PMSP/SMC
São Paulo, dezembro de 2014
Ano 10 N.37 

Abertura | Acervo Bibliográfico | Ensaio temático | Mosaico 1:1.000 e 1:5.000 | Notícias | Ns.anteriores

  • ENSAIO TEMÁTICO
  • S.A.R.A. Brasil:
    restituindo o Mapa Topográfico do Município de São Paulo


    breve história da aerofotogrametria nas cidades do Rio e São Paulo na década de 1920








    Agradecimentos


    À Família Enrico Robba
      Lia Santiago Robba
      Fabio Robba

    Aos pesquisadores e técnicos de SMC
      André Douek
      Celso Ohno
      Fernanda Correia Silva
      Ivany Sevarolli
      Walter Pires
      Zinia Maria Cavalheiro de Carvalho

      Sueli Noemia Diogo (NPE)

    Aos professores e pesquisadores
      Joaquim Marçal Ferreira de Andrade (BN)
      Paulo Cesar Garcez Marins (MP-USP)
      Rubens Fernandes Junior (FAAP-Facom)

      Arlete Meneguette (UNESP)
      Mauricio Galo (UNESP)

    Às equipes de atendimento da
      Supervisão de Acervo Permanente / AHSP /SMC
      Divisão do Arquivo Municipal de Processos / CGDP/ SEMPLA

      Biblioteca Mário de Andrade – Hemeroteca / SMC
      Biblioteca Mário de Andrade – Seção de Mapas / SMC
      Biblioteca Nacional – Divisão de Cartografia
      Fundação Energia e Saneamento
      Instituto de Engenharia (SP) – Biblioteca
      Museu Paulista-USP




    | Agradecimentos | Notas | Fontes|


    Notas


    1. No dia seguinte, 8 de janeiro de 1910, Alberto Braniff (1884-1966) realiza o primeiro voo no México, com aeronave adquirida na Europa, sendo considerado em muitas referências como pioneiro na América Latina. Nesse período pródigo em experiências e iniciativas, desdobram-se as ações e as disputas pela primazia. >>


    2. Sobre Dimitri de Lavaud, veja: ALEXANDRIA, Susana, NOGUEIRA, Salvador. 1910 – o primeiro vôo do Brasil. São Paulo: Aleph, 2010. Como destaca a edição, a primeira pesquisa sistemática sobre tema coube à historiadora Helena Pignatari Werner em seu projeto de mestrado O primeiro voo da América do Sul (PUC-SP, 1969-1970) (NOGUEIRA, 2010, p.136). >>


    3. O Estado de S.Paulo, 20 de janeiro de 1911, p.11 (cf. BERNARDET, 1979, filme 1911-2).

      Todos se arriscam nos voos, prática corriqueira ao longo da década, sem consciência dos riscos das frágeis aeronaves e pistas improvisadas em gramados.

      A mesma obra relaciona o Cine Jornal Brasil nº3, exibido no cine Radium em 20 de maio de 1913, que contém imagens da “volta em aeroplano que o Presidente da República Sr. Marechal Hermes da Fonseca deu na Baía do Rio.” (idem, filme 1913-11).

      O relato do “redator-secretário”, Antonio Fonseca, do jornal Correio Paulistano, publicado na revista A Cigarra, em dezembro de 1919, é registro significativo do impacto visual, da intensidade dos sentimentos frente a uma nova percepção visual. O voo feito junto com o tenente Orton Hoover, a partir do Campo de Marte, foi experiência partilhada pelo deputado Freitas Valle, então presidente da Comissão de Instrução Pública, da Camara Estadual.

        As cores do panorama, do estupendo e majestoso panorama, eram as do nosso pavilhão — verde e amarelo. O verde dos campos, o amarelo das casas. Porque as casas batidas de sol, parecem todas, vistas da altura de 1.200 metros, da cor amarela.
        Dessa altitude, só se pode conhecer o morro, a montanha quando situados a grande distância, na linha do horizonte. Quando, porém, estão por baixo de nós, o terreno se nos afigura plano. Santana, que reconheci pelo colégio das Religiosas e pelo quartel do 43º, parecia-me uma planície. Pairamos sobre o Jaraguá e eu não percebi o morro, que é, aliás, o morro mais alto da cidade. Depois, à distância, distingui-o perfeitamente.

        FONSECA, Antonio C. Meu voo. A Cigarra, nº 126, p.[78-79], dez.1919.

      Sobre a nova moda — “o batismo do ar” —, veja também SEVCENKO, 1992, p.77. O autor menciona que em dezembro de 1919, o aviador norte-americano Orton Hoover estabelece em São Paulo serviço de voo diários sobre a capital a partir do Campo de Marte (idem, p.78), que seria objeto de várias notas na imprensa, tendo realizado até 13 de dezembro uma centena de passeios aéreos.

      Quase dez anos depois, indicando a potência simbólica dessa experiência, a revista “de arte e cultura” — Ariel — promove concurso que premiam vencedors com 10 voos gratuitos no novo aparelho dos Irmãos Robba, a partir do campo em Santana. Os Robba e outros aviadores fariam voos de acrobacia. “Teremos, pois, domingo, uma tarde aviatória, interessantissima e cujo sucesso está desde já assegurado.” (Tarde de aviação. Folha da Manhã, 22 de junho de 1928, p.10)
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    4. BERNARDET, 1979, filme 1912-1. >>


    5. Photographias elevadas. Revista da Semana, RJ, ano 12, nº 613, p.8, 10 de fevereiro de 1912. >>


    6. Como aponta Joaquim Marçal (PAMPLONA, 2014, p.28), um dos primeiros registros aéreos do Rio foram realizados por Paulino Botelho em 1905. Como seu irmão Alberto, Paulino é figura notória do cinema brasileiro da primeira época, que se anuncia. Jovem em seus 26 anos, atua como reporter-fotográfico do jornal Gazeta de Notícias. No dia 7 de maio, domingo, o capitão da marinha mercante portuguesa, Guilherme Magalhães Costa realiza ascensão no balão Portugal, cobrando entrada da assistência. Paulino acompanha-o na ascensão e será nos dias seguintes erguido à posição de herói.

      No dia 8, a Gazeta traz o registro do evento e o depoimento do fotógrafo: “Fiel ao cumprimento de meu dever, senti-me forte, e tanto, que me esqueci dos receios que pudessem existir para me preparar para cumprir esse dever – que era tirar uma fotografia da cidade do Rio de Janeiro, no ar.” O fotógrafo realiza 12 imagens que são expostas à porta da redação do jornal. Foi imenso o interrese do público em vê-las, noticia o jornal em 10 de maio. Na edição do dia 13, o jornal comenta mais uma vez a aventura e traz as “reproduções de várias vistas do Rio, tiradas pelo nosso fotógrafo especial (…) a 1.160 metros de altura”. No alto da página, ilustração homenageia o aeronauta português, em seu balão, do qual folhetos, ao que parece, são jogados. Abaixo, duas imagens apresentam cenas da aventura. Primeiro, a vista “apanhada” do alto, com a baía tomada de navios; mais abaixo, flagrante registra “a descida no Capão do Bispo”. As primeiras imagens da cidade — Rio de sol, de céu, de mar — são desenhos, saborosas transcrições das fotos expostas.

      Gazeta de notícias, 13 de maio de 1905 - Paulino Botelho fotografa o Rio do alto


      A Gazeta de Notícias estampa no dia 13 de maio de 1905 as mais antigas imagens
      tiradas do alto, em balão, da cidade do Rio de Janeiro conhecidas até agora.
      Desenhos transcritos das fotografias do repórter fotográfico
      Paulino Botelho registram a baia da Guanabara e outros momentos do voo.

      Acervo Biblioteca Nacional

      Marçal indica que Paulino participará da segunda ascensão, no dia 21 de maio, quando capta as primeiras fotos do Rio em balão, certamente após retorno de Magalhães Costa de São Paulo onde faz uma demonstração no dia 14, acompanhado de Paulino Botelho. É evidente que as imagens expostas têm precedência.

      Em tempo, a edição do dia 21 traz ilustração em que, do balão 'Portugal', são lançadas sobre São Paulo “milhares de exemplares da Gazeta”, imagem de grande potência. As notas no jornal, nos dias 15 e 16, apesar de comentarem que o evento foi intensamente fotografado pelos repórteres da imprensa local, não indicam que Paulino tenha feito imagens da cidade do alto. Suas impressões surgem em nota do dia 15:

        A maior altura que atingimos foi de novecentos e oitenta metros, que referida ao nível do mar representa mil setecentos e trinta.
        (…) A oeste estendia-se a cidade de S. Paulo, cujo aspecto lembra Lisboa baixa, composta de três tabuleiros em xadrez, sistema radiado guarnecido pelo Tietê, que se apresenta como uma fita plumbea; ornamentando a cidade, os jardins particulares eram muito belos de se ver, semelhando plantações de luxo; um parque recentemente plantado lembrava Versailles; um ponto grande era a torre da estação da Luz que à altura de quinhentos metros tomava as proporções de um brinquedo de criança.
        No máximo de altura distinguia-se por um óculo de alcance a linha do mar na direção de Santos.

      Na ascensão que teria lugar no dia 21, no Rio, no Campo de Santana, momentos antes, Paulino e o capitão Costa recebem medalhas comemorativas. No verso da medalha oferecida ao “arrojado” fotógrafo consta: “Admiração dos seus colegas fotó[grafos]”. Seu depoimento, transcrito no dia 22, além das ilustrações da partida e da descida na edição do dia 23, indicam a comoção e oportunismo comercial do momento. "...passavamos bem por cima do jardim do Largo do Machado. Curvei-me. Havia muita gente no largo, uma porção de pontos pretos, entre caixotinhos vermelhos. As casas, as árvores, tudo diminuido com proporções ridículas.” O anônimo articulista prossegue: “Fizemos-lhe uma ultima pergunta: — E não olhou o céu? — Quando se está nos ares, olha-se mais a terra!, concluiu ele a sorrir.”

      (O balão 'Portugal'. Gazeta de Noticias, RJ, 8 de maio de 1905, p.1; O balão 'Portugal'. Gazeta de Noticias, RJ, 10 de maio de 1905, p.1; O balão 'Portugal'. Gazeta de Noticias, RJ, 13 de maio de 1905, p.2; Balão 'Portugal'. Gazeta de Noticias, RJ, 15 de maio de 1905, p.1; A ascensão em S.Paulo. Gazeta de Notícias, RJ, 21 de maio de 1905, p.2; O balão 'Portugal'. Gazeta de Noticias, RJ, 22 de maio de 1905, p.1; Balão Portugal-Gazeta de Noticias. Gazeta de Noticias, RJ, 23 de maio de 1905, p.1 e 3).
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    7. Segundo o Brigadeiro do Ar Marcio Bhering Cardoso (PAMPLONA, 2014, p.11), diretor do Museu Aeroespacial (RJ), a EBA contava com a presença do tenente Molder, representante e fiscal do governo. A escola, que funcionou por apenas cinco meses, encerrou atividades no mesmo ano, em 1914. Outras fontes referenciam a unidade como de origem militar, mas Cardoso aponta que apenas em 1919 é criada a Escola de Aviação Militar, do Exército, sob orientação da Missão Militar Francesa (1919-1940).
      Veja na mesma fonte, breve histórico sobre a unidade (p.29).
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    8. Joaquim Marçal, na mesma obra (PAMPLONA, 2014, p.28), comenta a participação na Escola de Aviação Naval, do “fotógrafo aviador”, Jorge Kfuri, que atuava no jornal A Noite, autor provável dos primeiros registros aéreos da cidade do Rio de Janeiro a partir de aeroplanos. Como vimos, as imagens de Bleriot, em fevereiro de 1912, estabelecem nova precedência.

      Imagens produzidas em voos da Escola de Aviação Naval, por Kfuri, informa Marçal, foram publicadas no livro Rio de Janeiro: imagens da aviação naval, 1916-1923 (Argumento, 2001).
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    9. DELPES. A photographia aerea. A Cigarra, nº 113, p.[30-31], 1 de junho de 1919. Imagens similares são publicadas na Revista do Brasil, que a revista alega serem as primeiras do gênero (São Paulo vista do aeroplano. Revista do Brasil, ano IV, v. XI, nº 42, p.176-177, [jun].1919). >>


    10. Segunda-feira, 2 de junho: Estrondoso sucesso. O Estado de S.Paulo, 1 de junho de 1919, p.9. >>


    11. Novas imagens de São Paulo e Rio são publicadas em seguida em: A Cigarra, nº 114, p.[20-21], 15 de junho de 1919.

      As primeiras imagens de São Paulo, realizadas pelo tenente Dorsaud foram, segundo o jornal O Estado de S.Paulo, de 28 de abril, realizadas nesse mesmo dia 28, no qual pela manhã os dois aviões pilotados por Lafay e Verdier fazem em menos de 3 horas o trajeto Rio-S.Paulo, em contraste com as 6 horas do voo de Edu Chaves em 1914. As imagens foram realizadas em voo estrito para esse fim, pilotado pelo tenente Mario Barbedo (não confundir com seu pai, o general Barbedo, comandante da 6ª Região). Certamente há uma cronologia entre essas tomadas e as publicações mencionadas, o que exige pesquisa suplementar para determiná-la.
      Sobre Lafay, conhecido por sua habilidade em voos em “mau tempo” como em especial pelo desempenho em voos noturnos, além de Verdier e Barbedo, veja artigo de Delpes em O Estado de S.Paulo, de 7 de dezembro de 1918.

      (DELPES. A aviação no Brasil. O Estado de S.Paulo, 7 de dezembro de 1918, p.3; A aviação em S. Paulo. O Estado de S.Paulo, 28 de abril, de 1919, p.3)
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    12. A cidade do Rio é, a partir do segundo reinado, um dos principais temas da fotografia. Se a sua geografia permite, em contraste com outros locais, explorar a fotografia panorâmica, com a chegada da aviação o interesse por essas imagens do ar seria inevitável.

      É oportuno apontar ocorrências mais elaboradas dessas imagens, usadas como instrumento de apoio a outros temas, que podem ser identificadas a partir dos anos 20. Um exemplo são duas imagens aéreas do Rio de Janeiro, ambas sem autoria, que ilustram com destaque longo artigo publicado em abril de 1921, na Revista da Semana, para apresentar o projeto do engenheiro-arquiteto José Cortez para remodelação da área central. Essas fotos na verdade são utilizadas com o intuito expresso de comprovar que o desmanche do Morro do Castelo liberaria uma área limitada frente à necessária intervenção que a cidade mereceria. (O que falta ao Rio de Janeiro para ser a primeira cidade da América do Sul? Revista da Semana, RJ, ano XXII, nº 16, p.[23-25], 16 de abril de 1921).

      Ocorrências do gênero exemplificam, de qualquer modo, o tom coloquial, mas ainda não banalizado, que as vistas do ar apresentam nesse momento. No campo do design gráfico moderno, cujas primeiras experiências entre nós ocorrem no início da década seguinte, elementos visuais como aviões, tomadas em plongée e contra plongée surgem associados a uma estrutura gráfica que valoriza o dinamismo através de contraste, cor, montagens de imagens etc. Esses produtos podem ser interpretados como herdeiros de vários aspectos sensoriais presentes na cultura urbana desde o final da década de 1910. A esse respeito veja: MENDES, Ricardo. A revista S.PAULO: a cidade nas bancas. Imagens, Unicamp, Campinas, nº 3, p.91-97, dez.1994.
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    13. BERNARDET, 1979 – filme 1921-21.
      Veja trecho disponível em produção da FAB TV: FAB na História - 100 Anos Campo dos Afonsos (Parte 2) (2014, 7'53"), entre 2'8” e 2'30”.
      Disponível em: <
      http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/19185/FAB-TV---Nova-edi%C3%A7%C3%A3o-do-FAB-na-Hist%C3%B3ria-continua-a-aventura- pelos-100-anos-do-Campo-dos-Afonsos>.
      Acesso em: 1 de outubro de 2014. >>




    14. DELPES. O nosso 'Codigo do ar': a photographia aerea. Illustração Photographica, ano 1, nº 4, p.26-28, junho de 1919 (transcrito do jornal O Estadinho, 29 de julho de 1919).

      O articulista, que desde 1918 surge como colaborador ocasional na imprensa local para assuntos de aviação, aponta o conflito com a claúsula 4 que estabelece “zonas interditas” para voos, e destaca no resto do artigo o uso de imagens aéreas para diversos fins. As restrições ao uso de aparelhos fotográficos em voo parece ganhar forma legal apenas em 1925, pelo decreto federal 16.893, assinado por Arthur Bernardes, em 22 de julho, que “aprova o regulamento para os Serviços Civis de Navegação Aérea”. O artigo 55 determinava que “ninguém a bordo de uma aeronave em voo poderá tirar ou permitir que sejam tiradas fotografias, sem que para isso tenha licença especial concedida pelo Ministro da Viação e Obras Públicas e observe as condições nela estipuladas”. Mais adiante o artigo 79 reforça: “Salvo no caso de autorização especial ou em virtude de instruções expedidas pelo Ministro da Viação e Obras Publicas, não poderão ser conduzidos a bordo de uma aeronave quaisquer aparelhos fotográficos”.
      Disponível em: <
      http://legis.senado.leg.br/sicon/#/legislacaoRapida>. Acesso em: 1 de outubro de 2014. >>


    15. Disponível em: <http://legis.senado.leg.br/sicon/#/legislacaoRapida>. Acesso em: 1 de outubro de 2014. >>


    16. Primeiro, através da Kondor Syndicat (logo depois, sob a denominação Sindicato Condor, dando origem na década de 1940 à Cruzeiro do Sul...) e Aeropostale; em 1927, a VARIG em sua primeira configuração; em 1930, a Panair do Brasil, e quatro anos depois, para ficarmos no recorte temporal deste ensaio, a VASP. >>


    17. BERNARDET, 1979 – filme 1920-19. >>


    18. Trata-se do filme A chegada de SS. MM. Os reis da Bélgica no Rio de Janeiro, em 4 partes, exibido nos cines Centrais e São Pedro, em 24 de setembro (BERNARDET, 1979 – filme 1920-35). Também da Fox é o filme As festas de domingo no estádio do Fluminense, realizadas em homenagens às mesmas personalidades, que conta com “perfeitíssimo trabalho da Fox Aeroplane Service”, com o operador João Etchebehere (idem, filme 1920-36). >>


    19. BERNARDET, 1979 – filme 1922-25. >>


    20. BERNARDET, 1979 – filme 1922-65 e 1922-72, respectivamente. >>


    21. A Rossi Filme registrou na edição nº 8 do Rossi Atualidades, exibida no República em 19 de abril de 1922, a entrega do brevet à senhorita Anésia Pinheiro Machado (BERNARDET, 1979 – filme 1922-14). >>


    22. Em atividade desde 1920 pelo menos, o Aeródromo Brasil tinha como sócio dos irmãos o piloto Domingos Bertoni, falecido em abril de 1922, vítima de acidente no aeródromo de Indianópolis.

      Anos depois, os Robba transferem o aeródromo para a Ponte Grande, em terreno municipal cedido para esse fim. Em 1928, em sessão ordinária da Câmara no dia 23 de junho, é apresentado o requerimento nº 228, assinado por sete vereadores em que requerem “ao sr. prefeito que se digne mandar, pela repartição competente, limpar o campo de aviação dos irmãos Robba, situado na Ponte Grande.” (CMSP, Anais 1928, p.378).
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    23. A Aviação no Interior do Estado. A Cigarra, nº 178, p.[35], 15 de fevereiro de 1922. >>


    24. Em depoimento de Lia Santiago Robba, nora de Henrique, ao autor, em 13 de setembro de 2013, os irmãos teriam, possivelmente pouco depois da viagem comentada, prestado serviço para o Correio Aéreo. Em princípio, o Correio Aéreo Nacional tem início na esfera militar em 1931. Teriam os irmãos Robba prestado serviço para empresas particulares? Em janeiro de 1930, por exemplo, a Aeropostal anuncia seu serviço de correio aéreo, além do serviço de passageiros, com voos para o sul do Brasil e países fronteiriços, todos os sábados, e para o norte do país, do Rio à Natal, bem como África e Europa, todas as sextas-feiras (Correio Aereo. Correio Paulistano, 12 de janeiro de 1930, p.7). >>


    25. BERNARDET, 1979 – filmes 1923-19 e 1923-21, respectivamente. >>


    26. Sobre a demonstração de paraquedas, que Sevcenko (1992, p.82) aponta como primeira ocorrência em São Paulo, seria oportuno indicar que um dos primeiros registros fotográficos do seu uso no Brasil ocorre em salto realizado em agosto de 1923 no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, pelo tenente Carlos da Gama Chevalier, da altura de 2 mil metros, fotografado “do alto” pelo major Wallo quando o paraquedas se encontrava a cerca de 1.500 metros de altura.
      Veja imagem em: O salto de Anhangá. Revista da Semana, RJ, ano XXIV, nº 32, p.[18-19], 4 de agosto de 1923.
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    27. Raid Lisboa-Rio. A Cigarra, nº 186, p.[15], 15 de junho de 1922. Atente que há discrepância de datas entre o evento ocorrido em 17 de junho e a de edição da revista. >>


    28. A travessia aerea do Atlantico: De Lisboa ao Rio de Janeiro: Em S. Paulo. O Estado de S.Paulo, 8 de julho de 1922, p.4. O artigo integra longa série que narra o dia a dia da travessia. >>


    29. Os aviadores portuguezes em S. Paulo no Prado da Mooca. A Cigarra, nº 188, p.[7], 15 de julho de 1922. >>
      A CIGARRA, 15 de julho de 1922
      Os ases locais marcam presença. Da esquerda para a direita: tenente Reynaldo Gonçalves e Anesia Pinheiro Machado, Edu Chaves. No destaque, João Robba, entre Manoel Lacerda Franco e Ernesto Stecklen. Embaixo, Henrique Robba e Fritz Roesler.


