
    Araçá
    01.07.1897
    31.12.1931
    04.07.1897
    23.01.1941
     
    Brás
    01.01.1899
    02.10.1931
    06.01.1893
    04.02.1941
     
    Consolação
    15.08.1858
    31.12.1931
    15.08.1858
    25.07.1929
     
    Freguesia do Ó
    10.01.1901
    02.01.1931
    01.01.1901
    08.11.1928
     
    Israelita
    04.06.1926
    17.12.1931
    --
    --
     
    Itaquera
    00.10.1929
    00.12.1931
    --
    --
     
    Lageado
    12.10.1904
    29.12.1931
    12.10.1904
    31.12.1924
    Concessão de Terrenos - 2 livros:
    18.06.1913-
      06.04.1946
    02.11.1947-
      12.10.1975
    Lapa
    01.11.1918
    31.12.1931
    01.11.1918
    17.04.1929
     
    Ordem 3ª do Carmo
    --
    --
    03.01.1906
    21.05.1968
     
    Osasco
    25.04.1924
    03.02.1932
    --
    --
     
    Penha
    02.01.1899
    31.12.1931
    10.04.1896
    24.12.1929
     
    Redentor
    01.07.1924
    22.12.1931
    --
    --
     
    Santana
    01.01.1899
    31.12.1929
    08.04.1897
    27.12.1928
     
    Santo Amaro
    Talão (*)
    1892
    Talão (*)
    1936
     
     
    (*) Arrecadação –Talão:
    1892-1936

    Assentamento de Pessoas Sepultadas:
    03.11.1890-
      31.12.1970
    São Miguel
    12.06.1901
    24.09.1955
    10.03.1901
    18.04.1977
     
    São Paulo
    16.01.1926
    31.12.1931
    16.01.1926
    17.10.1929
     
    Vila Mariana
    16.11.1904
    31.12.1931
    17.11.1904
    13.12.1927
     


    Thais Lima dos Reis
    Seção Técnica de Manuscritos

    Contato:
    thaisreis@prefeitura.sp.gov.br

    Notas
    1. São Paulo, Serviço Funerário Municipal. 100 anos de Serviço Funerário. Imprensa Oficial; São Paulo, 1977.
      (
      volta)
    2. Coleção Papéis Avulsos, 1856. Vol. 1 (v.175); fls. 339 e seguintes.
      (volta)
    3. Coleção Papéis Avulsos, 1856. Vol. 1; fls. 78 e 79 (V.179).
      (volta)
    4. Antes desse, em 1857, foi construído o cemitério de Santo Amaro que era então um município independente.
      (volta)
    5. São Paulo, Serviço Funerário Municipal. 100 anos de Serviço Funerário. Imprensa Oficial; São Paulo, 1977.
      (volta)

    Serviços: A Seção Técnica de Manuscritos atende de segunda-feira à sábado, das 9 às 17 horas.




  • ESTUDOS & PESQUISAS

  • SEPULTAMENTOS NA CIDADE DE SÃO PAULO: 1800/1858:
    conversa com o autor


    Neste depoimento, o historiador Luis Soares de Camargo fala sobre pesquisa desenvolvida no programa de mestrado em História da PUC-SP, finalizada em 1995. Camargo comenta seu interesse pelo tema, a partir mesmo de reminiscências da infância em sua cidade natal, Itatiba, no interior do Estado de São Paulo, e, em especial, desenvolvida ao longo de seu cotidiano de trabalho como pesquisador do AHMWL, no atendimento à consulta ao conjunto de documentos pertinentes existente no acervo da instituição. (segmento 1-4: 10')

    O ensaio final apresenta uma quadro da situação dos sepultamentos na primeira metade do século XIX, período ao longo do qual se dá o debate sobre a implantação do primeiro cemitério público na cidade de São Paulo. No percurso traçado, que parte num momento inicial da caracterização das práticas de enterramentos em templos católicos e dos ritos sociais e religiosos associados, revelam-se aspectos do cotidiano da cidade. Entre eles, destaca-se a questão da destinação dos corpos de segmentos da sociedade como os pobres, os escravos, os condenados e a crescente população não católica. (segmento 2-4: 17')

    Num segundo plano, o campo de conflito amplia-se ao considerar que o debate tem por fundo a passagem de um mundo marcado por vetores religiosos para outro de orientação laica, com penetração crescente de um discurso científico através de seus agentes como médicos e engenheiros, cuja ação sobre o planejamento e gerenciamento urbano ganha espaço (segmento 3-4: 10').

