Infestação e controle de cupins
As infestações de pragas urbanas (baratas, formigas, cupins, mosquitos, etc), características do clima tropical, têm constituído objeto de preocupação e estudos de especialistas de diversas disciplinas em razão da dimensão dos prejuízos que acarretam. Entre elas, as infestações de cupins merecem uma atenção especial pelos danos irreparáveis que provocam em edificações, papéis, móveis, obras de arte, etc e também pela complexidade e alto custo dos procedimentos necessários para seu controle.
No mês de setembro de 2006, a Revista
Téchne nº 114, da Editora Pini, publicou um interessante artigo de autoria de Ligia Ferrari T. di Romagnano e Márcio Augusto R. Nahuz, pesquisadores do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do IPT, sobre o “Controle de cupins subterrâneos em ambientes construídos”. Nele, os autores discorrem sobre a origem, a organização social, os hábitos e as diferentes espécies desta praga xilófaga (que se alimenta de madeira); apresentam também os tipos de tratamento, a estimativa de custo para combater o ataque dos cupins e as práticas habituais de prevenção das infestações.
O ponto específico de interesse do artigo em questão, para o nosso Informativo, está na apresentação do mapeamento dos focos de cupins subterrâneos em edificações, distribuídos por 45 bairros do município de São Paulo. Por meio dele, foi possível constatar que é na área central da cidade onde se concentra o maior número de ocorrências. Santa Cecília, especificamente, responde por 5% do total dos casos registrados pelo IPT, superada pelos seguintes bairros: Jardim Paulista, Vila Mariana, Consolação, Perdizes, Pinheiros e Itaim Bibi. Estas últimas são regiões muito arborizadas e com alto índice de edificações verticais, nas quais as técnicas construtivas empregadas favorecem o surgimento e a propagação de colônias de cupins.
O levantamento dos dados citados foi realizado entre 1994 e 2003. Entretanto, segundo o pesquisador Gonzalo Lopez, atualmente responsável pelo assunto naquele Instituto, não ocorreram mudanças significativas nos registros dos últimos anos que indiquem alguma alteração na atual situação.
O artigo citado está disponível no site http://
www.revistatechne.com.br
Os aficionados pelo tema poderão também visitar a exposição “O Mundo dos Cupins em 3D”, na
Estação Ciência (http://
www.eciencia.usp.br).