    30. João Ribeiro de Barros, Newton Braga, Vasco Cinquini e João Negrão. >>


    31. Note que, no trecho aqui suprimido para melhor fluência, o gerente geral da empresa lamenta que 75 a 80 bondes tenham sido danificados em diferentes graus.
      SOUZA, Edgard de. General Manager’s annual Report 1927. São Paulo: The São Paulo Tramway, Light & Power Co. Ltd, 1928, p.38-39. datilografado. Acervo Fundação Saneamento e Energia.

      Sobre a presença dos grandes fenômenos de massa no cotidiano da cidade ao final da década de 1910, veja: SEVCENKO (1992). Atente para o capítulo inicial, sob novas condições de interação social na vida cotidiana, e, no caso, os eventos de grande atração como o futebol, analisados a partir da página 58.
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    32. À “figura heróica” tem seu contraponto. As condições reais do cotidiano da aviação serão por décadas severamente precárias. Um exemplo preciso é a chegada do avião Jahú, em 1927, a São Paulo. Uma “esquadrilha de recepção”, que inclui a participação dos irmãos Robba e outros, decola do “Campo Thereza de Marzo” no Ipiranga, para ir até o Alto da Serra receber a aeronave. Mais do que mera ação diplomática, na verdade, essa operação tinha função de orientar os pilotos, que nada dispunham além de eventual carta topográfica da região, de referências visuais e uma bússola.
      (Justa consagração de um valor indiscutivel. Folha da Manhã, 2 de agosto de 1927, p.1)
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    33. BERNARDET, 1979 – filme 1925-59. >>


    34. Uma interessante prova de aviação. A Cigarra, nº 226, [24-25], 15 de fevereiro de 1924. >>


    35. CRULS, L. Bibliographia. Revista Brazileira, RJ, II, tomo 7, p.202, julho/dezembro de 1896. >>


    36. Carl Pulfrich (1858-1927) desenvolveu o estereocomparador, quando atuava na Carl Zeiss, em Jena (AL), primeiro equipamento de uso efetivo para a produção fotogramétrica, produto de extenso período de pesquisa de Pulfrich, entre 1899 e 1920, dedicado ao estudo da estereoscopia. >>


    37. N. 4.836 – Memorial descriptivo... Diário Oficial da União, RJ, 20 de fevereiro de 1907, seção 1, p.22-23. >>


    38. Ministerio da Agricultura, Industria e Commercio. Diário Oficial da União, RJ, 7 de setembro de 1921, Seção 1, p.6.
      A solicitação foi acompanhada de memorial datado de 16 de maio de 1921, assinado por Pedro Americo Werneck, quase certo, um agente local especialista em registro de patentes.
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    39. Patentes de invenção. Diário Oficial da União, RJ, 21 de setembro de 1921, Seção 1, p.67-69. >>


    40. Ao longo do texto, vários pontos sobre o Serviço Geográfico serão retomados. >>


    41. Navegação fluvial. O Estado de S.Paulo, 9 de julho de 1927, p.5. >>


    42. O Observatório do Rio de Janeiro foi criado em 1827 como Observatório Astronômico, sendo reorganizado em 1845, agora sob a denominação Imperial Observatório do Rio de Janeiro. Hoje, como Observatório Nacional, é um instituto de pesquisa vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) (<http://www.on.br>). >>


    43. O Ministério da Guerra, no período que nos interessa, abarca as forças do Exército e da Armada (Marinha). A breve investigação feita aqui sobre o Serviço Geográfico utilizou os relatórios anuais encaminhados, e publicados, à Presidência da República. Seria oportuno lembrar que não foram identificadas nos relatórios ações da Armada, responsável, como várias menções ocasionais indicam, pelo levantamento das cartas litorâneas, que apontem uma unidade especializada ou o emprego da fotogrametria, em qualquer sistema.

      Porém, na imprensa, surgem pontualmente ocorrências, com a participação de oficias da Marinha em treinamento junto ao Serviço Geográfico em 1924, comentado mais à frente, ou, em 1916, viagem aérea em planejamento entre as cidades do Rio e Belo Horizonte, com 3 aeroplanos da Diretoria de Aeronáutica da Marinha, operação autorizada pelo respectivo ministro. Um dos aviões contaria com “uma máquina fotográfica para o levantamento topográfico” (Aviadores brasileiros vão emprehender uma viagem aerea entre o Rio e Bello Horizonte. O Imparcial, RJ, 1 de agosto de 1926, p.4).
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    44. Para a pesquisa sobre o Serviço Geográfico Militar foram consultados os relatórios anuais do Ministério da Guerra disponíveis no portal Memória BN no período entre 1890 e 1926, coleção da qual há falta de exemplares para 1918 e 1919. Os relatos, nos tópicos relativos ao Serviço Geográfico, variam em extensão e detalhamento. Surpreendem por vezes pelas descrições extensas, em outras pela brevidade, aspectos que convivem num mesmo relato. >>


    45. No ano seguinte, o decreto nº 12.945, em 5 de abril de 1918, destina novo crédito de 100$000 para despesas relativas à mesma unidade, sem detalhar, contudo, usos específicos. >>


    46. Apenas reforçando a menção anterior, os relatórios para 1918 e 1919 não integram a coleção da Bibilioteca Nacional, mas mesmo em 1920 não há menção ao Serviço Geográfico Militar. >>


    47. MINISTÉRIO da Guerra, 1922, p.68. >>


    48. MINISTÉRIO da Guerra, 1922, p.68. >>


    49. MINISTÉRIO da Guerra, 1922, p.70. >>


    50. MINISTÉRIO da Guerra, 1922, p.70-71. O texto chega a mencionar, informação isolada, que a altura de voo recomendada estaria entre 4 a 5 mil metros, sem indicar os parâmetros da cartografia a produzir.

      Na falta de dados mais detalhados sobre o Serviço Geográfico Militar é possível, numa leitura rápida do relatório, especular alguns aspectos sobre a equipe. O Anexo nº 16, em sua página 81, em “Contigentes especiais”, contabiliza o número de praças de cada unidade, sem referência porém a oficiais. O SGM conta então com 259 soldados, 38 cabos e 75 sargentos, entre sargentos-ajudantes e primeiro a terceiro sargentos.
      >>


    51. MINISTÉRIO da Guerra, 1923, p.37. Seria oportuno lembrar que entre outros serviços especiais subordinados diretamente ao Estado-Maior constam um laboratório fotográfico e uma gráfica, que prestam atendimento às demais unidades no mesmo escalão. Ainda assim algumas necessidades passam a exigir demandas específicas na medida que os trabalhos cartográficos se desenvolvem. >>


    52. MINISTÉRIO da Guerra, 1923, p.38 – item 7. O tópico seguinte é relevante, por espeficar ações pertinentes, na área do Distrito Federal: a “impressão da carta da Ilha do Governador a cores (...)”. >>


    53. Em outras fontes, é possível tomar conhecimento de uma interação com equipes da Marinha Brasileira. Nota na imprensa, em abril de 1924, informa sobre autorização do Ministro da Guerra para a admissão de oficiais da Marinha nos cursos de aerofotogrametria, fotogrametria e cartografia a cargo do Serviço Geográfico Militar (Notas officiaes/Ministerio da Guerra. Jornal do Brasil, RJ, 12 de abril de 1924, p.10). >>


    54. MINISTÉRIO da Guerra, 1924, p.47-53. No caso específico, p.48. >>


    55. MINISTÉRIO da Guerra, 1924, p.50 – “Estereofotogrametria”, p.50-51 – “Aerotopografia”.
      Seria oportuno lembrar que os relatórios são editados em meados do ano seguinte, incluindo eventualmente em seus relatos referências a fatos do ano corrente, como a menção a setembro de 1924, feita acima. Entre as atividades do SGM para 1923, constam ainda a realização de fotos aéreas, provavelmente tomadas obliquas, feitas durante raid Rio de Janeiro-São Paulo realizado pela Escola de Aviação Militar. E, em especial, o “voo de experiência de levantamento” realizado em junho em hidroplano Junkers, ficando em aberto qual o objeto real do experimento — o hidroplano, o levantamento em si etc (idem, p.51).
      >>


    56. Somam-se a isso os eventuais problemas causados pela crise econômica mundial em 1929 e o impacto sobre rendimentos da cultura de café, responsável por significativa parcela da economia brasileira do período. Os desdobramentos desses fatos atingiriam de diferentes formas as empresas contratadas nas concorrências realizadas em São Paulo e Rio relativas a levantamentos aerofotogramétricos. A redução do crédito e o aumento dos custos no período imediato gerarão problemas pontuais e atrasos. Certamente, em outro ritmo, essas alterações impactariam o orçamento do Ministério da Guerra. >>


    57. Pires do Rio respondeu anteriormente na presidência de Epitácio Pessoa (1919-1922) pelo ministério da Viação e Obras Públicas e, posteriormente, pelo ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. >>


    58. Conforme menção, à p.220 (CMSP, Anais 1928).
      Não foi realizada busca dessa documentação, nem no acervo da Câmara Municipal (CMSP), nem na documentação custodiada no AHSP, neste caso por estar sua datação fora dos atuais limites temporais do acervo.
      >>


    59. Fundada em 1919 por Hugo Junkers (1859-1935), engenheiro e designer aeronáutico a empresa estava voltada para a construção de aeronaves, área na qual Hugo atua antes mesmo da constituição da empresa com o desenvolvimento dos primeiros aviões completamente metálicos. Nessa transposição técnica, que seria longa, a empresa conquista espaço com novos modelos. Além disso, o empresário, atuante desde 1892, volta-se pouco depois para a produção de motores. Suas empresas sofrem severas intervenções governamentais tanto no primeiro conflito mundial quanto na década de 1930, ações que buscam instrumentalizar o conglomerado como principal produtor aeronáutico germânico, processo que acaba nessa última vez afastando-o do controle. Com as restrições impostas pelo tratado de Versalhes no primeiro pós-guerra, em especial a proibição de produção de aeronaves, o grupo buscou áreas alternativas como o transporte de passageiros e outras prestações de serviço como os propostos ao final dos anos 20, atendendo aos editais realizados no Distrito Federal e na cidade de São Paulo. (Dados compilados a partir do site <http://de.wikipedia.org>, nos tópicos: Hugo Junkers e Junkers Motorenbau und Junkers Flugzeugwerk. Acesso em: 28 de outubro de 2014. >>


    60. Goffredo da Silva Telles, além de vereador, foi prefeito da capital entre maio e outubro de 1932, na série de titulares nomeados para o cargo, a partir de outubro de 1930, pelos interventores federais no estado. >>


    61. Assinam o parecer os vereadores: Almeirindo M. Gonçalves, Goffredo Teixeira da Silva Telles, Innocencio Seraphico, M. Pereira Netto, Nestor Alberto de Macedo e Oswaldo Prisciliano de Carvalho. >>


    62. A comissão aponta que o processo era falho ao apresentar como justificativa a lacônica informação vinda da 7ª Seção Técnica, da Diretoria de Obras: “A proposta é vantajosa e oportuníssima”. O parecer, em tom surpreso, registra a reação do próprio Diretor de Obras que houve por bem acrescentar, “de seu punho”, que para tranquilidade do legislativo, uma vez aprovada a proposta, a Prefeitura fará constar do contrato definitivo “maiores detalhes técnicos” (CMSP, Anais 1928, p.214-215). >>


    63. CMSP, Anais 1928, p.216, em itálico no original. >>


    64. Veja Anexo IV com a transcrição parcial da sessão da Câmara Municipal, de 14 de abril de 1928, destacando neste recorte a proposta de lei para realização do levantamento territorial do munícipio. (CMSP, Anais 1928, p.219-222) >>


    65. Esse ponto, omisso na proposta final, recebe observação expressa: “A proponente não diz precisamente se vai empregar o método de fotorestituição simples, se também o da estereofotogrametria. Seria de vantagem que se servisse de um e de outro, utilizando o primeiro para o levantamento do município na escala prevista de 1:20.000 e dos dois, em combinação, para os levantamentos urbanísticos em escala grande”. (CMSP, Anais 1928, p.218).
      Veja o texto da lei proposta, no artigo 5 (idem, p.220), reproduzido aqui no
      Anexo IV. >>


    66. A opção final pela escala 1:2.000 nessa fase da discussão merece atenção. Ela parece contradizer a proposição mencionada de um levantamento para uso mais imediato e os parâmetros da proposta apresentada pela Junkers.

      O texto para lei específica apresentado no parecer aponta ainda, no artigo 13, parâmetros para curvas de nível na escala 1:2.000 e para a eventual produção nas escalas 1:5.000 e 1:20.000.
      >>


    67. Entenda-se aqui “fotocartas” como mosaicos fotográficos cobrindo determinadas regiões e “mapa índice” como a representação gráfica, ou mesmo fotográfica, da combinação desses conjuntos de fotocartas. >>


    68. A cobertura na imprensa carioca é bem extensa, com a reprodução do discurso em partes nos dias subsequentes. No caso, apenas listadas as matérias consultadas:
      A administração da cidade/A primeira mensagem do Sr. prefeito Antonio Prado Junior ao Conselho Municipal. O Paiz, RJ, 2 de junho de 1927, p.1, 7 e 8; idem. O Paiz, RJ, 3 de junho de 1927, p.1, 7 e 8. Não foi identificada a continuação da transcrição nos dias seguintes.
      >>


    69. Sobre o termo “carta cadastral” seria oportuno apontar que embora surja regularmente na proposta carioca, o projeto não teve como finalidade o desenvolvimento de produto específico para esse fim, mas o de um instrumento chave para seu aprimoramento.
      As contratações analisadas dizem unicamente respeito à produção de cartas topográficas sem qualquer serviço associado de cadastro de imóveis. As cartas surgem no contexto imediato como ferramentas fundamentais aos projetos urbanísticos em andamento. Mais a frente será possível identificar a existência de setor técnico específico destinado ao cadastro imobiliário e a sua conexão com o levantamento.
      >>


    70. Sem maiores dados até o momento: McNeill, sob diversas variações de grafia, surge na imprensa entre 1925 e 1935. Há registros genealógicos, na internet, que confirmam sua origem britânica, de ascendência irlandesa (1894- ?), mas sem dados mais consistentes. >>


    71. MARTIN, Joseph. British progress in aviation. Wileman's Brazilian Review, RJ, ano 18, nº 23, p.727, 9 de junho de 1927. >>


    72. Prefeitura do Districto Federal/Actos do Poder Executivo. Jornal do Brasil, RJ, 1 de setembro de 1927, p.15. >>


    73. Mencionado em: Mensagem ao Conselho Municipal, lida, na sessão de hontem, pelo Prefeito Sr. Antonio Prado Junior. O Paiz, RJ, 2 de junho de 1929, p.9.
      Não foi possível localizar o texto legal para avaliação do grau de detalhamento e exigências.
      >>


    74. Veja transcrição integral no Anexo II.
      Prefeitura do Districto Federal/Directoria Geral de Obras e Viação/Edital. Jornal do Brasil, RJ, 10 de janeiro de 1928, p.17. >>


    75. O levantamento topographico da cidade/ Encerramento de concurrencia. O Paiz, RJ, 15 de janeiro de 1928, p.2.
      Observe que esta nota informa a data-limite erroneamente: dia 16 de janeiro por 15 de fevereiro.
      >>


    76. Prefeitura. Jornal do Brasil, RJ, 16 de fevereiro de 1928, p.14.
      A mesma fonte informa a nomeação de comissão de avaliação formada pelos engenheiros Alfredo Duarte Ribeiro, diretor geral de Obras e Viação, Souza Mendes, subdiretor da Carta Cadastral, e Prado Seixas, secretariados por Alfredo Mercier.
      Veja ainda, com texto similar: A Prefeitura do Districto Federal. O Paiz, RJ, 16 de fevereiro de 1928, p.2.

      Sabe-se que Seixas (na verdade, Álvaro Baptista Seixas) foi nomeado pelo memorando nº 369, de 13 de fevereiro de 1928, respondendo pelo parecer técnico sobre as propostas anexado ao respectivo processo, nº 16.3[8]2, de 1928, da Diretoria de Obras (As demissões na Prefeitura. O Globo, RJ, 27 de novembro de 1930, edição matutina, geral, p.8).
      >>


    77. A fonte em questão não informa no caso das empresas desclassificadas os representantes locais. Não foi possível até o momento avançar na recuperação de dados sobre esses proponentes. >>


    78. Telegramas do exterior. O Estado de S.Paulo, 17 de março de 1928, p.7. >>


    79. (OELSNER, 1934, p.317)
      Veja no
      Anexo III a transcrição parcial feita por Carl Oelsner, engenheiro-chefe da empresa. >>


    80. A installação solenne do Conselho Municipal/ O discurso do prefeito! A Noite, RJ, 1 de junho de 1928, p.3.
      Há variação nos textos das diversas fontes jornalísticas. Recomenda-se, porém, a consulta à versão ampliada, que será utilizada mais adiante:
      A mensagem do prefeito do Districto Federal. O Paiz, RJ, 2 de junho de 1928, p.7-9.
      Veja também transcrições, publicadas em partes quase sempre:
      A mensagem do Sr. Prefeito ao Conselho Municipal. Gazeta de Notícias, RJ, 2 de junho de 1928, p.2 e 10; A instalação do Conselho Municipal. O Paiz, RJ, 2 de junho de 1928, p.2, 7-9; Districto federal: a Mensagem do Prefeito ao Conselho Municipal do Rio de Janeiro. O Estado de S.Paulo, 7 de junho de 1928, p.4-5.
      >>


    81. Até mesmo o periódico carioca Wileman's Brazilian Review, já mencionado, dirigido à comunidade inglesa, traz longa transcrição do discurso de Antonio Prado, na edição de 14 de junho (Message. Wileman's Brazilian Review, RJ, ano 19, nº 24, p.747-754, 14 de junho de 1928). >>


    82. A mensagem do prefeito do Districto Federal. O Paiz, RJ, 2 de junho de 1928, p.7-9.

      Esta extensa transcrição, aparentemente a mais completa, traz nas páginas 8 e 9 o bloco “II Obras e Viação”, cujo penúltimo item, na última página, aborda a encomenda a Agache:



    83. Transcrição integral do tópico, conforme fonte citada (idem, p.9):



    84. Mauricio de Lacerda da Comissão de Orçamento, do Conselho Municipal, é figura recorrente nas notas na impressa. Em 28 de outubro, por exemplo, aponta o favorecimento ao capitão McNeill em detrimento da concorrência, baseado na mensagem do prefeito em junho passado, já mencionada. “(...) concluo por uma emenda mandando que este (o prefeito) entre em acordo com o ministro da Guerra, para obter uma ampliação da carta já feita pelo Serviço Geográfico Militar” (Na comissão de Orçamento, no Conselho. O Globo, RJ, 28 de outubro de 1927, edição matutina, 2ª edição, p.2).

      McNeill surge em outras notas, como em comentário sobre propostas de promoção do turismo na capital federal, em janeiro de 1928:

        Depois de um ano, o Sr. Antonio Prado Junior começa a abrir os créditos dos seus projetos de bobo-alegre, dominado pelas espertezas de uma 'entourage' ambiciosa. Dentro de poucos dias teremos o crédito de 2.000:000$ (dois mil contos) para levantamento da carta cadastral, pelos fotográficos do Sr. Mac Néil. O Sr. Mac Néil é íntimo do Sr. Antonio Prado Junior. Há tempos, eles voaram juntos. Depos do voo, surgiu o projeto da carta cadastral. Por isso mesmo, o Sr. Mauricio de Lacerda disse, no Conselho: 'Toda a vez que o prefeito, o Sr. Mac Néil e senhora realizarem um voo aparecerá mensagem abrindo os créditos necessários.” O governo bobo-alegre do prefeito é assim...
        (Ecos. O Globo, RJ, 9 de janeiro de 1928, edição vespertina, geral, p.2)

      Em tom escandaloso, artigo do jornal A Esquerda, em 3 de julho, aponta o “atentado ao erário publico” com o favorecimento a Mc Neil, amigo do prefeito, “vulgar jogador de polo do Gávea Golf & Country Club e vendedor de rendas às damas da alta sociedade” (Um negocio de alcova, de mesa de aperitivos e de jantares alegres... A Esquerda, RJ, 3 de julho de 1928, p.3).

      Sobre o tema da concorrência, veja ainda:
      Ideas do Prefeito. O Globo, RJ, 6 de novembro de 1927, edição matutina, geral, p.1; Ecos. O Globo, RJ, 27 de dezembro de 1917, edição matutina, geral, p.2; Dinheiro haja! O Globo, RJ, 6 de janeiro de 1928, edição matutina, geral,p.3.
      >>


    85. Breve, o texto não indica as áreas de atuação da empresa, remetendo para isso ao estatuto apresentado, não reproduzido na fonte (cf. Diário Oficial da União, RJ, 20 de março de 1928, Seção 1, p.7657). Disponível em: <http://www2.camara.leg.br>. Acesso em: 4 de abril de 2014. >>


    86. Em ato no dia 17 de julho, o Ministério da Viação revalidava a carta de piloto aéreo do capitão Holland (Revalidação de cartas de pilotos aereos. A Esquerda, RJ, 18 de julho de 1928, p.4; Administração publica. O Imparcial, RJ, 18 de julho de 1928, p.5.).

