A partir dos anos 1930, São Paulo atinge a condição de metrópole industrial. A questão urbanística muda então de configuração. O ponto básico não é executar reformas estetizantes, mas adequar a cidade ao tráfego de veículos automotores individuais e implantar serviços em áreas como saúde e ensino que atendam a necessidades de uma estrutura urbana complexa.
Nesse período, tem lugar a busca de uma identidade paulista, expressão de uma tendência dos poderes locais de contrapor-se politicamente ao governo federal. Isso leva à criação de equipamentos e monumentos que exprimam simbolicamente essa contraposição. As comemorações do IV Centenário da Fundação da cidade constituem o auge dessa atitude, ao mesmo tempo que sinalizam a fase de superação desse tipo de questão.
A crescente complexidade da gestão urbana no século XX introduz novas categorias de documentos, instrumentos essenciais para a análise e planejamento das ações da municipalidade.
A cartografia é um exemplo dessa necessidade, incorporando por vezes de modo pioneiro técnicas recentemente introduzidas como o levantamento aerofotogramétrico do município paulistano em toda sua extensão, realizado em 1929, que resultou no mais detalhado conjunto de mapas da cidade por longo período. O mesmo se aplica a registros para estudos urbanísticos ou de tráfego como o esquema da rede viária datado de 1911.
Novos gêneros de edificações públicas são introduzidos à exemplo da Garagem Municipal e do Estádio do Pacaembu, que contrastam, não apenas pelas funções e escalas diversas, como também por traços modernos e estilos arcaizantes.
Destacam-se ainda — tanto pela marca deixada na paisagem paulistana da segunda metade do século XX como por introduzir e valorizar espaços raros na cidade — os projetos para o Parque do Ibirapuera, ao qual se agregariam outros como o do Obelisco, e do Parque do Jaraguá, obra não realizada.