    A inauguração do Cemitério da Consolação em 1858 não encerra a questão. Desdobramentos como seu gerenciamento e a criação de uma "cidade dos mortos" que reflita a sociedade ganham terreno. Na parte final do depoimento, Camargo comenta as principais fontes utilizadas, constituídas por três conjuntos: Inventários e Testamentos, Atas da Câmara Municipal, Papéis avulsos (o primeiro, sob guarda do Arquivo do Estado; os dois últimos, do AHMWL). Por fim, o pesquisador aponta novas perspectivas de estudos sobre o tema (segmento 4-4: 16').


    Ricardo Mendes



    • CAMARGO, Luis Soares de (1960). Sepultamentos na cidade de São Paulo: 1800/1858. São Paulo: PUC-SP, 1995. 189p. dissertação de mestrado em história. Orientação: Estefania Knotz Canguçu Fraga

      Exemplar para consulta disponível no atendimento da Biblioteca do AHMWL.

    Esta edição utiliza pela primeira vez registros em áudio (sistema pseudo-streaming) no formato Real Audio.

    É necessário o emprego de software compatível, entre eles o player da Real Audio disponível no site da empresa (procure pela versão gratuita).

    Em função das diferentes velocidades de acesso, a entrevista por ser acompanhada na íntegra (53 minutos) ou então em segmentos cujos links estão relacionados no texto ao lado.




  • INTERCÂMBIO

  • A infância em São Paulo através dos cemitérios e livros de sepultamento



    A Seção Técnica de Intercâmbio convidou
    para participação neste número do informativo
    o bacharel e doutor (2005) em História
    pela USP Luiz Lima Vailati.
    Sua pesquisa acadêmica volta-se para a
    representação social da morte e a interação
    com as relações familiares no contexto paulistano
    durante os séculos XIX e XX,
    abordadas segundo um recorte específico: a morte infantil.
    Vailati atua na área de ensino e
    consultoria em História para empresas.
    Detalhe de túmulo, no Cemitério da Consolação/L.L.Vailati



    Os cemitérios, além das atitudes em relação à morte, têm-se revelado de igual importância para o vislumbramento de outro aspecto de nossa vida cotidiana desde a segunda metade do XIX: as relações familiares e a expressão dos sentimentos que as envolviam.

    É sobre esses dois universos (morte e relações familiares) da vida da população paulistana que venho trabalhando por meio de um recorte específico: a morte infantil. Nesse aspecto, os cemitérios paulistanos – no caso, o da Consolação e o do Araçá – mostraram-se de uma riqueza ímpar.

    Em primeiro lugar, os artefatos tumulares dedicados ao tema da criança morta, especialmente entre a década de 1880 e a de 1940, nos quais há uma hegemonia das esculturas de anjinhos – numa extensa variação do modelo do putto renascentista – são testemunho, entre os paulistanos, da existência uma representação bastante tradicional da morte da criança. Nesta, a criança morta é associada à figura do “anjinho”, imagem na qual está embutida a idéia de que a criança, por ser pura, está propensa à salvaçãão e ao sagrado (daí a freqüência de imagens de anjinhos em prece).

    Porém, o mais importante são as mudanças que esses túmulos infantis nos apresentam, além da proliferação mesma de túmulos dedicados à criança em si reveladora de uma nova atitude em relação à morte infantil. Isso fica patente, sobretudo, pelo surgimento de algo que era inédito nas manifestações públicas: a expressão de pesar, por parte dos pais, pela morte prematura dos seus. Cada vez mais, nesses túmulos de criança, se julgaria necessário registrar publicamente, na forma de palavras ou imagens, o sofrimento que esse evento propiciava. É nesse sentido que o cemitério se torna cada vez mais o espaço de celebração dos laços familiares.