      No mesmo mês a Aircraft Operating solicita ao Ministro de Viação permissão para uso de seus aviões em território brasileiro e o emprego de equipamentos fotográficos nos trabalhos de levantamento. Obedece assim ao regulamento federal de serviços civis de navegação aérea, estabelecido em 1925, já mencionado. A autorização é emitida em outubro de 1928.
      (A aviação no Brasil. Diário Nacional, SP, 22 de julho de 1928, p.1; A 'Aircraft' foi autorizada a realizar vôos, utilizando-se de apparelhos photographicos. Correio da Manhã, RJ, 10 de outubro de 1928, p.6; O levantamento aero topographico. O Estado de S.Paulo, 10 de outubro de 1928, p.5)
      >>


    87. A planta cadastral do Districto Federal. Correio da Manhã, RJ, 8 de junho de 1928, p.3; A bordo do 'Arandora'. Correio da Manhã, RJ, 22 de junho de 1928, p.2. >>


    88. O levantamento aereo photo-topographico do Rio de Janeiro. Correio da Manhã, RJ, 11 de novembro de 1928, p.4; O levantamento aereo, photo-topographico do Rio de Janeiro. Gazeta de Notícias, RJ, 11 de novembro de 1928, p.3; O levantamento aereo photo-topographico do Rio de Janeiro. Jornal do Brasil, RJ, 11 de novembro de 1928, p.9. >>


    89. O decimo anniversario do Armisticio. Correio da Manhã, RJ, 13 de novembro de 1928, p.2; As festas do Armisticio. O Paiz, RJ, 12 e 13 de novembro de 1928, p.4. >>


    90. O levantamento aereo-photo-topographico. O Estado de S.Paulo, 13 de novembro de 1928, p.4
      A série, intitulada A capital da Republica: inquerito à administração municipal, é publicada em 10 partes nos dias 7 a 9, 13, 16, 20, 23, 27 e 30 de novembro e no dia 2 de dezembro de 1928.
      >>


    91. Além do evento, a empresa parece procurar manter com alguma regularidade uma presença na imprensa. Na edição de 27 de julho de 1929, por exemplo, a Revista da Semana traz um ensaio fotográfico com 5 páginas com imagens aéreas da capital federal. A autoria é omitida, mas devidamente feita no número seguinte, em 3 de agosto. Novamente em 5 de outubro, o mesmo periódico publica breve artigo sobre comemorações na Igreja da Penha, com foto do conjunto feita pela The Aircraft Operating.
      Vistas aereas do Rio. Revista da Semana, RJ, ano 30, nº 32, p.[23-27], 27 de julho de 1929; Vistas aereas do Rio. Revista da Semana, RJ, ano 30, nº 33, p.[28], 3 de agosto de 1929; O Mez da Penha. Revista da Semana, RJ, ano 30, nº 42, p.[34], 5 de outubro de 1929.
      >>


    92. Os trabalhos do levantamento aero-photographico do Districto Federal. O Globo, RJ, 18 de maio de 1929, edição vespertina, geral, p.1. >>


    93. Os trabalhos do levantamento aero-photo-topographico do Districto Federal. Jornal do Brasil, RJ, 19 de maio de 1929, p.6.
      Veja também sobre o evento:
      A visita do Sr. Presidente da Republica aos escriptorios da Aircraft Operating Company. O Paiz, RJ, 19 de maio de 1929, p.2; Telegrammas. A Razão, Fortaleza, 21 de maio de 1929, p.2.
      >>


    94. “Ficarão destarte atendidos pelo sr. Julio Prestes os desejos do deputado Sebastião do Rego Barros, presidente da Câmara e que serviu de advogado e intermediário da firma [Air Craf] junto ao presidente do Estado” (O governo paulista faz vultosa concessão. Diário Carioca, RJ, 14 de julho de 1929, p.1). >>


    95. Mensagem ao Conselho Municipal, lida, na sessão de hontem, pelo Prefeito Sr. Antonio Prado Junior. O Paiz, RJ, 2 de junho de 1929, p.9. >>


    96. Mensagem ao Conselho Municipal, lida, na sessão de hontem, pelo Prefeito Sr. Antonio Prado Junior. O Paiz, RJ, 2 de junho de 1929, p.9.

      Segue a transcrição integral do item relativo à Carta Cadastral, o qual é complementado no original pelo tópico a ele conexo: “Emplacamento dos logradouros públicos”.



    97. Idem, p.9. >>


    98. A missão chefiada por Lord D'Abernon. Correio da Manhã, RJ, 14 de setembro de 1929, p.2; Chega hoje ao Rio a missão economica ingleza. Correio da Manhã, RJ, 15 de setembro de 1929, p.1. >>


    99. Voaram de Londres à cidade do Cabo, na Africa, e dali partiram para o Brasil. O Globo, RJ, 29 de abril de 1930, edição matutina, geral, p.1 (chamada); Voaram de Londres à cidade do Cabo, na Africa, e embarcaram, depois, para o Brasil. O Globo, RJ, 29 de abril de 1930, edição matutina, geral, p.3. >>


    100. Em visita ao presidente da Republica. O Globo, RJ, 13 de maio de 1930, edição matutina, geral, p.4. >>


    101. A viagem a Buenos Aires pode ter sido de interesse pessoal como indica breve nota sobre seu retorno à Inglaterra.
      No 'Avelona Star'/ Regressa à Inglaterra o presidente da Aircraft Operating”. O Globo, RJ, 27 de maio de 1930, edição matutina, Geral, segunda edição, p.2.
      >>


    102. Desembaraço de um aeroplano para levantamento da carta aerea-photo-topographica. O Globo, RJ, 29 de maio de 1930, edição matutina, segunda edição, geral, p.2; Providencias do sr. ministro da Fazenda para o desembaraço, rapido, de um avião da Aircraft. Correio Paulistano, 31 de maio de 1930, p.1. >>


    103. O levantamento aero-photographico do Districto Federal. O Globo, RJ, 22 de outubro de 1930, edição matutina, Geral, segunda edição, p.2. >>


    104. Os dois conjuntos correspondem a 9 e 140 km2 respectivamente. >>


    105. O texto menciona os principais coordenadores, com usuais erros de grafias, aqui corrigidos quando possível: o gerente geral engenheiro C. W. F. Wauell, o gerente comercial Ernest Mc. Athy, o engenheiro encarregado do serviço de campo, Carl Alexandre Oelsner, o desenhista chefe, George Walker, o chefe dos fotógrafos Elliot, o representante comercial, J. C. Cotton e o representante junto à Prefeitura, Victor Nothmann.

      A equipe chegou a reunir quase 200 homens, já reduzida após a realização da parte principal dos serviços. O serviço conta com 20 desenhistas, além de engenheiros de campo. E, informa a fonte, a seção de Piedade emprega 80 trabalhadores.
      >>


    106. Dados sobre a carreira do engenheiro são objeto de nota na imprensa, em 27 de novembro, que comenta sua carta dirigida a Getúlio Vargas, chefe do governo, pedindo sua ação no processo de demissão (As demissões na Prefeitura. O Globo, RJ, 27 de novembro de 1930, edição matutina, Geral, p.8). >>


    107. Noticias do Rio/O levantamento aero-topographico da capital federal. O Estado de S.Paulo, 11 de dezembro de 1930, p.1.
      Veja também: Mais um inquerito na Prefeitura. A batalha, RJ, 11 de dezembro de 1930, p.2; A revisão do contracto com o Aircraft Operating Co. O Dia, Curitiba, 11 de dezembro de 1930, p.4.

      São designados para a comissão de análise Carlos da Silva Costa e o engenheiro Arthur Cumplido de Sant'Anna, com o apoio do major Leopoldo Nery da Fonseca e dos capitães Carlos Chevalier e Adyr Guimarães.

      O Ministro da Guerra delibera em fevereiro de 1931 a designação dos capitães Adyr Guimarães e Juarez do Nascimento Távora para a mesma comissão, tendo como secretário deste último o primeiro tenente Agildo da Gama Barata Ribeiro. Quase certo, o capitão Juarez é de Juarez Távora (1898-1975), militar e político, integrante da Coluna Prestes, que seria ainda ministro de transportes (1930, 1964-1967), e, depois, da Agricultura (1932-1934) (Noticias do Ministerio da Guerra. A Esquerda, RJ, 7 de fevereiro de 1931, p.6).
      >>


    108. Grave acusação ao Sr. Prado Junior. Patria-Nova, Fortaleza, 20 de janeiro de 1931, Tellegramas, p.5. A fonte transcreve aqui o jornal A Noite, do Rio, que publica texto de A Plateia, de São Paulo. >>


    109. Um dos grandes escandalos administrativos do Sr. Prado Junior, o prefeito do Districto Federal no governo deposto do Sr. Washington Luis!” O Globo, RJ, 27 de fevereiro de 1931, edição matutina, Geral, p.1-3, 6.
      Veja também nota: Considerado fraudulento o contrato da prefeitura carioca para a reforma da carta cadastral do Districto Federal. Folha da Manhã, SP, 28 de fevereiro de 1931, p.4.
      >>


    110. A mesma nota indica variação dos nomes dos membros da comissão mencionando: Carlos da Silva Costa, Arthur Cumplido Sant'Anna, os capitães Carlos Chevalier e Leopoldo Nery da Fonseca e, não mencionado anteriormente, o comandante Guilhobel (Nullo o contracto com a The Aircraft Operating Comp.Ltd. A Batalha, RJ, 28 de fevereiro de 1931, p.2). >>


    111. Em março de 1931, o ministro da Fazenda autoriza a entrega à empresa, mediante pagamentos usuais, de encomenda postal, contendo um altímetro para aeroplano (Foi attendida a Aircraft Operating Co. O Globo, RJ, 3 de março de 1931, edição matutina, geral, p.8). >>


    112. Os príncipes britannicos no Rio. Folha da Manhã, 8 de abril de 1931, p.5. >>


    113. A baixa do cambio: o que diz um jornal carioca. A Razão, Fortaleza, 5 de março de 1931, p.1. >>


    114. The Survey of Rio de Janeiro. Flight Magazine, Inglaterra, 20 de maio de 1932, p.452. >>


    115. Um caso que se arrasta da Republica Velha. O Globo, RJ, 22 de fevereiro de 1933, edição matutina, geral, p.1; Noticias do Rio/Os trabalhos da Aircraft Operating. O Estado de S.Paulo, 23 de fevereiro de 1933, p.1.
      Embora a primeira nota indique Lourival Fontes (1899-1967), então funcionário da Prefeitura do Distrito Federal, o período corresponde à gestão Pedro Ernesto Rego Baptista, em sua primeira nomeação nesse cargo (1931-1934).
      >>


    116. A solução da pendencia entre a Prefeitura carioca e a 'Aircraft Operating Company'. Folha da Manhã, 17 de março de 1933, p.1; Telegramma/Quanto à Prefeitura carioca vai pagar a 'Aircraft Operating Company'. Jornal do Recife, Recife, 17 de março de 1933, p.3. >>


    117. Ainda o caso do levantamento aero-topographico da cidade. O Globo, RJ, 14 de setembro de 1933, edição matutina, geral, p.1. Veja nota similar: A proposito do pagamento à Aircraft Operating. O Radical, RJ, 15 de setembro de 1933, p.8. >>


    118. O caso do levantamento aero-topographico da cidade. O Globo, RJ, 15 de maio de 1934, edição matutina, geral, p.1; Em torno da questão Aircraft com a Prefeitura. A Batalha, RJ, 16 de junho de 1934, p.6. >>


    119. Surpreendemente, nota na imprensa em 22 de junho de 1934 informa que na próxima terça, dia 26, teria lugar na prefeitura reunião de peritos e representantes da Aircraft Operating para sorteio de um árbitro, “que se deverá pronunciar sobre os laudos em desacordo” (O caso da Aircraft com a Prefeitura. O Globo, RJ, 22 de junho de 1934, edição matutina, geral, p.1). >>


    120. Os dados contam de informações prestadas pelo interventor Pedro Ernesto à Camara dos Deputados (A situação financeira da Prefeitura. O Radical, RJ, 28 de agosto de 1934, p.6). >>


    121. Título e subtítulo da matéria do jornal O Globo são elucidativos: “A Prefeitura nas garras da advocacia administrativa! Escandalosa denúncia na própria sentença de um juiz” (O Globo, RJ, 14 de março de 1925, edição matutina, geral, p.1 e 3; a segunda edição traz o texto em forma mais detalhada).

      Nothmann, na verdade Victor Nothmann Junior, filho do capitalista paulista homônimo (1859-1905), conseguira arresto para impedir que o dinheiro pago à empresa fosse enviado para o exterior. O juiz Augusto Saboya da Silva Lima, da 2ª Vara Cível, que homologara a desistência do arresto requerido em sentença emitida no dia 13 de março, denuncia o papel do intermediário, com menção a valores pagos a Renato de Paiva Machado e Raymundo Pereira da Silva. Note que este último integrava a primeira comissão de arbitragem nomeado em 1933.
      >>


    122. Ocorrência única nesta investigação foi identificar menção ao levantamento em artigo na imprensa, o qual constestava em março de 1960 o valor de compra de terreno no bairro de Ramos pela ainda Prefeitura do Distrito Federal. O texto é ilustrado por fotografia aérea do local, realizada em 1928, creditada como parte integrante do “Mosaico Fotográfico do Distrito Federal, organizado para a Municipalidade pela The Aircraft Operating Co. Ltd”.
      (P.D.F. pagou mais de 2 milhões por terreno que obteria com Cr$ 0,40! O Globo, RJ, 14 de março de 1960, edição vespertina, geral, p.16)
      >>


    123. Por adotar como formato de acesso o padrão NOBRADE, a consulta pode não satisfazer ao usuário acostumado a Sistemas de Informação Geográfica (SIG/GIS).
      De forma resumida, o conjunto de 413 itens do Fundo Diretoria de Secretaria do Gabinete correspondem a:
      • Série Aerofotogrametria (1928-1929) – 230 fotocartas – escalas 1:1.000 e 1:2.000 – reunidos em 5 dossiês: Ilhas, Zona Central, Zona Norte, Zona Oeste, Zona Sul.
      • Série Levantamento Terreste (1930) – 213 pranchas impressas – escalas 1:2.000, 1:5.000 e 1:20.000 – reunidos em 6 dossiês: Ilhas, Plurirregional, Zona Central, Zona Norte, Zona Oeste, Zona Sul.
      Disponível em:
      <http://wpro.rio.rj.gov.br/arquivovirtual/web/>. Acesso em: 1 de agosto de 2014. >>


    124. CMSP, Anais 1928, p.241-248. >>


    125. CMSP, Anais 1928, p.285-287. >>


    126. CMSP, Anais 1928, p.339-347. >>


    127. CMSP, Anais 1928, p.340-341. >>


    128. Todas as menções ao engenheiro Corbisier foram padronizadas no texto corrido como: Georges Corbisier, forma grafada nas edições do Mapa Topográfico. A forma “Jorge” surge regularmente na imprensa e mesmo nos memorandos. >>


    129. Trechos transcritos respectivamente em: CMSP, Anais 1928, p.385 e p.420-422. >>


    130. Interessa aqui a menção ao levantamento cartográfico, já finalizado, do rio Tietê, realizado pela comissão destinada às obras de saneamento. >>


    131. Talvez único registro que permitiria avaliar a elaboração do edital, não foi possível localizar o processo 52.252/28, mencionado por sua vez no processo 17.857/29, à folha 6, que trata das “Bases para o edital de concorrência para o levantamento topográfico do Município de S.Paulo”.
      O edital, reproduzido no
      Anexo IV, é publicado na imprensa local a partir do dia 16 de agosto de 1928. Há registro na imprensa que o edital fora publicado entre 5 de agosto a 11 de setembro, mas a data inicial está em flagrante choque com a cronologia aqui apresentada. (cf. O levantamento topographico do municipio de São Paulo. Correio Paulistano, 8 de dezembro de 1928, p.2.)
      Veja: Prefeitura do Município de São Paulo. Correio Paulistano, 16 de agosto, 14; idem, idem, 17 de agosto de 1928, p.15; 21 de agosto de 1928, p.15; 9 de setembro de 1928, p.14. Prefeitura do Município de São Paulo. O Estado de S.Paulo, 16 de agosto de 1928, p.9; idem, idem, 17 de agosto de 1928, p.15; ibidem, ibidem, 25 de agosto de 1928, p.13.

      Observe que o edital será republicado, quase certo para atender exigências legais, no dia 5 de outubro pelo menos. Conforme as ressalvas apontadas junto à transcrição no Anexo IV, há aqui mudanças nas formas de apresentação da proposta e ajuste pontual em um dos parâmetros das tolerâncias admitidas, além de reduzir a participação direta do prefeito no processo. >>


    132. Como referência complementar, no caso carioca, a área máxima de cobertura é de 1.114 km2.
      Também, para registro, seria relevante comentar que Lima (2013, p. 94-95) faz um recálculo das áreas cobertas no levantamento paulistano. O conjunto de pranchas, na escala 1:1.000, equivaleria a 34,1 km2 e, na escala 1:5.000, a 1.205 km2, distantes dos dados do edital e do contrato final, que indicam 30 e 903 km2. Reinaldo Machado (2010, np), citando Eliane (2009, p.58), usa outros números, talvez meras aproximações, respectivamente 36 e 1.000 km.
      SILVA, Eliane Alves da. A cartografia municipal. A Mira: agrimensura e cartografia, RJ, ano XIX, nº 152, p.58-61, set/out.2009.
      >>


    133. Sobre as fotocartas, quanto a quantidade e demais parâmetros, bem como tiragem de pranchas impressas, veja último bloco do texto. >>


    134. Conforme memorando, datado de 1 de agosto de 1928, protocolado na Portaria Geral no dia 17, incorporado ao processo 49.640/28. A informação, encaminhada à Diretoria de Obras no dia 18, não teve continuidade. >>


    135. Prefeitura do Município de São Paulo. O Estado de S.Paulo, 15 de setembro de 1928, p.16. Na nota à imprensa o diretor de Obras e Viação — Arthur Saboya — informa oficialmente os nomes das empresas concorrentes e hora e local de abertura das propostas.

      Artigo, no Correio Paulistano do dia 8 de dezembro, indica que a Aircraft Operating Co, segundo o engenheiro municipal Georges Corbisier, demonstrara intenção de participar da concorrência (O levantamento topographico do municipio de São Paulo. Correio Paulistano, 8 de dezembro de 1928, p.2.).
      A empresa, aparentemente, não chegou a concretizar uma proposta, no entanto, sabe-se que deixou evidências na busca de serviços no estado de São Paulo, como a referência a negociações com o governo do estado em julho de 1929 e mesmo aproximação com a prefeitura paulistana. Neste caso, notas na imprensa carioca informavam em outubro de 1929, sobre acidente com avião da empresa no dia 3, que capotou durante o pouso no Campo de Marte devido ao estado precário da pista. A bordo, o único passageiro — o engenheiro L. Rodolpho Cavalcanti de Albuquerque, da comissão de saneamento da prefeitura — saira levemente ferido. (Mais um desastre de aviação no Campo de Marte. Correio da Manhã, RJ, 5 de outubro de 1929, p.10; Os acidentes de aviação no Campo de Marte. Jornal do Brasil, RJ, 9 de outubro de 1929, p.5)
      >>


    136. S. Paulo terá, dentro de dois annos, a sua planta pelo processo aero-topographico e pelo processo terrestre commum. O Estado de S.Paulo, 14 de junho de 1929, p.4. >>


    137. A mensagem do prefeito do Districto Federal. O Paiz, RJ, 2 de junho de 1928, p.9. >>


    138. A empresa tem sua sede então à Via Francesco Neri 11, como indicam carimbos e papéis timbrados. >>


    139. Essa presença na Inglaterra deve ocorrer mediante representação local. É o que se deduz de artigo na revista britânica Flight Magazine, em agosto de 1929 ao comentar a Aero Exhibition - feira de produtos e serviços para o setor aéreo, realizada no Olympia, em Londres. Dela participa a British Cadastral & Topographical Air Survey Co. Ltd, sediada naquela capital, que oferece também produtos e serviços de empresas italianas como paraquedas, bem como equipamentos da Ottico Meccanica Italiana, entre eles a “air camera Nistri” com acessórios, além de apresentar levantamentos cadastrais e topográficos pelo método Nistri (Myscellaneous and foreign exhibits at Olympia. Flight Magazine, Londres, ano 31, nº 32, p.859-862, 8 de agosto de 1929) >>


    140. Op. cit. Correio Paulistano, 8 de dezembro de 1928, p.2. >>


    141. Op. cit. O Estado de S.Paulo, 14 de junho de 1929, p.4.
      Há ponto conflitante na fonte quanto a essa avaliação se confrontado com o quadro resumo publicado. Ali as demais concorrentes aparecem em segundo e terceiro lugar quanto a preços unitários por hectare, embora nominalmente os valores sejam menores. Na escala 1:5.000 os números chegam a um terço do valor apresentado pela S.A.R.A., e na escala 1:1.000 são 30% menores.
      >>


    142. Conforme processo 61.150/28, folhas 1 e 2. O contrato indica como data de aceite, provavelmente a publicação efetiva, no dia 25 de setembro (veja Anexo VI).

      Sobre Saboya (1875-1952), seria oportuno apontar não apenas sua longa atuação como gestor técnico, como também suas passagens breves como prefeito da capital, em 1932 e 1933, interinidades durante período político turbulento, sempre na qualidade de Diretor de Obras e Viação do município. >>


    143. Necrologia. Folha da Manhã, 17 de fevereiro de 1937, p.5; Dr. Jorge Corbisier. O Estado de S.Paulo, 18 de fevereiro de 1937, p.10; Dr. Jorge Corbisier. Folha da Manhã, 23 de fevereiro de 1938, p.7.

      Apesar de sua proximidade com o campo da aviação ao longo da década de 1920, Corbisier é referenciado nos necrológios como engenheiro municipal e fundador do São Paulo Sailing Club, primeiro clube de vela da cidade, além de fotógrafo e cinegrafista amador. Já na década de 1940 era homenageado com a denominação da Av. Engenheiro George Corbisier, no Jabaquara. Breve artigo, com seu retrato, publicado na Folha da Noite em 13 de marços de 1937, à página 3, traz um comentário mais abrangente destacando sua participação nos setores de aviação e de rádiodifusão paulistas. (Dr. Jorge Corbisier. Folha da Noite, 13 de março de 1937, Rádio-Novidades, p.3)
      >>


    144. Silvio Cabral Noronha era engenheiro, formado pela Escola Politécnica.
      Foi preterida neste ensaio a grafia do prenome “Sylvio”, adotando-se a presente na edição final das pranchas do levantamento.
      >>


    145. Parte da equipe da 7ª seção — Cadastro e Urbanismo — fora responsável pela confecção da planta da cidade, em 1916, na gestão municipal de Washington Luís, quando integrava a 2ª seção. Essa edição teria sido a última iniciativa cartográfica oficial anterior ao edital em questão (O levantamento topographico do municipio de São Paulo. Correio Paulistano, 8 de dezembro de 1928, p.2). Trata-se da Planta da Cidade de São Paulo: edição provisória. Produzida em escala 1:20.000, e impressa pela Comp.Lith. Hartmann-Reichenbach, foi aprovada pelo Ato nº 972, de 24 de agosto de 1916.
      Veja cópia digital em:
      <http://smdu.prefeitura.sp.gov.br/historico_demografico/img/mapas/1916.jpg> (URL anterior: <http://sempla.prefeitura.sp.gov.br/historico/img/mapas/1916.jpg>). Acesso em: 1 de dezembo de 2014.

      A imprensa registra produção posterior. Em janeiro de 1929, no dia 15, a Diretoria de Obras Municipais envia à Companhia Lithographica Ypiranga, a primeira folha da “planta da cidade, organizada pela seção cadastral da mesma diretoria, na escala de 1:5000, abrangendo uma superficie 25 km2, com o levantamento topographico amarrado na triangulação municipal (3a. Ordem).” A prancha enviada cobria trecho entre os bairros do Pari, ao norte, Jardim América, ao sul, e entre Perdizes e Cambuci. Em 28 de junho, nota em O Estado de S.Paulo reproduzia essa primeira prancha.

      Uma versão, em escala 1:5000, policromada, é reproduzida por Lima (2013, p.97). No acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo, constam duas outras pranchas similares do mesmo conjunto, com data de 1930. No mesmo acervo, consta na escala 1:20.000 conjunto também incompleto, igualmente policromado mas em padrão diverso, com quatro pranchas, estas sim mais próximas visualmente àquela reproduzida em O Estado de S.Paulo, em 28 de junho de 1929, embora o jornal mencione apenas a finalização da primeira prancha em escala 1:5.000.


      OESP, 28 de junho de 1929 - 1929-Planta da Cidade
         Ilustração no jornal O Estado de S.Paulo, de 28 de junho de 1929.


      (Notas. Correio Paulistano, 16 de janeiro de 1929, p.3; Planta cadastral de S. Paulo. Diário Carioca, RJ, 17 de janeiro de 1929, p.2; S. Paulo terá, dentro de dois annos, a sua planta pelo processo aero-topographico e pelo processo terrestre commum”. O Estado de S.Paulo, 14 de junho de 1929, p.4; O levantamento da planta da cidade pelo processo terrestre commum. O Estado de S.Paulo, 28 de junho de 1929, p.4) >>


    146. As indicações dos engenheiros municipais são autorizadas em 6 de novembro, como consta no processo 64.846/28, em prosseguimento ao ofício nº 833/28, da Diretoria de Obras e Viação, enviado por Saboya ao prefeito em 22 de outubro.
      Essa participação será averbada em seus prontuários funcionais em abril de 1932 (processo 14.532/32).
      >>


    147. Nascido em São Paulo, Agenor formou-se em engenharia civil em 1916 pelo Mackenzie. Ingressa na Comissão Geográfica e Cartográfica em 1918; atuaria mais tarde, entre 1934 e 1938, como gestor no Instituto Geográfico e Geológico. dedicou-se nos anos seguintes ao ensino como professor de Topografia da Escola Técnica Mackenzie e da Escola de Engenharia Mauá, e como professor de Geodésia do Colégio Técnico de Aerofotogrametria de 1953 a 1972. Foi, ainda, assessor técnico da Vasp Aerofotogrametria. Foi sócio fundador da Sociedade Brasileira de Cartografia. Faleceu em 1974.

      Dados do verbete sobre a Rua Engenheiro Agenor Machado, em Santo Amaro, em: História das Ruas de São Paulo. PMSP/SMC/AHSP.
      Disponível em:
      <http://www.dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br/>. Acesso em: 18 de dezembro de 2014. >>


    148. O levantamento topographico do municipio de São Paulo. Correio Paulistano, 8 de dezembro de 1928, p.2. >>


    149. Veja a transcrição do contrato no Anexo VI.
      A cláusula 31 informa que os representantes da empresa no Brasil tinham procuração depositada na Embaixada do Brasil, em Roma, conforme informação do diplomata titular ao Prefeito, em 29 de outubro, através de radiograma autenticado. >>


    150. A informação é relevante pois não há registro até hoje da documentação de trabalho a ser entregue, como previsto e detalhado progressivamente no edital e no contrato. A orientação sobre as fotocartas, neste caso, permite ainda caracterizar tais documentos técnicos da época. >>


    151. Veja Anexo VI, cláusula 23. >>


    152. Em diversas fontes, o prenome aparece grafado como Amadeo, mas adotou-se a forma recorrente nas fontes italianas.
      Em tempo, o título de engenheiro, pelo menos no tocante a Umberto, não se refere a um título formal, mas a registro na associação italiana competente em 1930; anos mais tarde recebe o título honoris causa da Politécnica de Milão. O mesmo procedimento — o registro na ordem — deve ter ocorrido quanto a Amedeo.
      >>


    153. O site da empresa sucessora — S.A.R.A. Nistri — registra como denominação original a variação — Società per Azioni Rilevamenti Aerofotogrammetrici. O mesmo site indica a variação do prenome do irmão: Amedeo.
      Disponível em:
      <http://www.saranistri.com>. Acesso em: 11 de janeiro de 2011. >>


    154. Sobre Umberto Nistri, veja o perfil feito por Attilio Selvini (2012), sobre suas contribuições para o setor cartográfico.
      Veja também, perfil mais abrangente: Ceraudo (2013), ambos acessíveis online.
      >>


    155. Patentes de invenção. Diário Oficial da União, RJ, 21 de setembro de 1921, Seção 1, p.67-69 (p.18.165-18.167). Há requerimentos da parte de Umberto Nistri, sem maiores informações, deferidos pelo setor responsável, em 13 de junho de 1925 (Directoria Geral de Propriedade Industrial. Diário Oficial da União, RJ, 16 de setembro de 1925, Seção 1, p.16).

      O escritório de patentes norte-americano (US Patent Office) registra em 8 de novembro de 1921 sob o número 1.396.047 um “Method of photogrammetric survey and apparatur therefor”. Série de registros e renovações segue-se nos anos seguintes, sempre no campo da aerofotogrametria, num total de 32 solicitações. A presente patente informa em sua introdução que os pedidos de registros na Itália datam de 1919.

      US Patent 1.396.047/ 08.11.1921 – disponível no Google Patents:
      <http://www.google.com.br/patents/US1396047?hl=pt-BR&dq=%22amadeo+nistri%22&ei=icwsTabFK4Kr8AbX8NCdCQ#v= onepage&q=%22amadeo%20nistri%22&f=false> Acesso em: 1 de agosto de 2011.

      Idem, no United States Patent and Trademark Office:
      <http://pdfpiw.uspto.gov/.piw?docid=01396047&SectionNum=3&IDKey=9689260FC6EA&HomeUrl= http://patft.uspto.gov/netacgi/nph-Parser?Sect2=PTO1%2526Sect2=HITOFF%2526p=1%2526u= /netahtml/PTO/search-bool.html%2526r=1%2526f=G%2526l=50%2526d= PALL%2526S1=1396047.PN.%2526OS=PN/1396047%2526RS=PN/1396047>.
      Acesso em: 17 de dezembro de 2014. >>


    156. Conforme site da empresa atual, a S.A.R.A. – Nistri (Società Aerofotografie e Rilevamenti Aerofotogrammetrici) está localizada em Roma, à Via Oderisi da Gubbio n.101. Fornece serviços de aerofotogrametria, bem com disponibiliza levantamentos realizados a partir de 1950. O atual diretor técnico é o engenheiro em informática Alberto Nistri. >>


    157. Os dados sobre a OMI exigiriam maior pesquisa. Como empresas familiares, há uma diversidade de desmembramentos, mas é relevante a longa duração do setor de equipamentos através da OMI. A ela se atribui produção de equipamentos militares, na década de 1960, como um criptógrafo equivalente ao famoso “Enigma” utilizado pelo governo alemão durante a II Guerra.
      Veja o tópico da empresa em:
      <http://camera-wiki.org/wiki/Ottico_Meccanica_Italiana>. Acesso em: 14 de novembro de 2014.
      Sobre o criptógrafo, veja também: <http://en.wikipedia.org/wiki/OMI_cryptograph>. Acesso em: 11 de janeiro de 2011. >>


    158. Além das duas empresas, há registro de outra companhia provavelmente associada ou derivada atuando no ramo: a ETA Nistri.
      Veja: TARTARA, Patrizia. The use of historical aerial photographs in Italy: some case estudies. In: HANSON, William S., OLTEAN, Ioana A. (ed). Archaelogy from historical aerial and satellite archives. New York: Springer, 2013. pp.123-[146].
      Veja também: SELVINI, Attilio. Le imprese di cartografia aerofotogrammetrica in Italia. Geomedia, Roma, ano XVII, nº 6, p.30-31, 2013. Disponível em:
      <http://issuu.com/geomedia/docs/geomedia_6_2013/30>. Acesso em: 26 de maio de 2014. >>


    159. SELVINI, Attilio. Appunti per una storia della topografia in Italia nel XX secolo. Santarcangelo di Romagna (Rimini, Itália): Maggiole Editore, 2013. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=SkFr_ctIa5gC&lpg=PP1&hl=pt-BR&pg=PP1#v=onepage&q&f=false> Acesso em: 1 de agosto de 2011.

      Sobre o mesmo período, num recorte geográfico distinto, veja:
      COLLIER, Peter. The Impact on Topographic Mapping of Developments in Land and Air Survey: 1900-1939. Cartography and Geographic Information Science, Madison (EUA), v. 29, nº 3, p.155-174, 2002. Disponível em: <http://www.geography.wisc.edu/histcart/v6initiative/05collier.pdf> Acesso em: 11 de janeiro de 2011.

      Veja também pelas imagens de voos e equipamentos das décadas iniciais do século XX – atente para a figura 14 com tripulante manejando câmera num voo durante a I Guerra –, a página de Paul Baumann, da State University of New York: History of remote sensing, aerial photography (2014), disponível em: <http://www.oneonta.edu/faculty/baumanpr/geosat2/RS%20History%20I/RS-History-Part-1.htm>. Acesso em: 1 de agosto de 2014.

      Por fim, numa apresentação didática, comemorativa dos 100 anos da fundação, em 1909, da entidade que daria origem a atual Deutsche Gesellschaft für Photogrammetrie, Fernerkundung und Geoinformation, é possível ter um recorte visual dos marcos no quadro alemão.
      ALBERTZ, Jörg. 100 Jahre Gesellschaft für Photogrammetrie. [Jena]: ISPRS, 2009.
      Disponível em: <http://www.isprs.org/society/history/100Jahre.pdf>. Acesso em: 2 de dezembro de 2014.

      No mesmo site, da atual ISPRS, sucessora da ISP – International Society for Photogrammetry and Remote Sensing, recomenda-se a página de referência histórica (Historical Background), disponível em: <http://www.isprs.org/society/history.aspx>. Acesso em: 2 de dezembro de 2014. >>


    160. A imagem está disponível em vários sites como no fórum Skyscrapercity: <http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1461938>. Acesso em: 27 de junho de 2014.
      Recomendamos como oportuna a consulta ao site de referência Geomemories, que permite acesso em plataforma SIG aos arquivos da Aerofototeca Nazionale di Roma. Com o auxílio de uma linha de tempo interativa, é possível ver os diversos registros associados. Selecione na busca os termos: Roma e 1919.
      Disponível em: http://www.geomemories.org>. Acesso em: 27 de junho de 2014. >>

      Geomemories - Roma 1919


    161. Daniel Silva (2012, p.751), que pode ser recomendado pela sucinta, mas rica, apresentação histórica da aerofotogrametria, referencia, no panorama italiano, o trabalho pioneiro do capitão Cesare Tardivo, oficial da seção fotográfica do Corpo de Engenheiros, criado em 1896. Entre os trabalhos, destaca mosaico aéreo de Veneza, datado de 1911, a partir de balão, e trabalhos apresentados em 1913 no 1º Congresso Internacional de Fotogrametria, realizado em Viena, como mosaico aéreo, produzido em 1911, em Benghasi (Líbia). Outro nome significativo, no quadro italiano, é Ermenegildo Santoni (1896-1970), responsável pelo desenvolvimento de aparelhos de cartografia e fotogrametria.

      Seria relevante apontar que Silva (2012, p.765) indica que muitos dos dados históricos relativos ao Brasil têm como referência a apresentação:
      ROCHA, C. H. O.; PIORNO, J. L; FREIRE, R. R; MEDINA, I. A. Uma discussão histórica sobre a fotogrametria. In: Congresso Brasileiro de Cartografia, XXI, 2001, Belo Horizonte. CD-ROM. 10 p.
      >>


    162. A data de nascimento foi presumida a partir de nota na imprensa sobre incidente ocorrido, em 1931 na qual João surge como proprietário de garagem na Al. Eduardo Prado com Rua Conselheiro Nébias, morador à Rua Conselheiro Nébias nº 184, “37 anos, casado”. (Em torno de um mandado judicial. Folha da Manhã, 11 de março de 1931, p.13). >>


    163. Através dos livros de protocolo da Prefeitura, pode-se registrar o processo 8.284/20, com data de 30 de outubro de 1920, pelo qual os aviadores Robba e Bertone solicitam à prefeitura a aprovação da obra do hangar. O processo não foi localizado na documentação custodiada pelo AHSP.

      As várias fontes vão indicar mudanças de localização do aeródromo em prazo curto, alternando referências à Vila Olímpia (agosto de 1920), com Vila América (Jardim América) e Indianópolis (fevereiro de 1921). Passarão nos anos seguintes, já adotando a denominação Aeródromo Brasil desde 1921, pelo Ipiranga e finalmente em Santana (novembro de 1923), no Campo de Marte. Estão em determinado momento associado com o aviador Bertoni, já mencionado, mas provavelmente passam por outras sociedades de curta duração. O modelo de negócios possível parece articular serviços de pilotagem, ensino e mecânica. Como atividade associada, surgem as tardes de aviações, eventos promocionais, que garantem voos de passeio, mas sempre em busca de visibilidade para novas oportunidades.
      (Aviação. Correio Paulistano, 22 de agosto de 1920, p.3; Couraçado Roma. Correio Paulistano, 23 de setembro de 1920, p.3; A Comissão Técnica do Aero club... Correio da Manhã, [SP], 15 de fevereiro de 1921, p.6; O macabro encontro de hontem. Folha da Noite, 6 de novembro de 1923, p.3).
      >>


    164. Outro local era o Guapira, campo mantido por Edu Chaves, que já abrigara a Escola de Aviação da Força Pública, e a escola de Orton Hoover, o qual saira há pouco de seu posto de instrutor da Força Pública. (Pela aviação. Diário da Tarde, Curitiba, 27 de agosto de 1920, p.2).

      Anos depois, o aviador Fritz Roesler, que se casara com Thereza de Marzo em 1926, mantem no campo que ela inaugurara em 1921 sua escola. Em 1929, o papel timbrado da empresa permite caracterizar o empreendimento: “Escola de Aviação/ 'Ypiranga'/ São Paulo/ Caixa postal 2820/ Endr. Telegr. 'ROKUP'/ Códigos: RIBEIRO, MOSSE/ A.B.C. 5.th e 6.th ED./ Fotos aéreas/ Reclame aéreo/ Oficinas mecânicas/ Materiais aeronáuticos/ Representações/ Aviões leves 'Klemm'” (processo 43.565/29, f.3).
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    165. Pela aviação. Diário da Tarde, Curitiba, 27 de agosto de 1920, p.2.

      Seriam, conforme esta fonte, oito unidades, o que contraria outra referência com 7 unidades e, mais adiante, com número menor. Espanta o número de aeronaves, sinal do grau de confiança dos irmãos e do sócio nas possibilidades de ganho.
      Veja também: Una scuola italiana d'aviazione. Il Pasquino Coloniale, ano XII, nº 671, p.19, 28 de agosto de 1920.
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    166. Aviazone italiana. Il Pasquino Coloniale, ano XII, nº 687, p.22, 18 de dezembro de 1920. >>


    167. O Sr. Orlando em S. Paulo. A Noite, RJ, 1 de novembro de 1920, p.3. >>


    168. Ultima hora/Raid aereo. Jornal do Recife, Recife, 11 de outubro de 1921, p.2. >>


    169. A aviação em S. Paulo. O Malho, RJ, ano XXI, nº 1014, p.[31], 18 de fevereiro de 1922. >>


    170. Tarde de aviação. Correio Paulistano, 4 de junho de 1922, p.2.

      Não são raros artigos na imprensa que explicam manobras, tamanha novidade e interesse despertados. Caso máximo é o texto assinado por Delpes, em O Estado de S.Paulo, em outubro de 1919: ali não apenas descreve cada manobra, como indica que por iniciativa do jornal o tenente Hoover — “digno emulo desses aviadores celebres” — fará no dia seguinte, no Jardim América, as demonstrações logo após o jogo de futebol entre Paulistano e Mackenzie (DELPES. Acrobacias aereas. O Estado de S.Paulo, 26 de outubro de 1919, p.3).
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    171. Uma tarde de aviação. Folha da Noite, 12 de agosto de 1922, p.3. >>


    172. Aerodromo 'Ypiranga'. Folha da Noite, 16 de outubro de 1922, p.3. >>


    173. O transporte de passageiro em voos curtos, os batismos como Svecenko (1992) a eles se refere, integrm esses eventos, mas também ocorre isoladamente, sendo uma opção de rendimento que devia ser fonte relevante considerando a frequência dos registros. Os voos ocorrem em campos curtos, gramados, provavelmente improvisados quase sempre. Oportuno lembrar que segurança é um aspecto poucas vezes lembrado. João Robba, em abril de 1924, durante sessões de voo sobre praia em Santos acaba, em manobra súbita, por atingir menina de 14 anos.
      (Na praia de Santos/Um momento de panico. Folha da Noite, 21 de abril de 1924, p.3; Na praia de Santos/Um momento de panico/Uma rectificação. Folha da Noite, 22 de abril de 1924, p.5; Na praia de Santos/Um momento de panico. Folha da Noite, 25 de abril de 1924, p.3).
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    174. Tarde de aviação em Santos. Folha da Noite, 12 de maio de 1923, p.2. >>


    175. A aviação do Paraná. Diário da Tarde, Curitiba, 14 de julho de 1923, p.1. >>


    176. Documentarista da capital paranaense, Groff chega a produzir imagens aéreas da cidade. Uma delas, com data atribuída para década de 1920, é reproduzida em mestrado sobre o autor, mostrando a Praça Santo Andrade com seus jardins.
      Veja: VIEIRA, Daniele Marques. João Batista Groff, um olhar fotográfico no Paraná das primeiras décadas do século XX. Curitiba: UFPR, 1998. Dissertação de mestrado em história. Orientação de Ana Maria Oliveira Burmester.
      Disponível em:
      <http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/bitstream/handle/1884/24576/D%20-%20VIEIRA,%20DANIELE%20MARQUES.pdf?sequence=1>. Acesso em: 1 de novembro de 2014. >>


    177. A aviação do Paraná. Diário da Tarde, Curitiba, 12 de dezembro de 1923, p.1. >>


    178. Conforme papel de carta, datada de 5 de abril de 1929, dirigida a “Aero Civil”, à folha 2 do processo 43.565/29.
      Oportuno indicar, que o processo registra a transferência da cessão de área do Campo de Marte, cedida pela municipalidade, para a Sociedade Aerocivil de S. Paulo. A carta em questão indica a anuência dos Robba. João teria recebido a cessão da área, com cerca de 24 mil m2 — 300 x 800 m — em 1925 (pelo processo 26.455/25, conforme processo 43.565/29, folha 23, indicado em prancha do terreno). Desde 1920 a área era disputada por interessados em estabelecer um campo de aviação, com escola (processo 3.046/20 – Orton W. Hoover, processo 14.246/21 – Gastone Olper. O terreno se insere em região reivindicada em algumas iniciativas para ser ocupada por parque e atividades esportivas (veja processo 27.381/21, que se refere à lei nº 1.486, de 11 de dezembro de 1911).
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    179. Pela sociedade/Associações/Associação dos Industriais Metalúrgicos. Folha da Noite, 6 de fevereiro de 1928, p.10. >>


    180. Accumuladores... Folha da Manhã, 21 de dezembro de 1933, p.1. >>


    181. Em 1942, Henrique já consta como diretor gerente da Acumuladores Heliar S.A., assinado relatório aos acionistas (Acumuladores Heliar S.A. Diário Oficial do Estado de São Paulo, ano 52, nº 78, p.35, 9 de abril de 1942). Em abril de 1957, surge como membro eleito, categoria efetivo, do Conselho Fiscal da COFAP – Cia Fabricadora de Peças (COFAP – Cia Fabricadora de Peças. O Estado de S.Paulo, 6 de julho de 1957, p.22; idem. Idem, 25 de março de 1961, p.21).