    Há outras informações a esse respeito que a visita aos cemitérios não dá mais conta, e nesse caso os livros de enterramento constantes no acervo do Arquivo Histórico Municipal são de grande valor. Como saber, por exemplo, sobre como eram enterradas as crianças antes do aparecimento de monumentos tumulares dedicados a ela já que não temos, no cemitério, nenhum vestígio relacionado? São os livros de registro que nos oferecem importantes informações a respeito. Através dos livros referentes às primeiras décadas de funcionamento do Cemitério da Consolação, inaugurado em 1858, sabemos que às crianças era reservado um local especial para o sepultamento em separado dos adultos e que essa área era subdividida segundo critérios etários em terrenos, cujas denominações são bastante sugestivas: “quadra geral dos anjos pequenos”, “quadra geral dos anjos médios” e “quadra geral dos anjos grandes”.

    Esta prática permite apontar algumas observações preliminares. Uma delas é que esse costume está de acordo com as práticas costumeiras de enterramento quando estes eram feitos dentro das igrejas. Como se sabe, eram comuns no espaço dos templos locais especialmente reservados às crianças. É interessante observar que este fato é bastante contrastante com a organização dos jazigos das classes mais abastadas (de costumes mais aburguesados, por assim dizer), nos quais as crianças eram enterradas junto aos seus pais, numa manifestação de apreço aos valores familiares. Outra constatação imediata é a da longevidade de algumas concepções tradicionais sobre a criança morta em especial, a já comentada associação entre esta e a figura do anjo. Enfim, a partir dessas primeiras hipóteses fica evidenciada a importância dessas fontes para o assunto em questão e muitas outras interrogações podem e devem ainda ser feitas a elas, como, por exemplo, acerca dos limites etários que definiam as categorias “anjo pequeno”, “anjo médio” e “anjo grande”. na medida em que são bastante reveladores de uma determinada sensibilidade em relaçãoo à infância para a sociedade do período.



    Luiz Lima Vailati

    Autor da tese de doutorado
    A morte menina: práticas e representações da morte infantil no Brasil dos Oitocentos (Rio de Janeiro e São Paulo).
    São Paulo: FFLCH-USP, 2005. (História social).
    Orientação de Maria Helena Pereira Toledo Machado.





  • RESTAURO EM PAPEL

  • A Seção de Restauro e Encadernação alerta o leitor para certos cuidados que devem ser tomados com o objetivo de prolongar a vida útil de seus livros:
    • Mantenha-os longe da luz do sol;
    • Folheie-os com regularidade, permitindo que recebam oxigênio;
    • Verifique com freqüência se brocas, cupins ou roedores não os estão atacando;
    • Previna situações de risco como inundações, incêndios, etc. (planeje antes o que fazer caso algumas dessas situações ocorra);
    • Evite deixá-los expostos ao calor e umidade;
    • Não comprima os livros nas estantes, pois isso dificulta sua retirada das prateleiras, possibilitando a ocorrência de danos na encadernação:
    • Não os higienize usando pano úmido ou embebido em produtos de limpeza;
    • Manuseie-os sempre com mãos limpas. Não escreva neles, nem dobre suas páginas.

    Maria Isabel Garcia


    DICA: no site do projeto CPBA - http:www.cpba.net - estão disponíveis informes sobre o tema




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    Serviços: Visita Monitorada - O Edifício Ramos de Azevedo, projetado pelo escritório técnico de Ramos de Azevedo, foi inaugurado em 17 de abril de 1920 para receber os cursos de eletrotécnica e mecânica da Escola Politécnica. A partir de dezembro de 1999 tornou-se sede do Arquivo Histórico Municipal Washington Luís (DPH), da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

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