      Sobre João Robba, que falece em 1959, quase 20 anos antes do irmão, não foi possível traçar sua trajetória a partir da década de 1930.
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    182. Presume-se pela imprensa que Traldy, também grafado Tealdy, seja brasileiro, mas essa informação não pôde ser confirmada, além de ser apresentado como representante da empresa italiana. Não será possível determinar sua participação na fase executiva do projeto. Em 23 de novembro, retorna à Itália. >>


    183. No Círculo Italiano. Correio Paulistano, 17 de novembro de 1928, p.2; O engenheiro Traldy falará sobre a aerotopografia. Diário Nacional, 17 de novembro de 1928, p.3; Uma conferência do engenheiro Lourenço Traldy. Correio Paulistano, 20 de novembro de 1928, p.4; Conferências sobre engenharia. Diário Nacional, 20 de novembro de 1928, p.2. >>


    184. Prefeitura e facismo. Diário Nacional, 21 de novembro de 1928, p.1.
      Além deste artigo, que comenta o evento, veja também: A aerofotogrametria pelo sistema Nistri. Correio Paulistano, 21 de novembro de 1928, p.10; A planta cadastral de São Paulo será feita por fascistas: um perigo que a Prefeitura não enxerga. Diário Nacional, 24 de novembro de 1928, p.2.
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    185. Op. cit. Correio Paulistano, 21 de novembro de 1928, p.10. >>


    186. Op. cit. Diário Nacional, 24 de novembro de 1928, p.2. >>


    187. O tema conflituoso ressurge nos momentos mais inesperados. Por exemplo, Fernando Guerra Duval (18??-1950), figura eminente do fotoclubismo brasileiro da década de 1920, em artigo sobre a ausência de escolas de fotografia no país, questiona o desinteresse da sociedade pela formação profissional no setor.



    188. Op. cit. Diário Nacional, 24 de novembro de 1928. p.2.

      O articulista anônimo proporá uma solução recorrente nesse debate, como já vimos:

        O QUE SE IGNORA
        A Prefeitura esqueceu-se de que no nosso Exército, com sede no Rio, há uma seção especial para estas atividades da moderna engenharia. Esse corpo possui maquinário tão bom como o da Companhia que aplica o sistema Nigri, sendo dirigido pelo major
        [Wolf], oficial do estado maior austríaco a serviço do Exército Brasileiro e que é mesmo o criador da fotogrametria durante a guerra europeia. A Prefeitura poderia muito bem entrar em acordo com o governo federal e entregar a fatura da planta cadastral do município de S. Paulo a essa seção técnica brasileira. Evitar-se-iam, deste modo, os inconvenientes que apontamos.

      A referência ao Major Emilio Wolf é oportuna. De origem austríaca, Émile atua desde de 1922 no então Serviço Geográfico Militar como consultor. Acabará por fixar-se no Brasil, naturalizando-se. No SGE atuará até 1941, quando morre, coordenando então o Gabinete Técnico de Aerofotogrametria, posto que será ocupado em seguida por Benjamin Cavalcanti. A partir de 1933, Wolf inicia esforços para desenvolver com a equipe os primeiros protótipos de estereógrafos, cumprindo assim uma das ações já sinalizadas pelo setor desde 1921 (MINISTÉRIO da Guerra, 1922, p.71). Mesquita (1940) analisa o equipamento, ao apresentar os grandes grupos de restituidores.

      Daniel Silva (2012, p.757) indica, porém, a presença de Wolf desde 1914 junto ao Serviço Geográfico, quando realiza um mapeamento experimental do Morro do Cantagalo (RJ); com o início da I Guerra Mundial volta para Europa, retornando ao Brasil em 1922. Nesse contexto, é oportuno destacar que em 1918 o SGM recebia uma missão austríaca para organizar os serviços. Wolf supervisiona em 1922 a realização do levantamento do Distrito Federal, em escala 1:50.000.

      CAVALCANTI, Benjamin Arcoverde de Albuquerque. Comunicação sobre aparelhos de estereofotogrametria do Serviço Geográfico do Exército. Revista Brasileira de Geografia, RJ, ano VI, nº 3, 349-362, jul/set.1944. Disponível em:
      <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/115/rbg_1944_v6_n3.pdf>. Acesso em: 20 de novembro de 2014. >>


    189. Levantamento Aerophotogrametrico Sistema 'Eng. Nistri': Conferencia realizada no Circulo Italiano pelo eng. Lourenço Tealdy em 20-XI-28 (Traduzida pelo Eng. M. Miglioretti da Casa Salmoiraghi). Boletim do Instituto de Engenharia, ano X, nº 45, p. 65-70, fevereiro de 1929.
      Idem. Boletim do Instituto de Engenharia, ano X, nº 46, p. 97-101, março de 1929.

      É significativa a menção ao tradutor, que acaba por ampliar os dados sobre fornecedores envolvidos ou presentes na capital paulistana. A Casa Salmoiraghi é referência ao tradicional fornecedor de equipamentos para fotogrametria no quadro italiano – Filotecnica Salmoiraghi, que veremos adiante.
      >>


    190. Mais relevante ao estudo técnico parece ser documento incluso no processo 62.351/28, que reúne a documentação apresentada pela S.A.R.A. Intitulado Vantaggi del metodo di rilevamento aerofotogrammetrico 'NISTRI' di pronte agli altri sistemi e specialmente rispetto ai 'raddrizzatori', o ensaio comenta em nove páginas a diferença entre os 3 métodos de restituição fotográfica empregados naquele período (f.23 a 31). O confronto com as patentes registradas por Umberto Nistri, em especial junto ao governo americano, já referenciadas, através dos textos técnicos que a integram, permite uma primeira aproximação do leitor ao design conceitual dos equipamentos. >>


    191. Trata-se do único conjunto do gênero recuperado em 2009 durante a fase de pesquisa e transferência dos processos relativos à concorrência em questão. Merecem, aqui, um breve comentário as restrições relativas à recuperação de informação sobre processos administrativos municipais para determinados limites temporais.

      Na década de 1920 ocorre a transição de controle documental da municipalidade, substituindo o uso de livros de protocolo pelo sistema de fichas com acessos por interessado, local e assunto, o qual permanece em uso até a década de 1970 quando começa a dar espaço para as primeiras versões de sistemas de gerenciamento eletrônico. O sistema de fichas, relativo à documentação produzida entre as décadas de 1930 e 1970, foi transferido na passagem para a década de 2010 para base eletrônica, mas manteve as formas de recuperação originais. Assim em 2009, na primeira fase de levantamento para o presente ensaio, a ênfase estava na busca de referências à empresa S.A.R.A., quando não eram conhecidas outras informações sobre a concorrência, obtidas em geral através da imprensa. Nessas condições não foi recuperada certamente a totalidade de processos relativos ao edital.
      >>


    192. O conjunto enviado em 25 de setembro (processo 62.351/28, folha 1) é complementado com outro, encaminhado em 3 de outubro, conforme carta do embaixador nessa data (folha 38), sem relacionar os itens entregues contudo. >>


    193. O conjunto remanescente inclui uma prancha, sem título, relativa à região de Tenuta di Pallavicina, próxima a Roma, escala 1:25.000, provavelmente datada de 1918, a qual não foi considerada nesta avaliação pela ausência de autoria. >>


    194. Não existem referências a impressores, tiragens etc, bem como não foi possível determinar o sistema de impressão, possivelmente litográfico.

      As pranchas encontram-se dobradas, conforme a prática para esses documentos. Apesar dos furos para inserção nos processos, como também os carimbos para paginação, os documentos apresentam excelente estado de conservação.
      >>


    195. O estado presente da documentação comprobatória merece cuidado na avaliação. Exceto pelas cartografias impressas e fotos aéreas, os demais documentos não permitem reconstituir o conjunto com segurança.

      Chama a atenção a inclusão isolada, à folha 14, entre as comprovações, de artigo na imprensa brasileira, sem indicação de fonte, sobre a visita da Missão Aviatória Japoneza ao escritório da S.A.R.A. em Roma, para conhecer “os famosos aparelhos do engenheiro Nistri, destinado(s) a fotografias em aeroplanos em pleno vôo, aparelhos que reproduzem perfeitamente a altimetria de terrenos de qualquer escala”. Texto idêntico é publicado em maio de 1928, por jornais cariocas: A Missão Aviatória Japoneza em Roma. Gazeta de Notícias, RJ, 18 de maio de 1928, p.3; idem. O Imparcial, RJ, 18 de maio de 1928, p.1.
      >>


    196. A carta indica o encaminhamento em anexo da lista de equipamentos a serem empregados, mas esse documento não acompanha hoje o processo. >>


    197. As folhas 39 e 50 correspondem à documentação enviada pela Comuna de Milão, com data de 23 de dezembro de 1925. Parecem mais informes sobre andamento de trabalhos, pouco claros, destacando que os resultados corresponderam ao escopo – “obtendo uma representação suficientemente precisa da zona fotografada”.

      Lima (2013) cita ensaio de Amedeo Nistri em que são discutidos os resultados dos trabalhos realizados em Milão, além, como mencionado, da referência aos mesmos na conferência de Traldy, transcrita no Boletim do Instituto de Engenharia (1929) já mencionada:
      NISTRI, A. Note de aerofotogrammetria: resultati ottenuti nei lavori di rivelamento eseguiti col Fotocartografo Nistri. Rivista l'Aerotecnica, Itália, v.5, nº 3, [3p], maio/jun.1925.
      >>


    198. Acta da Assembléa geral de constituição definitiva do Instituto Brasileiro de Levantamento Aerophotogrammetricos – Methodo Nistri – “Sara Brasil” S/A. Diário Oficial do Estado, 25 de maio de 1929, p.4973-4974. O artigo impresso é incorporado ao processo 34.061/29, à folha 5. O arquivamento da ata, na Junta Comercial do Estado de S.Paulo, é realizado em 21 de maio, como indicado à página 4975, na mesma edição do Diário Oficial. >>


    199. A comunicação constitui a folha inicial do processo 34.061/29. >>


    200. Processo 34.061/29, f.18 e verso, em 9 de setembro de 1929. >>


    201. O sobrenome surge indistintamente grafado como Giobby, sendo padronizado aqui pela forma italiana. >>


    202. Calliera permanece, agora no novo posto criado na diretoria. A ata é publicada no Diário Oficial do Estado, de 7 de novembro de 1929, à página 9.501, cuja cópia integra o processo 46.042/31, relativo a pagamento de juros, o que exige a apresentação formal do novo diretor, Luiz Giobbi.

      Conforme a publicação, participam do encontro, além de Amedeo Nistri, representando a empresa romana, com 50% da cota societária, mais 13 sócios ou representantes. Giobbi, que não consta da assembleia de constituição da empresa surge aqui com 100 ações. Além de J.& H. Robba, na pessoa de Henrique, com a cota de 40 ações, cinco sócios com 100 ações estão presentes: Antonio Tognoli, Florenço Dellarole, Getulio de Paula Santos, Luiz Prada e Vicente Santalucia.

      Pelo processo 68.053/29, à folha 6, informa-se que a partir da mesma data de alteração, todas as comunicações entre a empresa e a Prefeitura serão assinadas também pelo diretor técnico Amedeo Nistri, delegado da S.A.R.A. de Roma.

      Em 18 de julho de 1930 a sociedade faz assembleia geral ordinária para aprovação de contas, sem alterações societárias. Dos onze participantes consta apenas um com participação acima de 100 ações, Luiz Giobbi, que também representa a SARA italiana. Novo registro de assembleia geral ordinária, m 1931, consta do Diário Oficial do Estado. Realizada em 31 de março para apresentação de relatório de atividades e escolha de nova diretoria, são reeleitos os mesmos nomes, certamente indicados no ano anterior: direção geral – Luis Giobbi, diretores – Arnaldo Guinle, Adolpho Galliera e conde Adriano Crespi. Em seguida, é eleito o conselho fiscal, com 3 participantes. Participam da assembleia 11 membros, sendo que Luis Giobbi, o único membro presente detentor de mais de 100 ações, representa a SARA italiana, com metade da ações da sociedade.

      A sociedade será dissolvida, como veremos adiante, em assembleia no dia 22 de novembro de 1934. As atas da sociedade, arquivadas na Junta Comercial, são um campo aberto de investigação caso incluam os balanços anuais.

      Sara Brasil S/A. Diário Oficial do Estado, 12 de agosto de 1930, p.6.969; [s.t.]. Diário Oficial do Estado, 1 de maio de 1931, p.3.406 (incluso no processo 47.195/31); Instituto Brasileiro de Levantamento Aerofotogramétrico – Metodo Nistri (SARA BRASIL S/A). Jornal do Estado, ano 1, v.204, p.47, 10 de setembro de 1933; Secção ineditorial. Diário Oficial do Estado, 14 de dezembro de 1934, p.39.
      >>


    203. Lima (2013, p.89 e 91, respectivamente) traz registros fotográficos das duas últimas, a segunda delas posicionada atrás do Museu do Ipiranga. Segundo o autor, a empresa teria estabelecido uma outra referência próxima a esta última, que se perdeu. O marco relativo à Várzea do Carmo, estabelecido como origem das coordenadas, ficava em meio ao Parque Dom Pedro II, à margem esquerda do Rio Tamanduateí, na altura da Rua General Carneiro. Ele pode ser visualizado nas pranchas do Mapa Topográfico do Município de São Paulo: escala 1:5.000 – folha 51 e escala 1:1.000 – folha 51/03. >>


    204. Conforme o processo 18.192/29, com inicial de Agenor Machado, em 14 de março de 1929, que traz os orçamentos da Casa da Boia e da IRFM. Esta última, à folha 4, faz a referência ao modelo adotado pela Comissão Geográfica e Geológica – CGG. Não há, no processo, encaminhamento para compras. >>


    205. Notas e informações. O Estado de S.Paulo, 9 de março de 1929, p.3. >>


    206. Embora realizada na sede do Instituto, a palestra não parece ter sido transcrita em seu boletim naquele período, como fora no caso de Lourenço Traldy.
      Veja notas: No Instituto de Engenharia/Levantamentos aero-photogrammetricos pelo Systema Nistri. Diário Nacional, 21 de março de 1929, p.7; Instituto de Engenharia/Levantamentos aero photogrammetrico (sic). Correio Paulistano, 22 de março de 1929, p.4; No Instituto de Engenharia/Levantamentos aero-photogrammetricos. Diário Nacional, 22 de março de 1929, p.2.
      >>


    207. A nota no Diário Nacional, em 21 de março, já mencionada, faz referências à organização de empresas para emprego do sistema Nistri, uma em São Paulo, a S.A.R.A. Brasil, e outra na Inglaterra. >>


    208. Mais uma vez, artigo no Diário Nacional comenta o encontro. Faz referência ao custo de 2.000 contos de réis (2:000$000:000), e insiste que o Exército poderia realizar o serviço a menor custo e sem a participação estrangeira. Além de mencionar a mesma possibilidade no caso do levantamento do Distrito Federal, iniciado no ano anterior, lembra que o contrato da empresa com a municipalidade de São Paulo seria o primeiro feito pela S.A.R.A. no exterior (No Instituto de Engenharia/ A conferencia do engenheiro Nistri. Diário Nacional, 23 de março de 1929, p.3.) >>


    209. Em Santos/ Mais um piloto brevetado pela sociedade aero civil. Correio Paulistano, 26 de março de 1929, p.16; Desenvolve-se a aviação paulista/Mais um piloto brevetado pelo Aero Civil. Diário Nacional, 26 de março de 1929, p.2. >>


    210. Sobre o engenheiro Carl Alexandre Oelsner sabe-se pouco, e quase tudo através de suas próprias palavras. Em 1912 está em São Paulo realizando o levantamento topográfico dos terrenos da Companhia City of São Paulo Improvements, aberta naquele ano: “a levantar de maneira exata o patrimônio dela, fazendo plantas em escala de 1:1.000 de aproximadamente quatorze e meio quilômetros quadrados, localizados em sua totalidade na faixa de Pinheiros até Vila Anastácio e mais o Pacaembú. Baseei tudo em uma triangulação nova, e as curvas de nivel foram construídas com as alturas tomadas a instrumento” (cf. segmento “Introdução”, à tradução de sua autoria do texto: PETERS, F. H. A tarefa do Engenheiro em levantamentos e plantas (primeira parte). Boletim do Instituto de Engenharia, ano XIV, nº 81, p.159-166, mar.1932.)

      Na City of São Paulo atua por 13 anos (Conselho Federal de Engenharia e Architectura. Diário Oficial da União, RJ, 7 de maio de 1936, Seção 1, p.46/9664). Em 1927 é contratado pela Prefeitura de Campinas, junto com Jorge de Macedo Vieira, para realizar o levantamento cadastral de cinco zonas próximas ao centro, num total de 26 km2. Se sua vinda para São Paulo está relacionada à abertura da empresa City of São Paulo não se pode afirmar, mas após sua atuação no Rio para a Aircraft Operating Company, permanece no Brasil até 1939 pelo menos, ano em que atua por alguns meses no Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (Ministério da Viação e Obras Publicas. Diário Oficial da União, RJ, 10 de novembro de 1939, Seção 1, p.27/26.301).
      >>


    211. Invar — liga de ferro e níquel com baixo coeficiente de dilatação térmica — é empregada para aferição de instrumentos ou em trenas etc. >>


    212. O trecho que segue, longo e detalhado, dá uma ideia da equipe envolvida (OESLNER, 1934, p.317-318).
      Observe, porém, que neste caso todo o trabalho será realizado na cidade do Rio de Janeiro, da coleta à impressão. Além disso, ao não empregar restituidores automáticos, o total de técnicos e funções auxiliares nos trabalhos de cálculo e desenho é consideravelmente maior. Ainda assim, a menção completa do trecho é oportuna.



    213. MIGLIORETTI, Mario. Notas sobre o levantamento aerophotogrammetrico do municipio de São Paulo. Revista de Engenharia, Centro Acadêmico Horácio Lane da Escola de Engenharia Mackenzie, nº 50, p.193-195, maio 1929.

      O trecho inicial, comentário histórico da técnica, registra precedentes no uso da técnica fotogramétrica no estado de São Paulo, e, no extremo, emprego em campo ignorado até hoje como o da polícia técnica.



    214. La Filotecnica. Revista de Engenharia, Centro Acadêmico Horácio Lane da Escola de Engenharia Mackenzie, ano VI, nº 50, n.p, maio 1929.

      A empresa oferece aqui aparelhos de geodésia e fototopografia, entre eles: fotogoniômetro Porro, fototaqueômetro, fotocleps, fototeodolito Salmoiraghi e fotogoniômetro binocular Salmoiraghi. Anuncia também aparelhos “para aviação” como bússolas, barógrafos e altímetros.

      Estabelecida em 1865, por Ignazio Porro, será incorporada em 1870 por Angelo Salmoiraghi que a transformou no principal fabricante italiano do setor. Com a morte deste, é incorporada em 1939 pela IRI. Nota curiosa é o fato de ter produzido em 1877 a primeira máquina de costura italiana.
      Veja verbete Filotecnica em:
      <http://it.wikipedia.org/wiki/Filotecnica>. Acesso em: 7 de julho de 2014. >>


    215. Processo 19.748/31, folhas 1 e 2. >>


    216. Sobre o tópico, veja: ANTUNES, Fátima. As enchentes na história de São Paulo. Em Cartaz: guia da Secretaria Municipal de Cultura, nº33, p.56-57, mar.2010.
      Disponível em:
      <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/ patrimonio_historico/ladeira_memoria/index.php?p=8385>. Acesso em: 26 de novembro de 2014. >>


    217. O documento original integra a coleção Lia Santiago Robba. As conexões entre cada folha de papelão sofreram com o tempo e estão garantidas apenas pelo suporte em tela de algodão. Há trechos com danos por insetos e manchas de umidade. >>


    218. Entenda-se a referência como o magazine, o cartucho de filme, termos mais usuais. Daniel Silva (2012, p.756) aponta que as primeiras câmeras para aerofotogrametria automáticas datam de 1915. >>


    219. Op. cit. Boletim do Instituto de Engenharia, ano X, nº 45, p. 65-70, fevereiro de 1929.
      Os “apropriados sinais” correspondem a um conjunto variado, incluindo desde registro que indicam o centro da imagem, como referências a serviço, data de voo, horário, altitude etc.
      >>


    220. FERRAZ, Vera Maria de Barros (coord). Inventário sumário coleção SARA Brasil. São Paulo: Eletropaulo/Superintendência de Comunicação/ DPH/Divisão de Preservação do Patrimônio Histórico, 1987. n.p. Edição em cópia eletroestática.
      Contato com a coordenadora da edição não permitiu recuperar a origem dessa informação, mas merece registro. Lima (2013, p.84), citando Idoeta et al (2004), indica os mesmos dados, obtidos em depoimentos de “fotogrametristas veteranos”.
      >>


    221. Silva (2012, p.756), no texto, em inglês, utiliza o termo “sheet”, mas a ilustração inclusa (apud MESQUITA, 1958) e o contexto permite afirmar o uso de chapas de vidro (“plate”). Outros modelos fabricados em seguida pela OMI: a série FOMA 93/ A e B, utiliza filmes flexíveis, em formato quadrado (18 x 18 e 30 x 30 cm, respectivamente).

      Seria oportuno comentar que o autor mencionado por Silva — Paulo Ferraz de Mesquita — responde pela mais antiga referência em livro sobre o mapeamento realizado pela SARA em sua obra Aerofotogrametria (1940, [s.e.]).
      Lima (2013, p.2), que não indica esta ocorrência, em contraste aponta a ausência de menção ao levantamento paulistano na monografia apresentada por Octávio Reis de Castanhede Almeida (1913-2004), em 1940, na Escola Nacional de Engenharia da Universidadedo Brasil, usual referência na historiografia sobre cartografia no Brasil. Sobre Octávio Almeida é fundamental indicar que seu arquivo pessoal foi doado ao Museu de Astronomia e Ciência Afins-MAST (RJ), com inventário disponível em:
      <http://www.mast.br/inventarios/inventarios_octavio_reis_de_catanhede_almeida.pdf>. Acesso em: 11 de dezembro de 2014.

      Paulo Mesquita, geógrafo e engenheiro civil, com diversas obras publicadas até a década de 1960, é ao final dos anos 50, professor assistente na Escola Politécnica (USP), além de livre docente da Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil (RJ). São as anotações de suas aulas do curso de topografia, em 1949, taquigrafadas e datilografadas por seus alunos Léo Maniero e Walpy Vanderlind, um dos títulos recorrentes na bibliografia do setor. Quase certo as duas primeiras edições (Curso de topografia) datam de 1950 e uma terceira data de 1954, sendo esta impressa não mais mimeografada. Atente que é possível, com alguma segurança, apontar um contato pessoal entre Nistri e Mesquita, pela forma como está indicada na bibliografia a conferência realizada por Umberto em 1948, como veremos a frente.

      Além de professor da Escola Politécnica, Mesquita será mais tarde, na década de 1950, docente da FAU-USP, ativo até a década de 1980 pelo menos. (Respeitoso protesto e petição. O Estado de S.Paulo, 3 de outubro de 1980, p.27). >>


    222. Processo 62.351/28, folhas 23 a 31 do processo: Vantaggi del metodo di rilevamento aerofotogrammetrico 'Nistri” di fronte agli altri sistemi especialmente rispetto ai 'raddrizatori'. [Roma, 1928]. datilografado. 9f. cópia carbonada. >>


    223. Processo 240/30, com inicial da Sara Brasil, de [2] de janeiro de 1930 ao prefeito. Pedido deferido pelo prefeito em 22 do mesmo mês. >>


    224. Lima (2013, p.72-73) utiliza dados recolhidos por Frederic Stiebler Couto, diretor da empresa Programma Computação Cientifica Ltda, que projetou o Laboratório de Geoprocessamento da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo. Imagens, com legenda em italiano e menção à firma SARA, e referências mínimas sobre as aeronaves estão disponíveis no site: <http://www.programma.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15&Itemid=24>. Acesso em: 25 de novembro de 2014. >>


    225. O levantamento aerophotogrametrico do Municipio. Correio Paulistano, 6 de junho de 1930, p.5. >>


    226. Nota na imprensa, confirma a proximidade de Fischetti e João Robba, em agosto de 1929 quando juntos fazem um voo, num avião Fiat, no dia 24, sem sucesso, dentre as tentativas de localizar o aeroplano Anhanguera, da Força Pública, desaparecido no interior do estado (O 'Anhanguera' teria sido encontrado. Correio da Manhã, RJ, 25 de agosto de 1929, p.[8]). >>


    227. Veja: <http://it.wikipedia.org/wiki/Fiat_AS.1>. Acesso em: 25 de novembro de 2014. >>


    228. Processo 39.260/34, com inicial em 9 de novembro de 1929. Arthur Saboya despacha favoravelmente em 11 de novembro, mas informação em 17 de dezembro, à folha 2, indica que há serviços mais urgentes. >>


    229. A nota indicava que a SARA mantinha três aviões para o serviço de levantamento: um S.V.A., de 220 HP, um FIAT, de 100 HP, e o Caproni, para 6 passageiros, com motor Jupiter-Gnome de 120 HP, que faria seu primeiro voo em breve.

      A aviação civil. Diário Popular, 30 de janeiro de 1930, p.-. Transcrito em: Pioneiros da aviação civil no Campo de Marte em São Paulo. São Paulo: historiador Carlos Fatorelli, site, 24 de agosto de 2011.
      Disponível em:
      <http://carlosfatorelli27013.blogspot.com.br/2011/08/pioneiros-da-aviacao-civil-no-campo-de.html>. Acesso em: 11 de dezembro de 2014. >>


    230. Como veículos de observação incluiam às vezes câmeras fotográficas, certamente obtendo estritamente fotografias aéreas oblíquas.
      Veja o tópico:
      <http://it.wikipedia.org/wiki/Ansaldo_S.V.A.>. Acesso em: 11 de dezembro de 2014. >>


    231. Veja o tópico: <http://it.wikipedia.org/wiki/Caproni_Ca.97>. Acesso em: 25 de novembro de 2014. Veja também: Uma excellente experiência do avião Caproni. Correio da Manhã, RJ, 5 de fevereiro de 1930, p.8. >>


    232. O levantamento aerophotogrammetrico da cidade. Diário Nacional, 2 de fevereiro de 1930, p.1.

      Na falta de outros registros, frente ainda às características dos dois primeiros aviões e aos sucessivos atrasos, é possível especular sobre qual percentagem da cobertura fotográfica já havia sido realizada. A escolha da escala 1:5.000, relativa a uma área pequena de 30 km2, permitiria supor que fora iniciada quase ao final de 1929, e por certo, em março do ano seguinte, passado o período das chuvas, efetivamente finalizada, correspondendo assim o levantamento, em seu todo, ao ano de 1930, como consta isoladamente no cabeçalho das pranchas, data ambiguamente entendida como referência ao voo.

      Única possibilidade de redimir dúvidas, recompondo alguma cronologia mais precisa, estaria em investigar remessas marítimas da empresa registradas nas aduanas brasileira e italiana.
      >>


    233. O aviador Cattaneo está em S.Paulo/Faz elle a propaganda da aviação italiana. Correio da Manhã, RJ, 11 de janeiro de 1930, p.8; Uma excellente experiência do avião Caproni. Correio da Manhã, RJ, 5 de fevereiro de 1930, p.8. >>


    234. Telegrammas/Argentina.O Paiz, RJ, 17 de dezembro de 1910, p.4. >>


    235. Correio do Povo do dia 14 de dezembro de 1911, sexta-feira... Correio do Povo, Porto Alegre, 15 de dezembro de 1911, n.p.
      Disponível em:
      <http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=76&Caderno=0&Noticia=371291>. Acesso em: 28 de novembro de 2014. >>


    236. Veja resumo biográfico em: <http://www.earlyaviators.com/ecattan9.htm>. Acesso em: 28 de novembro de 2014. >>


    237. Vittorio, um dos seis irmãos Nistri, é raramente referenciado, mas provavelmente deve ter dado apoio a Amedeo, diretor técnico do serviço. Décadas após, está de volta, em 1951, a São Paulo, respondendo a convite da VASP, quando eram feitos estudos sobre instalação de estação aerofotogramétrica em Congonhas. Nota na imprensa faz referência ao Mapa Topográfico produzido 22 anos antes e traz suas impressões sobre a capital.

      RIBEIRO, João Raymundo. Das janelas do 'Caproni' N.20005. Correio Paulistano, 5 de outubro de 1930, p.7; Estação aerofotogramétrica será instalada em São Paulo. Jornal de Notícias, 4 de agosto de 1951, p.10.
      >>


    238. A conferência, realizada em 14 de setembro de 1934, sob o título Da importância da aerofotogrametria e sua aplicação prática no levantamento da cidade de São Paulo é referenciada por Paulo Ferraz de Mesquita (1940, p.227). Aqui, diferentemente de outros textos de Machado, os dados de voo estão expressamente indicados.

      Sobre a razão de voos em duas altitudes distintas, no levantamento em escala 1:5.000, Machado não faz comentário específico, mas é procedimento conhecido. As zonas urbana e suburbana exigiriam melhor cobertura, devido ao grande número de edificações, com voo a menor altitude; a zona rural, com baixa densidade de ocupação, poderia ser coberta com voo a maior altitude, reduzindo o tempo de trabalho dessa etapa.

      Apenas para registro, Machado fará ao final de setembro de 1934 uma palestra na última aula da cadeira de Policia Científica da Escola de Polícia, quando o lente responsável, não identificado na fonte, finaliza o estudo sobre a aplicação dos levantamentos topográfico e fotográfico em locais de crime. Agenor Machado encerra a aula com longa apresentação das etapas da produção do Mapa Topográfico.
      (Levantamento aerophotogrametrico de São Paulo. Folha da Manhã, 28.09.1934, p.1)
      >>


    239. (OELSNER, 1934, p.320-321)

    240. Único registro que permite ter uma referência sobre os trabalhos em terra é a menção feita por Agenor Machado (1930b, p.207): “O levantamento de S. Paulo compreende não somente uma triangulação completa de todo o município, como também uma rede de 280 quilometros de nivelamento de alta precisão.” >>


    241. Ainda que a entrega da documentação técnica seja exigida, não existe no ato legal aprovando o levantamento em 1934, nem no processo a ele referente, nenhum controle sobre produtos efetivamente entregues.

      O mesmo ocorre no restante da documentação sobre o Mapa Topográfico já recolhida ao AHSP. São informações obtidas em outras fontes, muitas vezes através de autores de ensaios distantes mais de vinte ou trinta anos, os únicos registros que informam alguns pontos relativos a essa questão, além das cartografias remanescentes em acervos.
      >>


    242. Cabe à arquiteta Ivany Sevarolli, coordenadora da coleção fotográfica do AHSP, com duas décadas de trabalhos voltados para a identificação de conteúdo e a organização de acervos fotográficos sobre a cidade, ter apontado essa possível conexão. A comparação com a própria cartografia SARA, em suas duas escalas, confirma a captação de imagens na mesma época. O formato das fotografias, a boa qualidade da retificação, a semelhança do mascaramento na borda da imagem, associadas a similitude com a cobertura realizada no início de 1929 ao longo do Rio Tietê, apenas reforçam essa conclusão. >>


    243. A sequência está disponível online na página do site institucional, no link Acervo Fotográfico. Use os termos “levantamento aerofotogramétrico” para recuperar o conjunto.
      <http://www.arquivohistorico.sp.gov.br> >>


    244. Em depoimento ao autor, em 20 de dezembro de 2014, o pesquisador e colecionador informou que as fotos integravam um conjunto de imagens sequenciadas, oferecido então à venda. O restante do lote foi adquirido por um colecionador privado paulistano. Embora não tenha sido possível uma avaliação visual dos registros em questão, aspectos como formato e embalagem original parecem confirmar a procedência. >>


    245. Processo 59.103/29, com inicial da SARA Brasil, em 26 de setembro de 1929, que não tem continuidade, pois a decisão da municipalidade é fazer o pagamento diretamente à SARA, detentora oficial do contrato. É o que indica carta de J. & H. Robba, ao prefeito Pires do Rio, em 17 de outubro de 1929, inicial do processo 63.427/29, na qual concordam com essa disposição. >>


    246. As tragédias da Aviação. Correio Paulistano, 16 de janeiro de 1930, p.30. >>


    247. Foram duas solicitações, uma em 10 de outubro de 1928, sem andamento, e outra, em 18 de fevereiro do ano seguinte, que terminou pelo empréstimo sem prejuízo de vencimentos (processos 64.845/28 e 13.483/29, respectivamente). >>


    248. Autorizado pelo processo 15.985/30, como indica a “Folha de Serviço do Sr. Agenor Machado” no processo 17.857/29, à folha 3. Na mesma folha, consta que pelo requerimento 3.781, o prefeito Pires do Rio estabeleceu em 11 de janeiro de 1930 a gratificação de quinhentos mil réis “na qualidade de fiscal topográfico do Município”. >>


    249. Lima (2013, p.90) apresenta um mapa comparativo produzido a partir dos pontos de triangulação da Comissão Geográfica e Geológica com os estabelecidos agora, o que permite uma primeira avaliação visual da magnitude do trabalho realizado nesta etapa. >>


    250. Conforme processo 18.192/29, já mencionado, com a inicial em 14 de março, de Machado, que está lotado na 7º Seção, da Diretoria de Obras. >>


    251. O levantamento aerophotogrametrico do Municipio. Correio Paulistano, 6 de junho de 1930, p.5. >>


    252. Processo 59.758/30, inicial de Agenor Machado, datada de 6 de dezembro de 1930, que traça extenso relato, em 7 folhas, a pedido do prefeito J. J. Cardoso de Mello Netto (1883-1965), nomeado em outubro de 1930, pelo governo provisório, no marco do que seria conhecido depois como a Revolução de 1930. >>


    253. A carta aerofotogramétrica de São Paulo. Correio Paulistano, 15 de maio de 1930, p.6. >>


    254. O levantamento aerophotogrametrico do Municipio. Correio Paulistano, 6 de junho de 1930, p.5. >>


    255. Deputado Plinio Salgado. Correio Paulistano, 15 de junho de 1930, p.8. >>


    256. Ao menos numa versão de trabalho, como referência para os técnicos da restituição. >>


    257. O relato de Carl Oelsner (1934, p.322-323) sobre o trabalhos no levantamento carioca é significativo, carregado de um olhar próximo aos operadores:

        Controle dos Mosaicos: Tinha começado o levantamento de detalhes, consistindo principalmente em pontos de controle que acompanhavam as linhas poligonais, sendo necessaria a fixação das esquinas de quadras, quebras em alinhamentos de ruas e estradas, um controle adicional no meio dos quarteirões e de tantos pontos mais que se necessitassem em lugares onde o terreno mostrava uma abrupta mudança na formação. Necessitamos pontos de controle cujas coordenadas podiam ser calculadas para identificar em cada fotografia aérea não menos de quatro pontos. Esses pontos eram escolhidos no próprio terreno pelo engenheiro que trazia no bolso as cópias fotográficas do distrito. Estes pontos não devem variar muito em altura de um a outro em cada fotografia.

        Uma vez estes detalhes, que eram em geral cantos de muros ou de casas ou mesmo intersecções das linhas do centro de valas, desenhadas em escala (1:2.000 ou 1:5.000) nas plantas, os quatro pontos na fotografia aérea eram picados com um fino alfinete e circunscritos com círculos de ¾ cm. de diâmetro a tinta nanquim. Recebeu cada ponto seu respectivo número.

        Esta marcação e o cálculo das coordenadas era feito pelos próprios engenheiros, e o desenho dos detalhes e da posição de cada um dos quatro pontos transferido pelo respectivo desenhista (cada engenheiro tinha à sua disposição um desenhista), para uma folha em papel vegetal. Nesta cópia eram representados os quatro pontos dentro dos seus círculos a tinta nanquim, a numeração e mais todos os poucos detalhes necessários para a identificação e para garantir a retificação e ampliação. A respectiva fotografia aérea era juntada com um clips. No laboratório fotográfico eram picados com um fino alfinete na chapa (film) os respectivos 4 pontos e executada a retificação por um fotógrafo, mas sou de opinião que este trabalho deve ser feito pelo próprio engenheiro, que conhece o seu distrito e que tem o máximo interesse em obter uma ampliação perfeitamente retificada e sem distorção, facilitando o futuro trabalho no campo.

      O processo de produção sistemática acabaria por exigir aparelhos específicos — os retificadores —, que são ampliadores com sistemas óticos, condensadores etc especiais, garantindo precisão e rapidez, ganho de produtividade que constituia o ponto decisivo para tornar os grandes levantamentos possíveis.

      Transformador automático Zeiss - 1934 Transformador automático Zeiss, 1934.
      (MONTEIRO, 1934).

      Acervo BMA

      Um dos modelos disponíveis no início da década de 1930 é, por exemplo, o transformador automático Zeiss, que permite obter uma fotografia com correção planimétrica, ou seja, a representação correta, em escala, dos pontos sobre um plano horizontal, atendendo às exigências cartográficas. Uma imagem do aparelho está disponível em artigo de Jacy Monteiro, “colaborador técnico da seção de geodésia, topografia e fotogrametria da filial da Casa Zeiss” em São Paulo, que apresenta diversos instrumentos utilizados no processo fotogramétrico, da instalação da rede de níveis ao trabalho de análise das fotos (MONTEIRO, E. Jacy. Aero-photogrammetria. Boletim do Instituto de Engenharia, ano XX nº 105, p.136-138, agosto de 1934.
      >>


    258. O conceito de automatização empregado nos textos de época pode parecer estranho hoje, pois o processo depende de operadores treinados. No entanto, é evidente o ganho de produtividade e a menor exigência dos recursos humanos envolvidos. O texto sobre o método Nistri, integrante do processo 62.351/28, intitulado Vantaggi del metodo di rilevamento aerofotogrammetrico 'NISTRI' …, já mencionado, comenta o impacto do restituidores no processo produtivo, ao destacar suas vantagens frente aos demais modelos (cf. folha 5 do documento, folha 28/28 do processo), a saber:



    259. Estes aparelhos são referenciados em diversas fontes, mas aqui destacamos, como testemunho de época, os registros das conferências realizadas no Instituto de Engenharia, em São Paulo, pelo Comendador Alfredo Grandi, em 2 e 4 de maio de 1938, transcritos na Revista de Engenharia Mackenzie. Grandi era então diretor do Serviço Cadastral do Reino da itália, e, estava no país para acompanhar a reunião conjunta dos Conselhos Nacionais de Geografia e Estatística (SOARES, 1939, p.115).

      O Cadastro Fundiario e sua importância na Antiguidade e nos Estudos modernos. Revista de Engenharia Mackenzie, nº 69, p.262-264, jul.1938.
      SOARES, J. C. de Macedo Soares. Atividades do Instituto Brasileiro de Geografia: discurso do Embaixador J. C. de Macedo Soares, presidente do Instituto e dos seus conselhos. Revista Brasileira de Geografia, RJ, ano 1, nº 2, p.113-118, abr.1939. Discurso de abertura da 2.sessão ordinária da reunião conjunta dos Conselhos Nacionais de Geografia e Estatística (1938).
      >>


    260. Mesquita (1950, f.411-413/ 1954, p.537-539; idem, 1940, f.10-11), apresenta entre os grandes restituidores o Fotocartógrafo Nistri. Sua descrição sintética e precisa permite entender as partes do conjunto e o sistema de cintilamento empregado, ao invés do recurso do anaglifo para recomposição estereoscópica.



    261. (MESQUITA, 1940, f.7):



    262. O mesmo autor indica que um exemplar desse modelo estava ativo até a década de 1950, sendo incorporado mais tarde ao Museo della Scienza e della Tecnica, em Milão. Na verdade, a referência correta deve ser ao Museo Nazionalle della Scienza e della Tecnologia Leonardo da Vinci, aberto em 1953. Não foi possível, contudo, localizar o equipamento através da seleção de itens da coleção disponibilizada no site institucional (<http://www.museoscienza.org>). Acesso em: 12 de dezembro de 2014.

      Lima (2013, p.85) informa que E.N.F.A – Empreza Nacional de Fotografias Aéreas — "incorporou equipamentos remanescentes da SARA, no final da década de 1930", realizando para o IGG uma série de fotos aéreas oblíquas. Merece atenção o trecho, pois sua posição na apresentação ao suceder ao tópico da restituição pode sugerir ao leitor que esta fase tenha ocorrido no Brasil. O relato de Agenor Machado, em 1930, ao analisar a primeira folha impressa apresentada em julho, confirma que a restituição estava em andamento nos escritórios de Roma.

      Sabe-se, contudo, que o levantamento da capital paulista, realizado na década de 1950 pelo consórcio VASP/Cruzeiro, empregou diversos equipamentos desenvolvidos por Nistri e comercializado pela OMI. Então, duas pequenas áreas do município, entre 110 e 190 km2, tiverem imagens geradas respectivamente com as câmeras Foma 53-A e A.F.L.-92, esta com chapas no formato 13 x 18 cm, sendo restituídas no Fotoestereógrafo Nistri Beta/2, em escala 1:8.500, e no Fotocartógrafo Nistri Aeronormal, na escala 1:10.000. Observe que este último pode corresponder a modelo similar a aquele empregado 25 anos antes, o que seria notável tecnicamente (PINTO, 1961, p.9). >>


    263. O levantamento aerophotogrametrico do Municipio da Capital. Correio Paulistano, 30 de setembro de 1930, p.4. >>


    264. A escolha parece significativa, pois à região correspondem elementos chaves naquele momento quando se chega à capital, marcante para todo o forasteiro e motivo assim de investimentos simbólicos. As grandes estações ferroviárias, ainda símbolos de uma modernidade; ao norte, o Jardim da Luz, na frente da gare da SPR; a oeste, o bairro nobre dos Campos Elíseos. É possível recuperar nessa prancha outro traço distintivo: a presença do rio Tietê em sua potência, ocupando amplamente a várzea sobre a qual se construiria lentamente uma metrópole, aqui bordejada por bairros proletários e ocupações incipientes. >>


    265. Pessoas ilustres que vêm para o continente americano. Correio Paulistano, 14 de setembro de 1930, p.18. >>


    266. Pelo 'Giulio Cesare'. Correio Paulistano, 25 de setembro de 1930, p.16. >>


    267. É o que permite saber a folha inicial do processo 51.017/30, carta do inspetor Alfredo Seabra, da Alfândega de Santos, em 4 de outubro de 1930, autorizando, à pedido da Prefeitura de São Paulo, a entrada no país desses itens, condicionada ao retorno dos equipamentos ao país de origem em seis meses, sem exigências de fiador. Quais seriam esses aparelhos estereoscópicos? Sobre a bússola, peça chave para garantir a trajetória correta e regular da aeronave, único instrumento disponível para orientação aérea, é fácil pressupor o uso imediato.

      Sobre a visita ao Brasil, a permanência de Umberto Nistri se estende até pelo menos 10 de outubro, quando participa, junto com seu irmão Vittorio, de assembleia geral extraordinária dos acionistas da SARA Brasil. Realizada para eleição de nova diretoria, esse encontro incluiu o anúncio do vencimento da licitação para o levantamento topográfico de Buenos Aires pela SARA italiana.
      >>


    268. José Joaquim Cardoso de Melo Neto (1883-1965) assume a prefeitura entre 24 de outubro e 5 de dezembro de 1930, prazo suficiente para solicitar ao fiscal em Roma um relato das atividades (ofício 822, de 13 de novembro, cf. processo 59.758/30). Luís Inácio de Anhaia Mello (1891-1974) assume o cargo entre 6 de dezembro de 1930 a 25 de julho do ano seguinte. Anhaia, professor da Escola Politécnica desde 1926, primeiro diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo em 1948, soube num momento de combate ideológico severo compreender a importância do levantamento. >>


    269. Processo 59.758/30, folha 3, que integra o relato do “engenheiro fiscal em Roma” ao prefeito José Joaquim Cardoso de Melo Neto, datado de 6 de dezembro de 1930. >>


    270. O ensaio, por falta de tempo na sessão, não foi lido, mas Gino Cassinis solicitou sua publicação na revista da entidade: Internationales Archiv für Photogrammetrie, como consta na respectiva edição, que transcreve a sessão da comissão nº3: “Mesure stéréoscopique des vues aériennes, autographes” (MACHADO, 1930). Erly Lima (2013, p.169-171) reproduz integralmente o ensaio, em francês, a partir da revista oficial da entidade.

      Cassinis é figura notável no panorama especializado italiano, seja no ensino, seja nas pesquisas no campo da aerofotogrametria. Sobre o método Nistri, registram-se alguns ensaios de sua autoria, entre eles:
      CASSINIS, Gino. Ricerche sul metodo aerofotogrammetrico Nistri. Pisa: Regia Scuola d'Ingegneria di Pisa/ Editora Istituto Poligrafico dello Stato, 1931. 10p. (apud Google Books
      <http://books.google.com.br/books/about/Ricerche_sul_metodo_aerofotogrammetrico.html?id=paSroAEACAAJ&redir_esc=y>
      CASSINIS, Gino. Il Fotocartografo Nistri. Rivista del Catasto e dei SS.TT. EE, Itália, v.2, 1938 (apud SELVINI, 2012, p.119).

      Sobre Gino Cassinis, veja a nota biográfica no site Mathematica Italiana, disponível em: <http://mathematica.sns.it/autori/845/>. Acesso em: 3 de dezembro de 2014.
      No mesmo endereço, veja o necrológio: SOLAINIS, Luigi. Gino Cassinis. Bolletino dell’Unione Matematica Italiana, Itália, série 3, v. 20, nº 1, p.152-153, 1965. >>


    271. MACHADO, 1930a, p.207. >>


    272. Em princípio, essa informação — data e local — é a única marca distintiva do texto publicado nesse momento sobre o congresso em Zurique. >>


    273. Lima (2013) faz a seguir uma avaliação mais abrangente, no conjunto em escala 1:1.000, cobrindo uma área seis vezes maior (folhas 37/21 a 23 e 51/01 a 03), tendo como referência os levantamentos realizados em 2004 (Mapa Digital da Cidade/SMDU/PMSP) e 2010 (ERBE Engenharia e Agrimensura Ltda).

      Seria oportuno lembrar que os produtos entregues pela S.A.R.A. Brasil, afora as fases de reambulação e checagens usuais, não parecem terem sido fruto de nova avaliação até o final do processo. Não se tem registro até agora de qualquer análise similar da parte da comissão de fiscalização para as pranchas das escalas 1:5.000 e 1:20.000.
      >>


    274. Agenor Machado encerra a apresentação comparando, de forma breve, os resultados com os registrados na bibliografia para outros sistemas utilizando o estereoplanigrafo e autocartógrafo. E finaliza: “Do exposto concluei-se que o método do Eng.º Umberto Nistri dá, na prática ordinária, uma precisão nunca inferior a dos demais. Pelo exemplo de S. Paulo pode-se tambem presumir que a sua exatidão teórica é ainda maior do que a encontrada, pois que os operadores do trabalho de campo não eram os mesmos dos de restituição, os quais, como foi dito nunca viram o terreno levantado; as chapas empregadas eram puramente comerciais e nada tinham de especial e, finalmente, a escala de desenho é nada menos que 6 vezes maior que a escala original das fotografias, tendo, portanto, ultrapassado de muito o limite 3, recomendável em trabalhos desse gênero." (MACHADO, 1930b, p.208) >>


    275. Esses dados, citados por Mesquita (1940, p.227), permitem uma primeira especulação, que indica a necessidade efetiva de contar com mais de um equipamento de restituição.

      O levantamento na escala 1:1.000, pelo contrato, corresponde a 3.000 hectares. Admitindo um rendimento médio de 100 hectares, por mês e por aparelho de restituição, sua producão e verificação exigiria 30 meses. Os atrasos parecem, assim, compreensíveis. Uma possibilidade seria a de cronogramas em sobreposição: a impressão seria assim iniciada antes de finalizada toda a restituição? Entre a data provável para produção da primeira folha 37/32, em abril de 1930 e a notificação do Instituto Geografico De Agostini, em julho de 1931, informando que fora contratado para edição pela SARA, há um período de 16 meses.

      Para o levantamento em escala 1:5.000 é mais dificil especular, considerando os voos em escalas diferentes. Teriam sido usados para cobertura em zonas distintas como o núcleo urbano e a área rural? Tomando um rendimento médio de 1050 hectares, por mês e aparelho, descartando as exigências relativas à cobertura da zona central, o total de 93.000 hectares, tomaria no mínimo 88 meses! A grande área rural permitiria uma redução considerável nesse cálculo, mas um cálculo do tempo despendido na sua produção exigiria tempo e cuidado.

      De quantos equipamentos disporia a empresa romana? Trabalhariam em turnos contínuos? Seria possível inferir que a produção desse conjunto possa ter ocorrido entre setembro de 1931, quando se encerra a sucessão de despachos, conhecidos, de caixas do conjunto em escala 1:1.000, e início de junho de 1933, quando todo o conjunto remanescente chega a Santos. Essa especulação, completamente livre, implica num prazo de 21 meses.
      >>


    276. Como mencionado, no tocante ao pedido de prorrogação, Agenor responde ao prefeito Cardoso de Mello, mas o relato chega a São Paulo na gestão Anhaia Mello. >>


    277. O engenheiro não voltará mais ao Brasil a curto prazo, embora se insinuem aqui e ali informações sobre iniciativas locais em estudos. Em 1948, Umberto estará de volta ao país. No dia 18 de novembro registra-se sua conferência, no Instituto de Engenharia sobre o tema: A aerofotogrametria em sua aplicação prática e em seu desenvolvimento. Notas curtas na imprensa pouco informam, além de apresentá-lo como professor da Escola Politécnica da Universidade de Roma nas cadeiras de cartografia e aerofotogrametria, e menção à execução do levantamento aerofotogramético da capital vinte anos antes.
      (Conferências. Folha da Manhã, 18 de novembro de 1948, p.[3]; Conferências. Folha da Noite, 18 de novembro de 1948, p.2; Conferências. Jornal de Notícias, 18 de novembro de 1948, p.7; Conferencias e cursos. O Estado de S.Paulo, 18 de novembro de 1948, p.10)

      Sobre o motivo da viagem de Umberto Nistri, em 1948, não há informação. Não se tem notícias de outros serviços realizados no Brasil pela S.A.R.A. É possível supor que em concorrências internacionais no campo da aerofotogrametria, em serviços de cobertura de grandes áreas, o que justificaria a participação, a S.A.R.A enfrentaria grandes empresas, ou conjunções inadequadas. Em fevereiro de 1931, o engenheiro em seus contatos com a prefeitura de São Paulo informa que a empresa faria o levantamento de Buenos Aires, o que não deve ter se confirmado (processo 19.748/31, f.3).

      Agenor, em informação de 6 de dezembro de 1930 relatara planos mais ambiciosos:



    278. Seria oportuno comentar que o contrato prevê pagamento ao final da empreitada. A cláusula 30ª é clara:



    279. Apenas para registro: as comunicações se davam por carta, implicando em um período de uma semana para cada trajeto no mínimo. Os raros telegramas presentes nos processos apenas informam sobre envios de documentação e cargas específicas, ou demandas urgentes como despachos aduaneiros a providenciar. >>


    280. Processo 19.748/31, f.1. Para ser preciso, seriam 58 pranchas. >>


    281. O trecho, em italiano, é pouco claro: (...) perchè fino a questo limite glí errori che commettono possono rientrare nel grafico, massima precisione della misura della paralasse angolare (...). >>


    282. Lima (2013, p.7) aponta ainda que apenas 70 anos depois contaria a cidade com outro levantamento na escala 1:1.000, realizado pelo consórcio CONCIDADE entre 2003 e 2004. >>


    283. Nesse tópico, dos pagamentos efetuados, o contrato, pela cláusula 22, não prevê pagamentos antecipados. No conjunto documental relativo aos processos do edital, são várias as iniciais com solicitações referentes a juros da caução, com andamentos confirmados ou não, mas nenhum registro de controle de pagamentos foi localizado até o momento. Será necessário aqui recorrer a fontes secundárias para chegar aos valores finais. >>


    284. Processo 25.846/31. >>


    285. Processo 27.840/31. >>


    286. Processo 31.771/31, f.1. >>


    287. Lembre-se que o desenho da prancha 37/22 ficara pronto em agosto de 1930. Assim, agora, o material enviado para aprovação deveria corresponder à impressão final da mesma prancha, mas não era do que se tratava. >>


    288. Processo 31.771/31, f.2. >>


    289. Processo 32.503/31, f.1-2. >>


    290. Processo 35.301/31, f.1. >>


    291. Processo 59.758/30, f.2. >>


    292. Veja o tópico De Agostini, disponível em: <http://it.wikipedia.org/wiki/De_Agostini>. Acesso em: 4 de dezembro de 2014.
      Veja também: <http://www.gruppodeagostini.it/> >>


    293. Processo 38.838/31. >>


    294. Processo 38.838/31, f.3. Constam aqui sete pranchas: 37/21, 37/23, 37/24 e 37/25, as quais, com a primeira prancha enviada inicialmente, completavam o setor 37, e as pranchas 51/14, 52/01 e 52/02. Além disso, seguiam edições, apenas em preto, de mais 5 pranchas: 51/09, 51/05 e 51/10, 52/03 e 52/11. Que utilidade prática teriam nesse momento estas cópias em uma única cor?

      A relação não deixa claro se o total de 50 folhas era relativo ao conjunto das pranchas mencionadas ou à tiragem de cada prancha, mas o registro de chegada, em carta de 20 de agosto, permite descobrir serem 350 exemplares no total, para as 7 primeiras pranchas mencionadas, além de 5 cópias de plantas da cidade, aquelas referidas como impressas em preto (processo 38.774/31).
      >>


    295. Processo 46.249/31, f.1. Como é recorrente neste conjunto, consta apenas a inicial, sem outro encaminhamento, além do envio aos engenheiros Corbisier e Noronha. Completam o conjunto de 17 pranchas entregues as seguintes folhas: 36/24, 51/05, 51/09, 51/10, 51/12, 51/17, 52/03, 52/06, 52/11 e 52/12.

      As remessas aqui indicadas estão referenciadas nas iniciais dos processos: 38.836/31, 38.774/31, 40.164/31, 41.001/31, 44.454/31, 46.042/31. Inclua-se na relação o processo 42.348/31, que diz respeito a isenções de taxas aduaneiras sobre o material entregue, pedido negado por não estar previsto em contrato.
      >>


    296. Processo 46.249/31, f.1, com inicial em 14 de setembro de 1931.
      Observe que em outubro de 1931, possivelmente dia 10, embora esteja a data ilegível, Luis Giobbi, pela SARA Brasil, escreve ao prefeito Francisco Machado de Campos, que ocupa o cargo entre julho e novembro, solicitando atestado de que o material entregue — as 7 primeiras pranchas — satisfaz às cláusulas contratuais (processo 47.196/31). No dia 30 do mesmo mês pedido semelhante é feito, relativo às demais dez pranchas, porém, sem qualquer encaminhamento registrado na documentação para ambos os pedidos (processo 49.700/31).
      >>


    297. Processo 43.793/31, f.1.
      A sucessiva prorrogação dos prazos de entrega implica também em alterações na estada de Agenor Machado na Europa. O processo 17.857/29, relativo à sua cessão pelo Estado para colaborar na Comissão Fiscal, inclui à folha 3 a primeira prorrogação: em 23 de janeiro de 1931, o prefeito, referenciado o processo 3.940/31, autoriza sua permanência até outubro de 1931. Mais adiante, à folha 7, em nota de 26 de outubro desse ano, é informado o novo prazo de entrega em 30 de abril de 1932 e solicita-se o pagamento até 30 de junho seguinte da gratificação mensal de 1:000$000, dando continuidade ao pagamento autorizado por ato de 14 de março de 1930.
      >>


    298. Processo 43.793/31, f.3 e verso. >>


    299. Os juros sobre a caução continuam a serem pagos. Em 12 de outubro de 1931, Luis Giobbi pede encaminhamento nesse sentido, sendo atendido (processo 47.752/31). Novamente, em 24 de outubro do ano seguinte, novo pedido é feito para receber os juros vencidos em 1 de julho (processo 40.638/32). >>


    300. O contato entre as partes é escasso então. Quando muito, em 18 de dezembro de 1931, Luis Giobbi, diretor geral da SARA Brasil, encaminha pedido de isenção de taxas aduaneiras para livre trânsito de equipamentos e envio de folhas dos levantamentos, considerando que as taxas geram um “acréscimo considerável nas despesas de um contrato que lhe não dá quase lucro comercial” (processo 55.0921/31, f.1). Despacho em 11 de fevereiro de 1932 recomenda ao interessado que pleitei diretamente a isenção junto ao Ministério da Fazenda, pois ela não poderia ser concedida a órgãos públicos. >>


    301. Processo 22.410/32. A inicial, datada do dia 23 de abril, embora o dia apareça em parte ilegível, faz referênca às justificativas apresentadas pela SARA, de Roma, em carta de 5 de abril, a qual não foi localizada nos processos recolhidos. O prefeito nomeado, Henrique Jorge Guedes, entre 5 de dezembro de 1931 e 23 de maio de 1932, aceita os pareceres e nega o pedido de prorrogação. >>


    302. Durante boa parte desse período, entre 24 de maio e 2 de outubro, o cargo de prefeito da capital coube a Goffredo Teixeira da Silva Telles, que como vereador teve destaque dos debates para aprovação da proposta de execução do levantamento topográfico da capital, em 1928. >>


    303. Tempos tumultuados: Saboya assumirá interinamente mais uma vez, em 1933, entre 2 de abril e 22 de maio. >>


    304. Esta é a última referência aos Robba no período como associados ao empreendimento. Nenhum dos irmãos, ou procuradores, estará presente na assembleia de dissolução da empresa em 1934. >>


    305. Os presentes aprovam ainda a prorrogação dos mandatos da diretoria e reeleição do Conselho Fiscal, autorizando que a diretoria fixe os honorários dos conselheiros, primeira menção a fato do gênero em todos os registros sobre reuniões dessa sociedade.
      Instituto Brasileiro de Levantamento Aerofotogramétrico – Metodo Nistri (SARA BRASIL S/A). Jornal do Estado, ano 1, v.204, p.47, 10 de setembro de 1933. (este jornal sucede o Diário Oficial do Estado de São Paulo no período)
      >>


    306. Processo 33.767/33. O parecer dos engenheiros fiscais — Corbisier, Machado e Noronha, em 8 de agosto, em folha não numerada, aponta que os pedidos no caso já estavam prejudicados. Sobre a isenção, o interessado teria de aguardar resposta do Ministério competente, e, quanto à liberação dos volumes, o material já havia sido retirado. >>


    307. O ato legal, assinado pelo prefeito nomeado Antônio Carlos de Assunção (agosto de 1933-setembro de 1934), é sucinto em seus 7 artigos. Além de aprovar os mapas, define o preço básico por folha (8$000) para as escalas 1:1.000 e 1:5.000, com descontos progressivos e gratuidade para repartições públicas federais e estaduais das coleções completas, como também para as municipais, mediante autorização do prefeito contudo. Define a venda também por estabelecimentos comerciais mediante comissão, bem como estipula preço para as folhas na escala 1:20.000 (25$000), ainda não entregues!

      O artigo 2º estabelece ainda a guarda dos “mapas” na “Diretoria de Obras e Viação, sob a guarda e responsabilidade da 9ª Secção Técnica, que controlará sua distribuição nos termos do presente Ato”. A quem caberia a guarda da documentação técnica, fotocartas, pranchas em tela transparente etc ? Uma suposição plausível seria a 7ª seção – Cadastro e Urbanismo (DOV), sob chefia de Silvio Noronha então. O ato nº 50, de 9 de janeiro de 1931, desdobrou a 7ª Seção Técnica que se denominava, conforme o ato, “Urbanismo”, com as seguintes atirbuições resumidamente: “estudo geral de viação (…) extensão e sistematização da cidade”, estudos de canalização do Rio Tietê e outros rios do município, e “todas as questões” relativas ao 'problema' de urbanização. Criava-se então a 9ª Seção, denominada “Cadastro da Cidade”, com as seguintes atribuições: “organização da planta da cidade, cadastro e serviços de topografia em geral”, fixação de alinhamentos e nivelamentos, bem como nomenclatura de logradouros e numeração dos imóveis.

      Cobrir o longo percurso administrativo ao longo de quase 80 anos é tarefa a ser feita. Além da distância temporal, desmembramento de funções e reorganizações devem ter contribuido para dispersão de eventual documentação remanescente.
      >>


    308. Processo 02.030/34 (coleção Legislação), f.3.
      O parecer chegou a propor valores para autenticação de cada folha comercializada – “destinada a fazer fé em juizo”, mas consta à folha 6, informação de Arthur Saboya, sem data: “Preferível não incluir essa disposição porque, em princípio, deve merecer fé a planta aprovada pela Prefeitura”. Observe, contudo, que no cabeçalho superior das pranchas impressas, em box que informa a publicação pela Prefeitura Municipal, detendora dos direitos de reprodução, o texto reserva espaço, abaixo da expressão “aprovado pelo ato” para carimbo com número e data do texto legal. Embora não esteja presente em muitos exemplares, essa inserção só reforça o caráter de comprovação da edição cartográfica.
      >>


    309. Secção ineditorial. Diário Oficial do Estado, 14 de dezembro de 1934, p.39.
      Importante registrar que consta desta assembleia a decisão de designar a guarda da documentação da empresa ao seu diretor geral, Luis Giobbi.
      >>


    310. Em 1955, no âmbito dos trabalhos do levantamento aerofotogramétrico realizado pelo consórcio VASP Cruzeiro, o engenheiro Milton Peixoto (1955), faz breve relato sobre os trabalhos em andamento, publicado na revista Engenharia Municipal, editada pela Sociedade dos Engenheiros Municipais de São Paulo. Na abertura comenta o mapa topográfico executado a partir de 1928, descrevendo os produtos e o custo final. O autor indica o mesmo valor, apenas convertido em Cruzeiros. Ele aplica então, como é possível checar em outras fontes, a equivalência estabelecida pelo decreto-lei nº 4.591, de 5 de outubro de 1952 (1 Cruzeiro = mil réis). Peixoto desconsidera assim qualquer inflação ao longo de quase 25 anos.

      Lima (2013, p.102), utilizando ferramentas de atualização do Banco Central e da Receita Federal, ambas de 2010, propõe valores parciais, a partir dos custos unitários por hectare, de R$ 2.275.620,00 para o levantamento na escala 1:1.000 e R$ 371.025,00 na escala 1:5.000. Apenas esses números totalizam R$ 2.646.645,00.

      Porém, empregando a relação réis e Reais (2010), que o autor adota, aqui expressa em mil réis para facilidade de cálculo — mil réis = R$ 2, 06125 —, e aplicando-o sobre os valores finais mencionados na assembleia, o total efetivamente recebido pela empresa corrresponderia ao pagamento principal de R$ 2.602,998,61 e ao saldo de R$ 1.442.875,00, num total de R$ 4.045.873,61. Quase certo, Lima não tinha conhecimento do saldo acima referenciado.

      Este saldo, indicado na ata da assembleia do dia 22 de novembro de 1934, está registrado no processo 32.540/35, que minuta o termo de quitação desse valor (e também referencia o processo 41.413/34), conforme mencionado no processo 65.701/36, folha 1, recolhido ao AHSP.
      >>


    311. Elsinoe Almeida (1975, p.4), em artigo de 1975, comenta esse mesmo aspecto.
      ALMEIDA, Elsinoe Elisa Ract de. Projeto cartográfico metropolitano para a Grande São Paulo. Cadernos de Ciências da Terra, Instituto de Geografia-USP, v.57, p.1-52, 1975.
      >>


    312. Processo 65.701/36, folha 5, ofício nº 106/49, do engenheiro-chefe de Cad.1 (Cadastro), em 5 de janeiro de 1949, quando solicita os processos com edital e contrato relativo aos seviços da SARA Brasil S.A. >>


    313. Pode-se presumir que o número de referências bibliográficas ao Mapa Topográfico do Município de São Paulo é significativo em termos locais. E seria maior se as normas de citação fossem aplicadas de forma mais precisa.

      Caso excepcional, desviante mesmo, mas indicador da sua importância pode ser apontado na edição de poster (94 x 64 cm), em 2009, pela Programma, que apresenta a prancha 51/07, em escala 1:1.000, destacando o conjunto do Vale do Anhangabaú. Disponível no site da Livraria Cultura, “este poster combina o mapa original e uma imagem produzida pelo satélite de imageamento da terra – o GeoEye-1. Impresso em papel couchê brilho, vem em uma embalagem para presente com uma nota contando um pouco da história do centro de São Paulo” (LIVRARIA Cultura, 2014).
      Disponível em:
      <http://www.livrariacultura.com.br/p/mappa-topographico-do-municipio-de-sao-paulo-11031220>. Acesso em: 18 de dezembro de 2014. >>

      Geomemories - Roma 1919

      Detalhe de página do site Livraria Cultura com oferta do kit fornecido pela Programma.
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    314. Lima (2013, p.94-95) chama atenção sobre a questão da tiragem relativa às fotocartas. Os textos do edital e do contrato adotam a forma vaga de “25 fotocartas”, por exemplo, na escala 1:5.000, o que permite supor um conjunto de 25 pranchas. Na verdade, nessa escala o conjunto de pranchas impressas é de 69 itens, o que implicaria que as fotocartas, caso correspondessem à mesma área e escala, teriam dimensões superiores às pranchas impressas, quase impraticáveis. Assim a leitura correta seria a de uma tiragem com 25 exemplares. A pouca precisão do texto legal é ponto falho. Mais à frente no texto, essa interpretação será validada de modo efetivo pelo conjunto remanescente. >>


    315. Entenda-se como reproduções em pranchas em cor azul escuro, com traços brancos, (blue prints, em inglês) predominantes até início da década de 1930, substituídas pouco a pouco por cópias heliográficas, de qualidade visual inferior e fácil degradação. >>


    316. É necessário comentar alterações nas tiragens posteriores ao contrato, que ocorrem em determinado momento não registrado pelos processos localizados. Lima (2013, p.95) aponta essa alteração. Em carta de 14 de setembro de 1931, de Umberto Nistri, inicial do processo 46.249/31, ao fazer primeiro balanço de entregas, relativas à escala 1:1.000, já surge indicação à tiragem de 3.000 exemplares.

      Peixoto (1955, p.25) registra uma alteração completa das tiragens: na escala 1:1.000 seriam 3 mil exemplares, e na escala 1:5.000, 3 mil para as pranchas relativas à zona central, que podemos entender como correspondentes aos mesmos setores (7) da escala anterior, e 1 mil para o resto do município. A edição em escala 1:20.000 seguiria este mesmo procedimento, sendo 3 mil exemplares para a área central e 1 mil para o resto do município. Nessas condições o total final seria de 261 mil pranchas.

      Alterações ocorreram também quanto às tiragens e escalas das fotocartas e às tiragens da cópias em tela transparente, como veremos adiante.

      Ainda assim a tiragem efetiva das pranchas impressas fica em aberto. O processo 2.030/34, que dará origem ao ato n.559, ao analisar preços indica que haviam sido entregues 295 mil exemplares (em informação de dezembro de 1933). Seguindo as tiragens citadas por Peixoto, teriam sido recebidas o número esperado seria 257 mil unidades, correspondentes a 174 mil na escala 1:1.000, 21.000 na escala 1:5.000, para as 7 folhas relativas à zona central, tomando como referência a outra escala, e 62.000 na escala 1:5000, para o resto do município.
      >>


    317. A remessa final, quase a totalidade dos produtos, é retirada da aduana, em Santos, em agosto de 1933. Em dezembro, já estava sob posse da Prefeitura (processo 2.030/34). >>


    318. L. Girardelli deve ser, provavelmente, o mesmo engenheiro Lauro Rubens Lyra Girardelli, que atuou como professor do ITA, em São José dos Campos, e participou do levantamento inicial para implantação do campus da USP no Butantã. Atuou depois na área de engenharia eletrônica, como empresário, desenvolvendo produtos no setor de telefonia e outros. Falece em 2006, aos 77 anos, em São Paulo (Mortes. Folha de S.Paulo, 14 de abril de 2006, Cotidiano, p.C4). >>


    319. O erro de catalogação foi constatado através de consulta junto à bibliotecária Maria Dulce de Faria, da Divisão de Cartografia da BN, mediada por Joaquim Marçal, no início de dezembro de 2014.

      O acervo AHSP possui exemplares da mesma série. As pranchas aparentam ser uma derivação a partir do Mapa Topográfico, uma redução das lâminas em outra escala. Segundo a geógrafa Fernanda Correa Silva, responsável entre 2013 e 2014 pela organização em andamento do conjunto cartográfico custodiado pelo AHSP, existem 5 pranchas, em escala 1:10.000, às vezes com mais de um exemplar.

      Foram produzidas em 1937 pelo Gabinete Photocartographico do Estado Maior do Exército, como consta na borda das pranchas no canto inferior direito. Tratam-se de mapas aparentemente recuperados da cartografia realizada pela SARA Brasil, que articulam respectivamente os seguintes setores: 46-47, 48-49, 19-20-32-33, 23-24-36-37 e 21-22-34-35. As pranchas relativas ao Rio Tietê trazem referências gráficas sobre retificação do canal do rio, bem como anotações com indicações de destinação de uso para a área do Campo de Marte.
      >>


    320. Ainda assim isso não invalida por completo a fonte, pois as fotocartas foram editadas nas escalas indicadas por Peixoto. >>


    321. São as seguintes as pranchas em tela transparente localizadas no acervo AHSP:
      (a) escala 1:5.000 – 30 (para um total de 69): 3-5, 5-6, 6-7, 8-9, 13, 15, 18, 19, 27-28, 28-29-30, 30-31b, 32, 33, 34, 35, 46, 47, 48, 49, 55, 60, 61, 63, 64, 67, 68, 72, 73-74, 77-78 e 81-82
      (b) escala 1:1.000 – 46 (para um total de 58): 36/23, 36/24, 36/25, 37/21, 37/22, 37/23, 37/24, 50/05, 50/08, 50/09, 50/10, 50/13, 50/14, 50/15, 50/19, 50/20, 50/23, 50/24, 50/25, 51/01, 51/02, 51/03, 51/04, 51/05, 51/06, 51/07, 51/09, 51/10, 51/11, 51/12, 51/14, 51/15, 51/16, 51/17, 51/18, 51/22, 51/23, 52/01, 52/02, 52/03, 52/04, 52/06, 52/07, 52/11, 52/12, 52/13.
      >>


    322. Exames mais específicos, com apoio de uma bibliografia sobre essa técnica de impressão litográfica sobre tela, deverão ser programados, visando caracterizar e datar com precisão esse conjunto. >>


    323. As pranchas estão enroladas, sendo armazenadas atualmente na posição vertical, o que tem gerado uma deterioração de material nas extremidades das lâminas. >>


    324. O conjunto das fotocartas na escala 1:5.000 corresponde às pranchas 35, 36, 37, 38, 39, 49, 50, 51, 52, 53, 65, 66, 67. Veja o mosaico nessa escala, parte deste informativo, para uma avalição da cobertura.

      Note que à exceção da prancha 64 ausente, certamente parte dessa série, o conjunto cobriria praticamente uma área retangular de 17,5 km de comprimento por 12,6 km de altura. Seria possível especular que a prancha 63 não tenha sido feita pois neste caso a área coberta corresponde a meia prancha apenas. Em termos efetivos, as 13 pranchas remanescentes cobrem 191,1 km2.

      O conjunto de fotocartas na escala 1:10.000 é formado por 20 pranchas numeradas em algarismos romanos correspondentes aos seguintes setores (com referência às pranchas na escala 1:5.000):
      I (03-04, 11-12), II (05-06, 13-14), III (07-08, 15-16-17), IV (01-02, 08-09-10, 17-18), V (19-20, 32-33), VI (21-22, 34-35), VII (23-24, 36-37), VIII (25-26, 38-39), IX (27-28, 40-41), X (29-30, 42-43), XI (31, 44-45), XII (s.n - [46-47, 60-61]), XIII (48-49, 62-63), XIV (50-51, 64-65), XV (52-53, 66-67), XVI (54-55, 68-69, 76-77-78), XVII (56-57, 70-71), XVIII (58-59, 72), XIX (73-74-75, 81-[82]), XX (78-79-80).
      >>


    325. Em março de 1929, em nota sobre palestra de Umberto Nistri em São Paulo é feita referência a trabalhos realizados pelo Exército sobre trechos do Tietê na capital. Referência a esta ação, apresentada como executada por oficiais do SGM, integrando as iniciativas da prefeitura para retificação do trecho urbano, consta já nos debates sobre o contrato carioca em julho de 1928.

      Nova menção ocorre em maio de 1929, quando Mario Miglioretti, especialista, atuando junto ao representante da Casa Salmoiraghi, ao comentar o edital paulistano aponta que a “aerofotogrametria não é uma novidade para S. Paulo, pois já são conhecidas as cartas aerofotogramétricas do percurso do Rio Tietê”.

      Restaria especular se a Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo (CGG, 1886-1931) teria realizado ações fazendo uso da aerofotogrametria em áreas urbanas. Sabe-se apenas que seu sucedâneo, o Instituto Geográfico e Geológico (1931-1976), encomendou, entre 1939 e 1940, à Empresa Nacional de Fotografias Aéreas – ENFA, extensa cobertura com fotos aéreas oblíquas de 270 municípios paulistas (LIMA, 2013, p.85).

      (Um negocio de alcova, de mesa de aperetivos e de jantares alegres. A Esquerda, RJ, 3 de julho de 1928, p.3; No Instituto de Engenharia/ A conferencia do engenheiro Nistri. Diário Nacional, 23 de setembro de 1929, p.3; MIGLIORETTI, Mario. Notas sobre o levantamento aerophotogrammetrico do municipio de São Paulo. Revista de Engenharia, Centro Acadêmico Horácio Lane da Escola de Engenharia Mackenzie, v.50, p.193-195, maio 1929)
      >>


    326. O desenvolvimento da aerophotogrametria no Brasil. Diário Popular, 18 de julho de 1939, p.2. >>


    327. Nesse caso, veja o artigo de Jacy Monteiro, “colaborador técnico da seção de geodésia, topographia e fotogrametria da filial da Casa Zeiss – S. Paulo”, em agosto de 1934, no Boletim do Instituto de Engenharia, no qual apresenta diversos equipamentos da marca como câmeras, transformadores, altiplanígrafos, estereoautógrafos (MONTEIRO, E. Jacy. Aero-photogrammetria. Boletim do Instituto de Engenharia, ano XX, nº 105, p.136-138, agosto de 1934). >>


    328. Os novos methodos e apparelhos de topographia e de photogrammetria. O Imparcial, 1 de agosto de 1931, p.8. >>


    329. Mesquita (1940, f.9) comenta, sem data precisa, a produção de plantas, com levantamento aerofotogramétrico, da cidade de São Lourenço (MG), pelo IFOCS, em escala [1:5.000], com curvas de nível de 5 metros de equidistância com o emprego do Aeromultiplex (Zeiss). O IFOCS realizava então o levantamento do vale do Rio São Francisco. >>


    330. Acervo Museu da Energia/FES. Código: ELE.GEO.AER(S22), período: 1931, local de produção: Serra do mar, Rio Cubatão, Bacias da vertente Atlântica, Rio Monos, Rio das Pedras. Voo realizado em 16 de dezembro de 1931. Escala 1:10.000. >>


    331. Chegaram do Rio pelo 'Araranguá'. Diário Nacional, 3 de julho de 1930, p.3. >>


    332. Acervo Museu da Energia/FES. Código: ELE.GEO.AER(S24), período: 1931, local de produção: Itatinga (SP). Voo realizado em 4 de outubro de 1931. >>


    333. Acervo Museu da Energia/FES. Código: ELE.GEO.AER(S62), período: 1933, local de produção: Rio Pinheiros. Voo realizado em 22 de março de 1933. Escala 1:5.000. >>


    334. Esses empreendores de menor escala, atuando individualmente ou em pequenas associações, terão como obstáculos a fiscalização que os códigos de aviação civil introduzem desde a década de 1920. Em julho de 1939, o chefe da Divisão de Tráfego do DAC comunica a George Nelson Smith, que devido ao decreto 24.572, de 4 de julho de 1934, não é permitido o início de qualquer trabalho de aerofotografia sem licença daquele departamento, “mesmo quando destinadas a serviço de interesse publico” (Aerophotographia, só com licença do DAC. Gazeta de Notícias, RJ, 19 de julho de 1939, p.8). >>


    335. Photographias aereas. O Estado de S.Paulo, 19 de março de 1938, p.4. >>


    336. Em junho de 1941, ao solicitar autorização para levantamento do Rio Paraiba em seu trecho paulista, entre cidade de Santa Branca e Cachoeira, o Sindicato Condor Ltda recebe despacho do Ministro da Aeronáutica para aguardar, pois a execução do serviço por elemento estrangeiro dependia diretamente de decisão presidencial. Em agosto de 1942, após meses de ataques a navios brasileiros pela frota alemã, o Brasil entra na guerra.
      (Levantamento aerofotogrametrico realizado por estrangeiros. O Estado de S.Paulo, 28 de junho de 1941, Aviação, p.4).
      >>


    337. O serviço foi autorizado pela lei nº4.014/51, datando os voos das escalas principais de janeiro de 1954, uma curiosa coincidência simbólica.
      Como referência básica, primeiros registros sobre o novo empreendimento, e como testemunho sobre procedimentos e produtos desenvolvidos por autores próximos ao projeto como o engenheiro Francisco Pinto, do Departamento do Cadastro (PMSP), sugere-se a leitura dos artigos de Peixoto (1955) e Pinto (1961).
      >>


    338. Quase certo, neste caso, considerando o envio de precioso conjunto de dados entre dois continentes, os registros devem ter sido duplicados. A perda de remessa, como ocorre logo de início com duas caixas de pranchas impressas enviadas da Itália, geraria prejuízos e prorrogação dos prazos. >>


    339. Equivalente a 10 km2. >>


    340. Equivalente a 130 km2. >>


    341. Equivalente a 230 km2. >>


    342. Equivalente a 1114 km2. >>


    343. Equivalente a 10 km2. >>


    344. Equivalente a 130 km2. >>


    345. Equivalente a 230 km2. >>


    346. Equivalente a 1.114 km2. >>


    347. A abreviação — Oe — indica “O editor” ao introduzir observação adicional do engenheiro Oelsner, que adota os termos cartográficos, muitas vezes em inglês. >>


    348. Equivalente a 120 a 150 km2. >>


    349. No texto original, o termo artigo surge a partir desta nota em forma abreviada (“art.”). >>


    350. Na primeira versão, paragráfo inclui ao final: “ficando o sr. dr. Prefeito com a liberdade de julgar, à visa daquele, da idoneidade técnica de seus portadores;” >>


    351. Na primeira versão consta o valor “1:8.000”, talvez um dos motivos da republicação do edital. >>


    352. Equivalente a 930 km2, inferior ao conjunto de maior extensão previsto no levantamento carioca, conforme edital, que corresponde a área de 1.114 km2. >>


    353. Equivalente a 30 km2. >>


    354. Na primeira versão consta o trecho final flexionado no singular: “... deverá ser a mais completa possível.” >>


    355. Na primeira versão consta: “12” horas. >>


    356. Na primeira versão, os três parágrafos finais apresentam a seguinte redação:



    357. Equivalente a 130 km2. >>


    358. Equivalente a 930 km2. >>


    359. Equivalente a 30 km2. >>


    360. Todos os erros indicados foram corrigidos nesta transcrição. >>








    Fontes

      A relação de fontes é parcial, sendo a maior parte
      referenciada diretamente no corpo do texto.

    DOCUMENTAÇÃO PRIMÁRIA
      Processos administrativos (PMSP)

      Relação de processos relacionados ao levantamento topográfico do município gerados entre 1928 e 1937 removidos para o AHSP, abaixo relacionados de forma sumária – 51 itens. A documentação está disponível para consulta local em sua íntegra, temporariamente reunida no dossiê temático S.A.R.A.


      S.A.R.A Brasil - Processos recolhidos
      44.560/28
      49.640/28
      62.150/28
      62.351/28
      64.845/28
      64.846/28
      13.483/29
      17.857/29
      18.192/29
      34.061/29
      59.103/29
      63.427/29
      68.503/29
      00.240/30
      11.320/30
      50.495/30
      51.017/30
      59.758/30
      03.940/31
      19.556/31
      19.748/31
      25.846/31
      27.840/31
      31.771/31
      32.503/31
      35.301/31
      38.162/31
      38.774/31
      38.836/31
      38.838/31
      40.164/31
      41.001/31
      42.348/31
      43.793/31
      44.454/31
      46.249/31
      47.195/31
      47.196/31
      47.752/31
      49.700/31
      55.092/31
      14.532/32
      22.410/32
      40.342/32
      40.638/32
      46.042/32
      33.767/33
      02.030/34
      39.260/34
      65.701/36
      13.836/37


    FONTES BIBLIOGRÁFICAS

      Livros

    • BERNARDET, Jean Claude. Filmografia do cinema brasileiro: 1900-1935. São Paulo: SEC/Comissão de Cinema, 1979.

    • CERAUDO, Giuseppe. Umberto Nistri. In: Dizionario Biografico degli Italiani, v.78, 2013. (2013).
      Disponível em: <http://www.treccani.it/enciclopedia/umberto-nistri_(Dizionario-Biografico)/>.
      Acesso em: 7 de agosto de 2013.

    • CMSP - Câmara Municipal de São Paulo. Annaes da Camara Municipal de S. Paulo - 1928. São Paulo: Estabelecimento Graphico Ferrari & Lobesso, [s.d.].
      Organização de F. I. da Gama Jr, Gustavo Milliet.

    • CZAJKOWKI, Jorge (org). Do cosmógrafo ao satélite: mapas da cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro, 2000. Catálogo de evento.
    • EMIDIO, Teresa, PASSOS, Maria Lucia Perrone. Desenhando São Paulo: mapas e literatura, 1877-1954. São Paulo: Editora SENAC/Imprensa Oficial, 2009.

    • IDOETA, Irineu; IDOETA, Ivan Valeije; CINTRA, Jorge Pimentel. São Paulo vista do alto: 75 anos de aerofotogrametria. São Paulo: Editora Érica Ltda, 2004.

    • LIMA, Erly Caldas de. O levantamento pioneiro da Sara Brasil: histórico, tecnologia empregada e avaliação dos produtos. São Paulo: EPUSP, 2013. Dissertação de mestrado em Engenharia de Transportes (Informações Espaciais). orientação: Jorge Pimentel da Cintra.
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      Disponível em: <http://3siahc.files.wordpress.com/2010/04/sobreposicao-da-cartografia-digital-vetorial-reinaldo.pdf>.
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    • ______. Curso de topografia: curso de aulas e exercícios desenvolvidos no ano letivo de 1949 na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo pelo professor assistente engº Dr. PAULO FERRAZ DE MESQUITA livre docente da Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, substituindo o catedrático. 2.ed. São Paulo: [Leo Maniero], 1950. (3º ed, 1954).

    • PAMPLONA, Patricia (org). O Rio do alto: Museu Aeroespacial, fotografias aéreas do Rio de Janeiro 1930-1940. Rio de Janeiro: Id Cultural, 2014. Prefácio de Marcio Bhering Cardoso, introdução de Joaquim Marçal Ferreira de Andrade.

    • SEVCENKO, Nicolau. Orfeu extático na metrópole. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.



      Periódicos

      Apenas os periódicos editados fora da cidade de São Paulo têm discriminado o local de publicação.


    • Levantamento Aerophotogrametrico Sistema 'Eng. Nistri': Conferencia realizada no Circulo Italiano pelo eng. Lourenço Tealdy em 20-XI-28. Boletim do Instituto de Engenharia, ano X, nº 45, p.65-70, fev.1929. (parte 1 de 2)

    • Levantamento Aerophotogrametrico Sistema 'Eng. Nistri': Conferencia realizada no Circulo Italiano pelo eng. Lourenço Tealdy em 20-XI-28. Boletim do Instituto de Engenharia, ano X, nº 46, p.97-101, mar.1929. (parte 2 de 2)

    • MACHADO, Agenor. Le levé Aérophotogrammétrique de S. Paulo et ses premièrs resultats techniques. Internationales Archiv für Photogrammetrie, órgão da Internationalen Gesellschaft für Photogrammetrie, [Zurique], v. VII, p.126-128, segunda parte, 1930-1931. (1930a)

    • ______. Os primeiros resultados obtidos no levantamento aerophotogrammetrico de São Paulo. Revista de Engenharia, Centro Acadêmico Horácio Lane da Escola de Engenharia Mackenzie, v.54, p.207-208, out.1930. (1930b)

    • MIGLIORETTI, Mario. Notas sobre o levantamento aero photogrammetrico do municipio de São Paulo. Revista de Engenharia, Centro Acadêmico Horácio Lane, Escola de Engenharia Mackenzie, nº 50, n.p., 1929.

    • OELSNER, Carl Alexander. O Levantamento topographico do Districto Federal e da Cidade de Rio de Janeiro pela combinação dos methodos photo-aero e terrestre. 1928-1931. Boletim do Instituto de Engenharia, ano 19, nº 102, p.314-328, maio 1934.

    • PEIXOTO, Milton de Alvarenga. Levantamentos Aerofotogramétricos do Município. Engenharia Municipal, ano I, nº 1, p.25-26, outubro de 1955.

    • PINTO, Francisco. Levantamento Aerofotogramétrico do Município de São Paulo. Engenharia Municipal, ano VI, nº 20, p.7-12, jan/mar.1961.

    • SELVINI, Atilio. A mezzo secolo dalla scomparsa di Umberto Nistri. Geomedia, Roma, ano XVI, nº 1, p.12-16, 2012.
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    • SILVA, Darci Carneiro da. Evolution of photogrammetry in Brazil. Revista Brasileira de Cartografia, Brasília, nº 64-66, p.749-765, 2012.
      Disponível em: <http://www.lsie.unb.br/rbc/index.php/rbc/article/view/480/508>.
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      Internet: portais e artigos

      Para as bases de leis, acesso no segundo semestre de 2014.


    • CÂMARA dos Deputados: legislação
      Disponível em: <http://www.camara.leg.br>.

    • CÂMARA Municipal de São Paulo: base de legislação municipal
      Disponível em: <http://www.camara.sp.gov.br>.

    • JUSBRASIL
      Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br>.

    • SENADO Federal: legislação
      Disponível em: <http://www.senado.gov.br>.



      Internet: portais cartográficos

      O Mapa Topográfico do Município de São Paulo (1930) tem as edições impressas nas escalas 1:5.000 e 1:1.000 disponíveis para download nesta edição do Informativo AHSP segundo as condições de uso indicadas nas páginas de acesso.

      Os portais abaixo disponibilizam essa cartografia em ambiente SIG, permitindo sua visualização em conjunto com outros levantamentos.


    • PMSP/SMDU. Mapa Digital da Cidade de São Paulo. São Paulo: Prefeitura de São Paulo/Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, 2013.
      Disponível em: <http://mapas.geosampa.prodam/>.
      Uso restrito à intranet de PMSP.



    • IGC-Instituto Geográfico e Cartográfico. Geoportal IGC. São Paulo: IGC, [2014].
      Disponível em: <http://geoportal.igc.sp.gov.br:8080/GeoPortalIGC/Internet/>





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    Para citação adote:

    MENDES, Ricardo. S.A.R.A. Brasil: restituindo o Mapa Topográfico do Município de São Paulo.
    INFORMATIVO ARQUIVO HISTÓRICO DE SÃO PAULO, 10 (37): dez.2014.
    <http://www.arquivohistorico.sp.gov.br>

     
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